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Da Expo até à desesperança

por Miguel A. Baptista, em 22.05.23

Faz agora 25 anos que a Expo abriu as portas. Enquanto evento efémero não me entusiasmou particularmente. No entanto, acho que foi uma boa forma de "fazer cidade". 

Por essa altura Portugal viveu os seus últimos momentos de ilusão. Nessa altura ainda acreditávamos que, num espaço de uma geração, iriamos estar entre os países desenvolvidos da Europa. Miragens como sermos a Califórnia deste continente ainda eram possíveis. 

98 é um marco, mas as raízes do problema já vinham de trás. Cavaco deu um importante impulso desenvolvimentista ao país, mas nos dois últimos anos de mandato já era visível que o modelo estava esgotado. Estava esgotado o modelo, e estavam esgotados os protagonistas. Cavaco acabou rodeado de "yes men". Depois veio Guterres com o propósito de anestesiar um país já de si amorfo. A bandeira do "diálogo" foi uma óptima desculpa para suspender o reformismo e promover uma cultura de pântano na qual tão bem nos damos. 

O facto de nos últimos vinte cinco anos sermos dos piores países no que a crescimento económico diz respeito, sim os piores somos nós a Grécia e a Itália, entristece-me, mas não é o que me entristece mais. O que mais me entristece é a forma como passámos a aceitar a mediocridade. Da mesma forma que a China, do século XIX foi invadida pelo entorpecente ópio, nós fomos invadidos pela letargia socialista, em que o partido do Governo faz uma campanha a gabar-se que mais de um milhão de famílias acede a medidas de apoio ao cabaz alimentar. Sim, o que me entristece foi como perdemos qualquer ambição ou brio. 


11 comentários

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De balio a 23.05.2023 às 10:31


acreditávamos que, no espaço de uma geração, iriamos estar entre os países desenvolvidos da Europa


Portugal é um país desenvolvido da Europa.


Não é certamente tão desenvolvido quanto a Alemanha ou a Irlanda, mas ainda assim é muito mais desenvolvido que Marrocos, a Turquia ou o Uruguai.
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De Anónimo a 23.05.2023 às 16:41

Está encontrado um dos cérebros que ajudou a parir a satisfação da criatura fazedora de indigentes em cartaz: o criativo Luís Lavoura.
Reconhecer, com esta grandeza,  a pobreza de cerca de três milhões de portugueses só esta ao alcance de gente iluminada.
Imagine-se agora o que serão os festejos quando o número de dois milhões for alcançado (nomeie-se já um comissário para assegurar, com pompa, a celebração da ocasião).


Há dias, ouviu-se no Observador um jovem a aconselhar os seus demais a dar corda aos sapatos para longe do Eden do chefe do comissário Adão, ao que se acrescenta:
quando estiveram no aeroporto a fugir desta miséria não chorem de   saudade, chorem de alegria por partir para longe de governantes deste calibre e dos boys criativos que ajudam a parir estes cartazes.

Fujam, caralho!

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