Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Na longa noite passista, a conversa sobre a partidarização das nomeações de dirigentes da administração pública era frequente e bastante audível.
Logo na discussão do Orçamento de Estado, em Março de 2016, Mário Centeno parecia ser muito claro: "O sistema de recrutamento e seleção de dirigentes para a Administração Pública tem “problemas de transparência” e contribui para eternizar pessoas nos cargos, acusa o ministro das Finanças. No debate parlamentar na especialidade sobre o Orçamento do Estado para 2016, Mário Centeno mostrou descontentamento com o sistema de escolha dos altos dirigentes do Estado por parte da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), designadamente com o facto de haver nomeações para cargos que depois se “eternizam” no tempo, o que no seu entender pode colocar problemas à renovação e melhoria da qualidade dos recursos humanos do Estado".
Depois, bem depois, António Costa, seguiu o princípio geral da governação em Portugal, tal como em todos os sítios por onde passou, não sendo muito original nisso: "proteger os amigos, perseguir os inimigos e aplicar a lei aos restantes".
Onde António Costa é bastante original e inovador, sendo a nomeação de dirigentes da administração pública uma excelente ilustração, é no que entende por "aplicar a lei aos restantes".
No caso concreto da nomeação de dirigentes a lei estabelece como regra a nomeação precedida de concurso, admitindo, no entanto, a excepção da nomeação em substituição até à realização do concurso.
António Costa resolveu então não mexer na lei - é muito impopular acabar com um sistema de concursos e era um bocado incómodo melhorar o péssimo sistema existente de forma a torná-lo mais meritocrático e menos permeável à influência dos governos - mas adoptar a regra de aplicar a excepção: nomeia quase toda a gente em substituição, não trata dos concursos e está o assunto resolvido.
Aparentemente a sociedade, os jornais, os partidos, os grupos de influência, enfim, todos os que no tempo da longa noita passista denunciavam (aliás bem) a evidente manipulação dos concursos feita pela CRESAP e pelo seu ex-presidente João Bilhim, estão hoje satisfeitos, podendo António Costa nomear ou mandar nomear quem quiser, que as notícias sobre a partidarização, e a quantidade de absolutos incompetentes nomeados até hoje, nunca será notícia.
Há pessoas assim, que têm uma extraordinária habilidade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
O Norte do distrito de Aveiro é área metropolitana...
Pedro, já se subiu outro patamar. ao que consta ta...
Continuação Para esta manipulação do parlamento co...
A 29 de Julho de 1976 o comunista José Rodrigues V...
Por essa lógica, mais depressa votaria um holandês...