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O título deste post é o título do último artigo que escrevi para o ECO (um jornal bem catita e que foi sempre muito decente comigo).
Não tenho a menor ideia de dezenas que coisas que escrevi por aí, este artigo por acaso encontrei-o ontem, tal como hoje encontrei este boneco.
Este artigo é do jornal Acção Socialista, está na página 7 da sua edição de 7 de Abril de 2004 e apareceu-me nas memórias do facebook porque terei feito um post com ele em 2019, a propósito das queixas do PS de que o governo do PS estaria a ser injustamente acusado de responsabilidade nos fogos, coisa que nunca tinha acontecido antes, dizia o PS que tradicionalmente se evitava o aproveitamente político da tragédia dos fogos (o mais divertido do artigo é que é ilustrado com um fogo controlado feito pela UTAD no Marão, e não com uma fotografia de um incêndio).
Também prever que nos dias seguintes será natural começarem a aparecer algumas notícias sobre fogos, mesmo não sendo fogos nada de especial - apesar de haver avisos para risco máximo de incêndio em 50 concelhos, ou lá quantos são, nem imagino que avisos vão inventar quando a previsão meteorológica for de vento forte e humidade relativa baixa, sem recuperação nocturna, durante vários dias - e acabar por se verificar que essa previsão até foi confirmada nos dias seguintes, é outra coisa banal que faço de vez em quando, mesmo sendo eu um leigo que se limita a interessar-se pelo assunto.
Igualmente certo como a morte e os impostos, é aparecem os manda-chuva dos bombeiros a aproveitar a oportunidade para defender o indefensável, com a lógica sui generis de dizer que o sistema tem de se apoiar no voluntariado, o que só se consegue tendo mais profissionais, porque a mobilização imediata de bombeiros, em curto espaço de tempo, só se consegue com voluntários, que devem ser profissionalizados porque a primeira intervenção deve ser profissional (não, não estou a inventar, é ouvir António Nunes aqui e é exactamente isto que ele diz, para acabar, como sempre, a pedir mais dinheiro para as associações humanitárias de bombeiros e menos controlo sobre a forma como é gasto).
Resumindo, a conversa sobre fogos é uma conversa razoavelmente inútil e a vontade de verdadeiramente discutir o assunto e o gerir sensatamente faz-me sempre lembrar a minha passagem meteórica pelo departamento que geria os fogos rurais do ICNF, uma história que se conta num parágrafo e que é uma boa metáfora sobre a vontade do país levar a sério a discussão sobre a gestão do fogo.
O presidente do ICNF achou que talvez não fosse mau pôr-me a trabalhar no departamento dos fogos rurais (eu vinha da conservação e essa matéria sempre tinha sido uma coutada dos florestais e dos serviços florestais, com os resultados que conhecemos) e mandou-me para esse departamento, o que naturalmente fez com que eu perguntasse ao então director do departamento em que é que ele achava que eu podia ser útil, o que o levou a responder-me que poderia ir ver o site do ICNF para ver o que é que se podia melhorar.
É este o retrato do país no que diz respeito à discussão sobre a gestão do fogo, ano após ano.
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