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Vou contar três histórias que ouvi directamente de pessoas que estavam nos carros, se são verdadeiras ou não, não tenho maneira de saber, que retratam uma cultura institucional, isso sim, sei que são bastante fiéis.
Na primeira, um ministro (José Sócrates) entra no carro em Aveiro e diz para o motorista: tenho uma reunião em Lisboa dentro de uma hora, estou cansado, vou aproveitar para dormir e não se esqueça de cumprir os limites de velocidade. Mas como é que eu chego a Lisboa numa hora a cumprir os limites de velocidade? Como lhe disse, eu vou dormir, estou apenas a dar-lhe informação sobre o meu próximo compromisso e a dar a instrução de que quero que cumpra os limites de velocidade, o resto é o seu trabalho.
Na segunda, uma ministra (Elisa Ferreira), diz ao seu motorista que está atrasada para uma reunião em Lisboa, à saída de Estremoz, ou por aí (não me lembro). Adormece, acorda a meio, sobressaltada, repara no conta-quilómetros e insiste com o motorista: por favor, senhor ... já lhe pedi várias vezes para nunca passar dos 200.
A terceira é com um director geral a quem a polícia manda encostar numa auto-estrada, por evidente excesso de velocidade. Enquanto pára o carro o motorista diz para o seu director geral, de que é motorista há anos: esteja calado, daqui para a frente, diga eu o que disser. Quando o polícia o aborda e lhe faz notar a velocidade absurda a que seguiam, o motorista, com voz alterada, diz para o polícia que a culpa é daquele gajo que agora está encolhido lá atrás porque sabe que se alguém levar uma talhada sou eu, o gajo é que me obriga a estas loucuras, sabe como é, eu preciso do ordenado ao fim do mês, não posso dizer-lhe que não faço o que ele me manda fazer, e por aí fora, e agora por causa disso fico aqui sem carta e sem trabalho, estes sacanas é sempre a mesma coisa e os outros é que pagam as favas, etc. (safou-se da multa e da apreensão de carta).
Não sei porquê, lembrei-me destas histórias e da cultura institucional que impede o Zé das Iscas de sair hoje de Vila Franca de Xira para ir fazer o um pic-nic à Azambuja, mas permite ao primeiro ministro ir de Lisboa a Munique ver um jogo de futebol.
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