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Coisas em que ninguém repara:

por Vasco Lobo Xavier, em 29.01.16

Paulo Trigo Pereira está na SICN e do alto do seu pedestal a sacudir água do capote dizendo que este não é o orçamento do PS, mas sim o orçamento com as propostas do PS e as resultantes das negociações do PS com os comunistas e com o BE. Sacudir água do capote pois, segundo ele, para as propostas do PS estiveram ele e mais uns quantos uns cinco meses ou mais a fazer as contas para dar certo (embora tenham errado logo nas contas do IVA para a restauração mas enfim…, nenhuma das pessoas do Expresso da Meia-Noite e que são pagas para aquilo se lembrou da coisa). De forma que se Bruxelas não admitir a brincadeira do esboço que apresentaram a culpa será dos acordos com a extrema-esquerda.

 

Acontece que os eleitores portugueses não elegeram o PS para Governo nem lhe pediram que fizesse acordos com os comunistas e bloquistas. E menos ainda pretendiam, com o seu voto, que a credibilidade no país e a confiança nos portugueses fosse manchada.

 

 


7 comentários

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De Joaquim Amado Lopes a 30.01.2016 às 18:36


António Costa sabia perfeitamente que nunca conseguiria fazer um Orçamento de Estado que Bruxelas aceitasse e que BE e PCP aprovassem. A geringonça teve um único propósito: colocá-lo no poleiro.
Agora só tem que mostrar que um Orçamento que Bruxelas aceite não estará muito longe do que o que PSD+CDS fariam e que terá que ser aprovado pelo PSD.


Se o PSD viabilizar o Orçamento, legitima o desGoverno PS, António Costa livra-se do BE e do PCP e Marcelo Rebelo de Sousa garantirá que o PSD não rói a corda.
Se o PSD não viabilizar o Orçamento, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa não deixarão de salientar a falta de sentido de Estado (ou ressabiamento) do PSD, que se recusa a viabilizar um Orçamento de Estado semelhante ao que ele próprio apresentaria.


O PSD teve uma oportunidade para colocar António Costa contra a parede: o Rectificativo.
Em vez do argumento imediatista "concordamos e por isso viabilizamos", Pedro Passos Coelho devia ter tido o discurso do longo prazo "o Primeiro-Ministro prometeu ao Presidente da República que tinha o apoio maioritário da esquerda para governar; este é um acto de governação essencial e a primeira verdadeira oportunidade para o Primeiro-Ministro mostrar ao Presidente da República (e aos portugueses) que não lhe mentiu; se lhe mentiu deve apresentar imediatamente a demissão e garantir a não oposição ao Primeiro-Ministro que o Presidente da República entenda indigitar, até serem realizadas novas eleições".
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De Anónimo a 31.01.2016 às 00:30

Passos Coelho não vai viabilizar nenhum orçamento do Costa, faça o Marcelo o que quiser. O PSD nunca o compreenderia. O Marcelo sobrestima o poder que tem sobre o partido.
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De Joaquim Amado Lopes a 31.01.2016 às 16:55


Anónimo,
Passos Coelho tem que considerar também o que os eleitores "concluam" das decisões que tome. Se o PSD concluir que, em termos eleitorais, inviabilizar o OE é mais prejudicial do que viabilizá-lo, pode ter a certeza que o PSD compreenderá perfeitamente. Para os políticos profissionais, a táctica é mais importante do que os princípios.


E Marcelo Rebelo de Sousa já começou a preparar o terreno para não haver "problemas". O que julga que significa Marcelo ter dito...
"Ninguém sabe exatamente o que vai acontecer, mas é um quadro que parece à partida uma base de trabalho razoável. Não há razão para dizer que é irrealista, totalmente irrealista, insensato ou negativo."
... logo a seguir a o PSD ter dito...
"Este não é um orçamento responsável; é irresponsável e insustentável"?
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De oscar maximo a 31.01.2016 às 09:25

A promessa de apoio da esquerda foi feita a Cavaco, pelo que este é que deve demitir o governo logo que o saco encha ligeiramente mais. Mas já se sabe que não o fará, e mais uma vez vai agir, ou não agir, como Pilatos.
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De Joaquim Amado Lopes a 31.01.2016 às 17:15


oscar máximo,
António Costa como Primeiro-Ministro é um facto consumado. O Presidente só o demitirá quando se chegar a uma situação de não-retorno. As negociações vão demorar o tempo suficiente para ter que ser Marcelo Rebelo de Sousa a tomar a decisão e ele de forma alguma quererá que seja essa a sua primeira decisão.
A esquerda nunca lho perdoaria, todo o mandato seria de guerrilha intensa e, para conseguir a reeleição, Marcelo Rebelo de Sousa teria que procurar garantir todos os votos do centro para a direita e isso seria virtualmente impossível.


Acho inacreditável que tantos continuem a pensar que Marcelo Rebelo de Sousa será o Presidente "da direita" e que actuará em nome de princípios, depois de uma campanha a encostar-se à esquerda e décadas a mostrar que dá muito mais valor ao resultado de tácticas imediatistas do que a princípios.
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De Anónimo a 01.02.2016 às 13:54

Marcelo Rebelo de Sousa disse que só irá cumprir um mandato e pode ter a certeza que se o país estiver contra a geringonça (e para lá caminhamos), o Marcelo não vai aguentar o Costa de maneira nenhuma, porque ficava ele impopular também. O Marcelo viu as costas do Cavaco...

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