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Costa: arruaça em Belém

por João-Afonso Machado, em 02.10.15

PALÁCIO BELÉM.JPG

De virtual triunfador com maioria absoluta a quase certo derrotado de 4 de Outubro, António Costa, sempre sem perder a cara (salvo nas muitas vezes em que foi malcriado), tudo tentou - o discurso da moderação, para aliciar Manuela Ferreira Leite, o esquerdismo mais primário, catrapiscando Catarina Martins. E, em vésperas de ficar atrás da Coligação, entroniza-se agora o campeão dos consensos.

Adeus resultados eleitorais! Valem o mesmo que António José Seguro...

Assim só entre os vendedores de bugigangas made in Pakistan na Feira do Relógio. Trata-se, em ambos os casos, de luta pela sobrevivência, sendo obviamente a de Costa política e partidária, os únicos ofícios de que é capaz.

Por isso ao célebre "documento Centeno", que ninguém leu, segue-se a intervenção dos constitucionalistas encomendados. Pedro Bacelar de Vasconcelos (que desilusão!!!) já se aprestou a esse frete. O mote é claro: a Esquerda é maioritária e Costa representa a Esquerda.

Já para S. Bento se dirigem os «lesados do BES».... E findo é o sossego de que o Presidente Cavaco tanto gosta.

E o novo Governo - para quando? Não exagerarei muito se alvitrar - para depois de uma intervenção da GNR, ou só se Jerónimo de Sousa mantiver a rigida coerência que o caracteriza.


5 comentários

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De Anónimo a 02.10.2015 às 10:59

Também acho que vai ser feio e ordinário.
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De Anónimo a 02.10.2015 às 13:47


Está na mão dos portugueses. Se derem maioria absoluta à coligação, o Costa não faz estragos nenhuns e o PS despacha-o na hora.


Aquando das eleições britânicas também havia uma angústia profunda, falando-se em crise constitucional profunda e inédita, porque as sondagens indicavam que o Partido Conservador e os Liberais Democratas não só não conseguiriam ter maioria no Parlamento, como a única combinação eleitoral que poderia fornecer essa maioria parlamentar seria o Partido Trabalhista mais o Partido Nacionalista Escocês. Pois, o eleitorado britânico pragmaticamente resolveu a contenda e bastou um ligeiro crescimento do Partido Conservador no voto popular (à custa essencialmente dos antigos parceiros no governo) para dar aos "Tories" uma maioria parlamentar. No dia seguinte, em vez da paralisia nacional e da histeria nos media, o governo tomou posse normalmente.


As sondagens são meras previsões dos resultados, em face delas o voto pode sofrer alterações se muitos eleitores  não gostarem do desfecho que se anuncia. E creio que é isso que se passará em Portugal também, já que tradicionalmente os indecisos, se votarem, vão reforçar os votos de quem lidera nas sondagens. E recorde-se que a coligação não precisa de ter 50% dos votos para chegar à maioria absoluta. 
Quem não gosta da coligação e não quer que esta ganhe há muito que já decidiu o seu sentido de voto num dos partidos de esquerda, por isso o voto útil à última hora para impedir a vitória da coligação será residual. Pelo contrário, creio estar a instalar-se a ideia de que o PS não ganha (é já notória a desilusão da esquerda com António Costa), e assim os eleitores mais ideológicos irão sentir-se livres para votar nos partidos mais à esquerda, podendo daí resultar uma votação muito pior para o PS do que o que as sondagens prevêem.
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De João. a 02.10.2015 às 14:12

Ainda sou do tempo em que em 2011 se faziam cenários, principalmente à direita, sobre uma vitória minoritária de Sócrates com números menores do que PSD e CDS juntos. Será que Passos poderia governar com o PSD-CDS se Sócrates ficasse naquela posição de vitória minoritária - perguntava-se. Hoje em dia já é um escândalo para a direita fazer esses cenários.


Se a maior parte dos portugueses representados na assembleia da república não apoiar a eleição do governo - ele só governa com o favor dessa maioria. Quando ela quiser depõe o governo e acabou-se a conversa até novas eleições.




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De JSP a 02.10.2015 às 19:55


O bacelar dos ciganos vai a todas.
Desde que falem nele...
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De João-Afonso Machado a 02.10.2015 às 20:35

Exacto.
Se isso será bom ou mau para os portugueses depois se verá.

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