Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Pediram-me hoje um texto para uma publicação monárquica sobre as próximas eleições presidenciais. Que hei eu de dizer?, pergunto-me.
Assisti a algums debates. Observei a complacência dos mui sabedores frente a frente com os mais simples. Assisti a peixeiradas que envergonham. E ao contorcionismo dos políticos no se afã de caçar votos. Ouvi uma candidata dizer que nunca empossaria um Governo chefiado pelo seu opositor - e lembrei Pablo Iglesias, em Espanha... Senti beijocas de outros pretendentes que estavam ali por obrigação cronológica. Cansei-me de tolices proclamadas... Apercebi-me de ideias menos más tentadas ser expostas com uma absoluta ausência do dom da palavra. Conclui, a maior parte da tropa concorrente, nem à mesa do jantar saberá estar.
Acrescentar o quê e para quê? Só talvez que, em nome de uma eleição, à partida com o resultado definido, muito provavelmente crescerão os graves números da pandemia. A Constituição da República obriga a ficar em casa - em confinamento - mas não oferece soluções para quem tem dificuldades em votar. E votar é um dever, não há Constituição que o adie ou o permita cumprir em segurança.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.