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A coligação Portugal à Frente ganhou as eleições legislativas, ficando com 104 deputados, à frente do PS que garantiu 85 mandatos. A coligação (incluindo PSD na Madeira) ficou com 38,34% contra 32,4% do PS, (a esquerda conta com 19 deputados do BE e 17 da CDU e há um do PAN). É uma vitória histórica, tendo em conta o contexto em que o PSD e o CDS governaram, e é preciso não esquecer que este é o Governo que foi forçado a governar sob a égide da intervenção do FMI e das outras duas instituições europeias. Isto é, o PaF é Governo depois de ter sido o autor de grandes medidas de austeridade (forçada pelas circunstâncias) e ganha com grande margem ao PS. Isso é admirável. Sobretudo depois de uma derrota nas eleições europeias (contra o PS de António José Seguro). Margem grande, mas no entanto não suficiente.
Esta vitória da coligação de direita tem um sabor amargo, é uma vitória de Pirro. Para a esquerda este é o melhor dos mundos porque governa sem governar. A oposição governa por monção de censura, por condicionantes, e nem sequer tem a desvantagem de dar a cara pelas medidas. Pois, no limite o governo de um país é sempre responsabilidade do Governo. O PS está na maior porque vai intervir na governação da Coligação sem ser o autor das medidas e como a minoria parlamentar é uma condição de fragilidade, este Governo nunca durará quatro anos e o PS tem tempo de se reconstruir para uma futura eleição daqui a um ano e meio. A estabilidade governativa, mais do que não estar garantida, está mesmo ameaçada.
Para os partidos pequenos de esquerda como o Bloco de Esquerda (este ganhou os votos ao PS, à CDU e deu uma chapada de luva branca aos Livre e Agir que não tiveram votos suficientes para eleger deputados), este resultado é uma excelente notícia. Para o Bloco o facto de o parlamento ter mais deputados de esquerda do que de direita é quanto lhes basta para o que querem. O Bloco de Esquerda não quer saber da economia para nada, nem quer saber do país, nem dos pobres, nem do Estado Social, nada disso, só quer é as questões fracturantes. Veremos se a primeira medida que vai avançar não vai ser a questão fracturante que ainda se tem conseguido evitar. Lamentavelmente.
O PS, que nunca governará com o Bloco, que admite a saída do euro, entende-se perfeitamente neste campo com estes partidos.
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