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Sobre a fase aguda do conflito entre o Irão e Israel que ocorre por estes dias, Pedro Gomes Sanches faz uma pequena e lúcida crónica no Expresso, que acaba assim: "Sobre isto, o Presidente da República Portuguesa disse que, na ausência de posição oficial do Governo, ia dar uma "opinião pessoal": o ataque ao Irão foi para "desviar a atenção da Palestina". Corei de vergonha. Espero que o próximo presidente não diga estas barbaridades".
Eu também coro de vergonha.
Por um presidente que dá opiniões pessoais sobre assuntos complexos em que não há posição institucional do Governo e por essa opinião só ter uma classificação: é completamente estúpida.
Eu sei que há um mito forte sobre a prodigiosa inteligência de Marcelo Rebelo de Sousa, matéria sobre a qual não tenho a menor opinião, quer porque o meu pai sempre me disse que não há máquina nenhuma para medir a inteligência, quer porque, a ser verdade, a minha inteligência nunca me permitiu ver a de Marcelo em nada de concreto.
Quem defende esta ideia da prodigiosa inteligência de Marcelo Rebelo de Sousa deveria estar preocupadíssimo com esta "opinião pessoal" que, num homem inteligente, só pode ser sinal de profunda degradação intelectual, ao nível da que diziam que não existia com Joe Biden.
O que verdadeiramente me faz corar de vergonha não é tanto este episódio em si (as demências são uma epidemia que vai crescendo à medida que vamos tendo uma sociedade progressivamente mais envelhecida, portanto essa possibilidade não pode ser descartada), mas a apatia (que me inclui) com que uma profunda estupidez como esta é recebida pela sociedade e, dentro desta, pelo jornalismo que tem a obrigação de escrutinar os poderes públicos.
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