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Nuno Melo foi pesquisar - confesso, aguardei sossegadamente alguém o fizesse - e, em crónica ("O Canto da Sereia") de hoje no JN, transcreveu algumas excertos da boa retórica do líder da bancada socialista no Parlamento em 2002. Era ele António Costa e a visada a então ministra de Estado e das Finanças, Manuela Ferreira Leite.
Discutia-se uma alteração ao Orçamento e, conforme se verá de seguida, era (e ainda deve ser, claro) manifesta a «identidade de pontos de vista muito significativa». Assim expressa:
- «Com protestos da minha consideração pessoal, sabemos que a senhora é a legítima testamenteira da arrogância cavaquista neste Governo. A senhora não tem competência política, a senhora não tem credibilidade, a senhora não tem autoridade para dirigir-se à nossa bancada nos termos em que o fez.
A senhora não tem autoridade para falar em rigor. A senhora não tem credibilidade política depois de tudo o que disse quando estava na oposição. A senhora não tem competência política. A senhora pôs a Educação a ferro e fogo, teve de pôr a Polícia de choque nas ruas e nem à bastonada conseguiu resolver um único problema na Educação.
A Srª Ministra é o verdadeiro oposto do rei Midas: onde toca, estraga!
Com o orçamento rectificativo que nos apresenta, a senhora continua a não ter autoridade nem credibilidade».
Isto posto:
Antecipando eventuais comentários alusivos a um qualquer medo da reacção de Manuela Ferreira Leite face ao piscar de olho de António Costa - medo porquê, se o problema passa ao lado dos apartidários? - concluirei dizendo apenas que, às tantas, Costa falou verdade. Por isso mesmo se impõe a rejeição dos seus «pontos de vista» sobre os quais ele mesmo se pronunciou nestes termos.
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O antropólogo Emmanuel Todd elaborou umas teorias ...
Concordo totalmente.
Excelente post. Pouco se escreve sobre isto (porqu...
por egoísmo e narcisismo nota-se cada vez mais em ...
Excelente reflexão, subscrevo.