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Consta esta tarde virá a público uma nova medida governamental aprovada em Conselho de Ministros. Qual seja ela, uma nova prestação extraordinária de 240 euros destinada às famílias mais «vulneráveis». Cerca de um milhão delas...
Ignoram-se os parâmetros da selecção. E não se põe em causa que, para imensos, 240 euros acrescidos sejam uma dádiva indesprezível. Mas é também um marco a reter no barómetro eleitoral. Vale dizer, o nosso Costa descobriu algo mais a mantê-lo no poleiro.
Desde logo porque as Finanças Públicas tratarão, o mais subtilmente possível, de se reequilibrarem face a tal baixa. Decerto onerando o sector empresarial. Mas veremos como, sabido que é Costa dá com uma mão o que tira com a outra.
E depois a superficialidade da medida. Literalmente a sua superficialidade, num momento em que o País - mormente o País mais pobre - se afoga em águas pluviais.
Assim os 240 euros - surpresa natalícia - consolem quem tão mal vive. Mas a realidade persiste, de esmola em esmola até à fatal ausência de reformas estruturais.
Ou seja, até à próxima esmola. E a social-democracia em nada corresponde a esta política do PS de olhos postos apenas em hoje.
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