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Da falta de grandeza

por henrique pereira dos santos, em 14.12.24

Mafalda Pratas, que não conheço e acredito que seja uma pessoa estimável e brilhante, resolveu fazer um panegírico de Mário Soares, igual a vários que por estes dias foram publicados, embora, neste caso, envolvido em muita tralha académica.

Quando li o título, "Mário Soares, o talento democrático", passei à frente por calcular que não valia a pena perder tempo com o assunto.

Como escreve alguém nos comentários do Observador, "“Soares teve o talento político de ajustar a sua estratégia ao mundo com que se deparava:” Eu chamar-lhe-ia o oportunismo em vez de talento… pontos de vista!".

Ou, mais acidamente, como escreve Jaime Nogueira Pinto, "O Dr. Soares esteve na frente comum anticolonial; no 28 de Setembro continuou no governo de Vasco Gonçalves e não pareceu muito incomodado com as centenas de presos sem culpa formada, então nas prisões da jovem democracia. Também aprovou as nacionalizações do 11 de Março e alinhou no discurso antifascista, até que, ao ver chegar-lhe à porta a procissão, se deve ter lembrado de Kerensky na revolução russa e de Jan Masaryk em Praga, em 1948. A ele não o defenestrariam".

Resumindo, não me interessa por aí além o que se diz ou escreve sobre Mário Soares, e não faria este post se a questão da descolonização não tivesse vindo atrelada a ele.

Mafalda Pratas, sobre esta matéria, diz umas valentes asneiras que são placidamente aceites porque coincidem com o mito da descolonização feita por Portugal.

Que a descolonização feita tenha sido a possível, parece-me pacífico e não tenho nenhuma tendência para copiar a wokaria que pulula por aí, procurando julgar moralmente os factos históricos, esquecendo de os contextualizar no tempo em que ocorreram.

Mas isso não nos deveria permitir substituir a avaliação histórica do processo pela repetição insensata de mitos, sobretudo quando esses mitos esquecem as principais vítimas do processo de descolonização português, tal como foi feito, os povos dos novos países (citando um comentário lúcido aqui no Corta-fitas "a catástrofe que foi para os angolanos, moçambicanos, guineenses e timorenses - e, numa medida incomparavelmente menor, para os retornados (como eu).").

Dizer que as principais vítimas da descolonização, tal como foi feita, foram os povos dos novos países não tem nenhuma relação com a defesa de que teria sido melhor (independentemente de ser possível ou não) manter o domínio colonial, são duas questões completamente autónomas.

A descolonização seria sempre uma inevitabilidade histórica, o que não era uma inevitabilidade histórica era a forma de a fazer e a forma como a fizemos (não, não foi Mário Soares, fomos nós, enquanto povo) foi trágica para os povos dos novos países.

Tiveram de engolir governos despóticos, guerras civis, cleptocracias, corrupção endémica, miséria e, quando cinquenta anos passados tentam garantir uma coisa tão simples como uma contagem decente de votos, o resultado, cinquenta anos depois, é o que vemos em Moçambique (e veremos o que acontecerá em Angola, quando o MPLA tiver de entregar o poder, espero que o MPLA aprenda alguma coisa quer com o processo moçambicano, quer com o Príncipe de Salina).

Naquela forma académica que caracteriza o texto de Mafalda Pratas, diz-se que os parcos dados que temos "indicam que a maioria dos portugueses europeus não se consideravam membros da mesma comunidade nacional dos Portugueses de origem africana". Só lendo um texto anterior de Mafalda Pratas se percebe que se refere a um inquérito de 1978 (como se o que as pessoas pensavam em 1978 fosse o mesmo que pensavam em 1973), com perguntas manifestamente tendenciosas e apenas realizado em Portugal, esquecendo que mais de 50% do exército português, pelo menos em Moçambique, era recrutado localmente, que a taxa de deserções, insubordinação, fuga à incorporação e outras coisas que tais, dificilmente suportam a tese que se pretende defender.

De resto, a própria discussão da famosa lei da nacionalidade racista do tempo do gonçalvismo, e escrita por Almeida Santos, um fidelíssimo de Soares, inclui a justificação dada na altura: era preciso impedir que quisessem vir muitos para Portugal, o que implicava retirar a nacionalidade a todos os que não tivessem ascendência europeia (ou goesa), incluindo, para vergonha nossa, os que combateram às ordens da hierarquia militar que os abandonou à perseguição dos regimes que os liquidaram, sem sequer fingir "suma piedade".

Como é que esse medo de que Portugal europeu ficasse submerso por nacionais vindos dos territórios que iriam ser os novos países se justifica, se não pela consciência clara de que se estava a sacrificar milhares de pessoas, contra a sua vontade, para garantir a tranquilidade dos europeus?

A descolonização era inevitável, a forma como foi feita provavelmente era a possível a partir do momento em que nós, como sociedade, nos recusámos a usar a força das armas para garantir um processo democrático de descolonização.

Escusamos é de negar que o resultado foi trágico, mais que para muitos retornados, para os povos dos novos países e a recusa em usar a força que de facto tínhamos para impor processos democráticos de descolonização é uma vergonha que devemos reconhecer, não para andar com desculpas e parvoíces que tais, mas porque as coisas são o que são e é bom que tenhamos a grandeza de saber reconhecer os nossos erros históricos.


30 comentários

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De passante a 14.12.2024 às 22:27

 nos recusámos a usar a força das armas para garantir um processo democrático de descolonização


Os dados estavam lançados desde os anos 60, quando a intelectualidade bem pensante equiparou a manutenção da ordem a opressão.


Em 1974 a palavra de ordem nas manifestações era "nem mais um só soldado para as colónias".


Em 1975 estava completa a aplicação da doutrina Monroe a África ...

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De lucklucky a 16.12.2024 às 04:41

Os democratas sociais - sempre muito respeitosos dos comunistas - e os democratas "populares" estes a serem fieis á sua lógica ao contrário dos primeiros quiseram entregar o poder a grupos comunistas.
O resultado do Comunismo é inevitável. 
Por onde o Comunismo passa - independente da cultura- deixa mortandade e pobreza.


A descolonização correu mal porque o poder foi entregue a comunistas. Com a cumplicidade dos democratas.
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De Anónimo a 15.12.2024 às 09:38

Assistiu-se à canonização de Soares. Se foi ele o mentor da democracia em Portugal, está tudo dito. 
Lembrou bem o Jaime Nogueira Pinto esses episódios bem reveladores do oportunismo de Mário Soares. Muito mais ficou por dizer (a memória é lixada!):


https://jodial.blogs.sapo.pt/19557.html


(Texto atribuído abusivamente a Clara Ferreira Alves que, posteriormente, demonstrou publicamente a sua indignação e através dos meios próprios desmentiu categoricamente  ser da sua autoria. Aqui fica o devido esclarecimento, para salva-guarda de CFA
Mas isso são questões que já foram esclarecidas e ultrapassadas, há muito tempo. Não desperdicemos tempo com tais minudências, quando temos diante de nós um texto  que retrata a outra faceta de Mário Soares e do seu percurso político. Cada um puxe pela memória e faça o seu juízo.) 
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De Anónimo a 15.12.2024 às 10:34

Quem tiver interesse em saber como realmente  decorreu a descolonização, procure ouvir os depoimentos e as várias entrevistas dadas pela historiadora  Alexandra Marques sobre esse tema que foi o da sua tese de doutoramento. Até para termos um retrato "não oficial" (mas mais completo) da dupla Mário Soares- Almeida Santos.
O post era sobre o Mário Soares? Então vamos a isso: 
Há uma pergunta da História recente que se impunha fazer _ O que se passou verdadeiramente durante os encontros entre as mais altas instâncias políticas e militares durante o período de transição para a descolonização? 
A tese de doutoramento de Alexandra Marques revela detalhadamente como decorreram as negociações e o que «de facto» se passou nos bastidores da descolonização. 
Convém sublinhar que o relato desses acontecimentos feito pela historiadora não exprimem um ponto de vista pessoal, ou a sua opinião subjectiva; ela limitou-se a transcrever o que os documentos dizem. É, portanto,  a História que fala por si, uma vez que A.Marques teve como suporte factual  a consulta exaustiva com transcrições extraídas dos Arquivos militares, documentos, actas, gravações, depoimentos etc. que nos dizem ipsis verbis o que se passou. 
E aí está o que o documentos nos dizem: há uma História por saber e por contar.  
(Pode ouvir-se muito resumidamente nestas duas entrevistas a historiadora):


https://www.youtube.com/watch?v=pWDXgy7NI5Y

https://www.youtube.com/watch?v=DuCmTE_RAEw



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De henrique pereira dos santos a 15.12.2024 às 10:45

Não, o post não é sobre Mário Soares, o post é sobre a tragédia pós-colonial dos povos dos novos países
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De Anónimo a 15.12.2024 às 11:51

... Pois! Pensei que a descolonização estivesse "atrelada a ele"... realmente às vezes tende-se a esquecer que Mário Soares foi o principal mentor da Democracia e de um outro "D" de "Descolonização",  processo que ele traçou  como destino desses povos (com outras personalidades que já só figuram em nota de rodapé). Decididamente ele é inseparável desse papel histórico sendo ele a figura proeminente do novo regime, é quem tem as principais responsabilidades históricas que estão na origem da tragédia pós-colonial : o pecado original das "negociações", a forma, o processo da descolonização e a quem e como foram entregues os povos dos novos países. Conscientemente meteram todos a democracia na gaveta... a tão "desejada"(!) democracia, juntamente com "o direito à auto determinação dos povos" e a promessa de que estes "escolheriam e decidiriam livremente o seu destino", "formariam partidos" e posteriormente haveria "eleições livres e democráticas" e mais uns clichés cheios de blá-blá-blás redondinhos, que ficam bem para a posteridade..
 No fundo o dr. Mário Soares sabia que futuro estava reservado aos novos países, mas, mais uma vez, não estava muito incomodado com isso...  O seu estava traçado e isso é que importava. 
 
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De Anónimo a 15.12.2024 às 14:56

A descolonização portuguesa não tem autores. Ninguém assume a sua paternidade. E como nos explica Helena Matos neste ensaio, ela já era irreversível em Junho de 1974, uma altura de falsa tranquilidade
A resposta a esta pergunta é simples: ninguém. No início a descolonização foi vista como a página dourada onde homens como Spínola, Soares e Almeida Santos sonhavam inscrever no topo o seu nome. Depois tornou-se no facto cuja autoria ninguém reivindica e cuja responsabilidade todos enjeitam. E contudo desde os primeiros momentos que estavam reunidos os elementos para que a descolonização fosse uma tragédia mais que anunciada.
https://observador.pt/especiais/quem-realizou-descolonizacao/
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De Anónimo a 15.12.2024 às 15:00

A ler:
https://observador.pt/especiais/chamaram-lhes-retornados/
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De Anónimo a 15.12.2024 às 11:42

Como se Jaime Nogueira Pinto fosse exempo para o que quer que seja.
Viu e vê a sociedade do alto dos seus privilégios atenuando a Estado Novo e os atuais saudosistas do mesmo, como ele.
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De henrique pereira dos santos a 15.12.2024 às 12:19

E quanto ao que citei, era mais falso ou mais verdadeiro se fosse assinado por Álvaro Cunhal?
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De Anónimo a 15.12.2024 às 14:25

Ou quiçá por Salazar?
Mais um idiota a chamar-me comunista. Nem no tempo do Estado Novo fui, não o sou após.
Quanto à descolonização, claro que foi um desastre, principalmente para quem teve de abandonar tudo e quase perdeu a vida.
Depois por cá todos sofreram, houve quem por força do aumento repentino de população tivesse que começar o ano letivo em março numa escola inventada à pressa, entre outros problemas. Isto aconteceu a quem só conhecia África pelos mapas.
E quanto ao Jaime Nogueira Pinto, é interessante ver a sua descrição romanceada do Estado Novo. Descontando a PIDE e a guerra, será que ele tem que noção que alguns que hoje tem um título académico, antes do 25 abril não podiam ambicionar mais que os antigos 5º ou 7º anos? E não me refiro à bagunça dos diplomas que existiu logo após o 25 de abril.
Não deve ter, porque ele tinha o lugar garantido no ensino superior. 
Se calhar o autor do post também, razão pela qual me conotou com Álvaro Cunhal.
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De henrique pereira dos santos a 15.12.2024 às 18:39

Sim, ou quiçá por Salazar, ou quem quiser escolher, era mais falso ou verdadeiro?
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De Anónimo a 15.12.2024 às 19:17

Que observações tão sem sentido, mentes pequeninas.
Mas que comparações tão despropositadas entre as habilitações que hoje se conseguem e as da época, para anacronismos parvos só faltou comparar quem pode e não podia ter carro, quem pode e não podia ter televisão, quem pode e não podia viajar de avião, quem pode e não podia ir a concertos de Verão, etc.
Estamos entregues a esta gente que começou as aulas em Março por causa da descolonização, deve ser essa a razão do atraso que ainda têm passados 50 anos...
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De Anonimus a 15.12.2024 às 13:13

Há assim tantos exemplos de boas descolonizações em África?
Não esquecer que saímos nós, mas entraram (ou melhor, já lá moravam) sovietes e americanos. Como hoje por lá andam russos, americanos e chineses, a defender os seus interesses.
África é um granel. Ironicamente, os afro-americanos "preocupam-se" muito com as escravaturas dos 1500 e suas repercussões, mas pouco ligam ao que se lá passa hoje.
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De henrique pereira dos santos a 15.12.2024 às 18:41

Não, não há grandes exemplos de descolonizações que tenham corrido bem, porque são sempre processos traumáticos, o que estas têm de específico é que que 50 anos depois, os povos desses países estão pior que no ponto de partida.
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De Anonimus a 15.12.2024 às 20:21

A última frase não se aplica à grande maioria dos países africanos?
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De lucklucky a 16.12.2024 às 04:33


A maioria dos países africanos que seguiram o Marxismo/Comunismo. 
E todos o que seguiram estão na fossa. 
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De Anonimo a 16.12.2024 às 10:20


Exacto. O problema foi esse.
Ha mais faixas na cassete, ou é um one hit wonder?
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De lucklucky a 16.12.2024 às 23:34

Se é para mim...
Você pode comparar com o Botswana e a recusa do Marxismo das suas elites negras ao contrário dos vizinhos.
Botswana era um dos territórios mais pobres de África a quando da independência.
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De M.Sousa a 15.12.2024 às 19:53

Afro-americanos? Essa de dizer que os africanos são pretos é mesmo de woke fofinho... É que há africanos brancos, e não são poucos ... 
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De Anonimo a 16.12.2024 às 16:49

Mais um a quem só faltam as penas, este M.
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De Francisco Almeida a 15.12.2024 às 15:09

Como HPS leu Mafalda Pratas e os comentários, nada será novidade.
Em Angola, às ordens de Rosa Coutinho, todas as armas nas mãos de civis foram confiscadas. Por ordem expressa o batalhão que estava em Nova Lisboa, entregou armamento e equipamento ao MPLA que, exorbitando a ordem, ficou também com camuflados e botas, pelo que o batalhão passou pelo vexame de desfilar de roupa interior e sapatilhas. 
Usaram-se todos os possíveis métodos de assustar as pessoas e coagi-las a fugir. Entretanto chegaram a Luanda tropas cubanas que ocuparam aquartelamentos previamente preparados por ordens de Rosa Coutinho. Porque os Antonov russos não tinham autonomia suficiente, escalaram os Açores autorizados por Melo Antunes, então ministro dos Negócios Estrangeiros.
O mesmo se poderia dizer de Timor, em que Mário Soares, ministro dos Estrangeiros e o seu parente Barroso, secretário-geral do Ministério, ignoraram os avisos do embaixador indonésio que garantiu que a Indonésia não tinha intenções de ocupar Timor-Dili mas não admitiria um regime comunista aí implantado. Neste quadro a entrega do paiol de Dili pelos majores do MFA Jónatas e Mota à então comunista Fretilin levou à vergonhosa fuga do governo militar português e subsequente invasão indonésia.
Nada disto é responsabilidade do povo português, de todos nós, como quer HPS. A responsabilidade directa é do PCP como agente do comunismo soviético. Responsabilidade por cumplicidade de todos os que, clamando pela Europa, tinham um total desprezo e desinteresse pelos que, vivendo sob jurisdição portuguesa, tendo ou não cidadania plena, não tinham nascido na Europa, como seriam, como primeiros, Mário Soares e Melo Antunes. Depois haveria ainda a responsabilidade moral do MFA que, derrubado o regime, se deixou instrumentalizar pela única minoria organizada e que sabia o que queria. Responsabilidade moral na entrega de seis territórios ao comunismo soviético e responsabilidade pela enorme destruição de capital e valores no PREC.
É muita gente responsável, mas muito longe de serem todos.
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De anónimo a 15.12.2024 às 19:51


Sim, "...Nada disto é responsabilidade do povo português, de todos nós...". Culpar os cidadãos portuguêse pelo que por lá acontece vai para meio século é uma liberdade poética, mesmo que em prosa.

A responsabilidade das decisões políticas, num país, é dos políticos. Sejam eles escolhidos pelo eleitorado no mais impoluto sistema eleitoral, sejam eles os políticos no poder fruto de uma revolução triunfante ou uma aldrabice eleitoral.


A quota de responsabilidade do que perdura vai para meio século nas ex-colónias portuguêsas é avassaladoramente dos políticos no poder, por lá, os líders dos movimentos de libertação. Tipicamente, como apredizes de feiticeiro (de políticos), governaram e governam como aprenderam na sua escola política. Sabemos qual.
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De Anónimo a 15.12.2024 às 18:04

"a consciência clara de que se estava a sacrificar milhares de pessoas, contra a sua vontade, para garantir a tranquilidade dos europeus"


Não é isso mesmo que os europeus atualmente fazem, dia após dia, ao recusar a entrada e o tratamento condigno a dezenas de milhares de refugiados e/ou migrantes?
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De henrique pereira dos santos a 15.12.2024 às 18:42

Não consigo entender o paralelismo. Pode explicar?
Alguém está hoje a retirar a cidadania a pessoas, entregando-as a regimes despóticos, conscientemente?
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De M.Sousa a 15.12.2024 às 19:58

Caro Henrique, este é o anónimo a quem já nem as penas faltam para ser BURRO ...
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De Anónimo a 15.12.2024 às 21:00

Não fiz paralelismo nenhum. Somente citei uma frase e fiz notar que ela cabe que nem uma luva à forma como a Europa destrata migrantes e refugiados.
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De lucklucky a 16.12.2024 às 04:44

Não não cabe. 
A Europa não tem responsabilidade nenhuma- atenção á novi lingua "migrantes" -  com imigrantes e refugiados. 
Portugal tinha toda a responsabilidade com as suas populações.
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De Anónimo a 15.12.2024 às 19:36

Com conhecimento, lucidez...e gramática, o comentador Francisco de Almeida "pôs os pontos nos ii" .
Toca-me particularmente , por razões familiares,  o verdadeiro crime    cometido em Timor   - apesar  do alerta de   Adam Malik a Melo Antunes, em Roma.
Juromenha
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De Anónimo a 15.12.2024 às 20:25

Às vezes penso que a descolonização talvez nunca tivesse acontecido _ pelo menos naqueles moldes _ se Mário Soares tivesse uma ligação afectiva a uma das províncias ultramarinas, por ter aí vivido, crescido e sentindo aquela terra como sua. O HPS sabe do que falo, pela sua experiência em Moçambique.  

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