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Coisas em que ninguém repara:

por Vasco Lobo Xavier, em 31.12.15

Vejo e oiço por aí todo e qualquer político a apregoar que pretende que os nossos jovens emigrantes, principalmente os melhor preparados, regressem a Portugal. António Costa (e a extrema-esquerda que o idolatra) repete-se todos os dias nesta coisa. Os candidatos às presidenciais também. Mas, embora todos o saibam (ou então são todos completamente ignorantes e desqualificados), não há um único jovem qualificado a trabalhar no estrangeiro e a ganhar razoavelmente que queira regressar a Portugal enquanto a carga fiscal for a que temos e que não parece tender a melhorar (muito pelo contrário: só poderá piorar com este governo socialista).

 

Isto é uma evidência, basta falar com as pessoas, toda a gente sabe, não se pode desconhecer, os jornalistas e os comentadores sabem-no mas ninguém confronta os políticos com esta realidade. Um jovem casal qualificado que ganhe oitenta mil euros/ano (cerca de 3.500 euros mensais cada um) pretenderá vir para Portugal pagar IRS pelo escalão máximo por que estranha razão? Só um casal de burros voltaria em tal situação. Melhor será matar saudades do país de tempos a tempos, em férias, afiambrar umas petingas com arroz de tomate, umas sardinhas assadas, uma cabecinha de pescada com todos, umas morcelas da Beira com grelos, um cozidinho, uma feijoadinha com panadinhos de reco, umas saladinhas de coração de boi, e depois voltar para países civilizados com impostos decentes. Ou países decentes com impostos civilizados.

 

Conheço muito boa gente nova que trabalha lá fora e gostaria de voltar a Portugal mas não com esta carga fiscal. E não é o palavreado imbecil dos políticos imbecis que irá fazer com que regresse essa colecção de portugueses jovens e qualificados: eles não voltam para pagar estes impostos. Eles não se consideram suficientemente ricos para estarem no último escalão do IRS. Enquanto os políticos (jornalistas e comentadores) não encararem esta realidade, não regressa um único.


13 comentários

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De Nuno a 31.12.2015 às 18:23

É assim que tratam a geração mais bem preparada de sempre. Se ganharem mais qualquer coisita, passa para cá 50% do que ganhas que já és rico. Para além da instabilidade fiscal e da confusão de taxas e a ameaça permanente de alterarem os escalões do IRS e criarem sobretaxas que são para acabar mas depois já não acabam. Dá mesmo vontade de viver cá.

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