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Depois do intermezzo cómico de pôr Rosas e Louçã a falar sobre reguadas no regime que acabou com o analfabetismo infantil, faço outro post, agora sobre assuntos sérios.
Eu sei que fazer previsões sobre o futuro é ainda menos inteligente que fazer previsões sobre o passado, mas é mais forte que eu, o risco é a minha profissão.
Praticamente todos os dias dou uma vista de olhos nas previsões meterológicas para a semana seguinte.
Há uns dias comecei a reparar nas previsões ao longo da raia beirã e transmontana.
Hoje, parecendo-me já mais seguro - tanto quanto previsões meteorológicas são seguras a mais de três dias - confirmei com quem sabe mais que eu (daí o boneco com começo isto).
A partir de hoje, mas sobretudo a partir de Sexta-feira, ao longo do próximo fim de semana e, mais ainda, Segunda e Terça que vem, a conversa de estarmos a conseguir, deste ano termos reduzido muito as ignições e a área ardida (até nas compras no Pingo Doce me moem o juízo com essa conversa, dando-me os parabéns por termos todos conseguido bons resultados na gestão do fogo) e essas coisas todas, é capaz de sofrer um engasgo.
Falta o ingrediente do vento forte, aparentemente, portanto não é natural que a situação fuja completamente do controlo, mas se os jornais e televisões votarem a falar de fogos nos próximos dias, duvido que seja para dizer que está tudo a correr pelo melhor, como panglossianamente os governos de turno e a imprensa repetem sempre que as condições meteorológicas são desfavoráveis à progressão do fogo.
E faço o post já hoje por uma razão simples, é uma forma de testar o modelo de análise: se não houver nada, os critérios de análise que estou a usar não são grande coisa, se começar a aparecer fogo mais relapso aqui e ali, é porque afinal isto é essencialmente uma questão de meteorologia e gestão de combustíveis e escusam de me moer o juízo nas compras com tretas sobre ignições e o meu papel na gestão do fogo.
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