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Cisne negro

por João Távora, em 30.10.19

“Os Anjos Bons da Nossa Natureza” (Steven Pinker) defende que nós, seres humanos do início do século XXI, somos felizardos, porque vivemos no período da história humana menos violento da História. E tem razão. Historicamente, o nosso tempo é o mais tranquilo da História. Problema? A maioria das pessoas, quando confrontada com este facto, franze o nariz. Não acredita. Da mesma forma que não quer acreditar que vivemos no período histórico mais pacífico da História, a maioria das pessoas não quer acreditar que também vivemos num período marcado pela diminuição assombrosa da pobreza. Não é por acaso que África é neste momento o continente que mais luta pela ‘globalização’.

Armadas com os seus tweets e facebooks tribais, as pessoas não querem saber e recusam saber, e, nesse sentido, estão destinadas a destruir os pilares que nos deram a paz e a prosperidade das últimas décadas: a ordem liberal internacional (as alianças militares e económicas entre as democracias; outros organismos multilaterais) e a globalização (o livre comércio). As tribos da esquerda sempre atacaram o segundo pilar, as tribos da direita estão neste momento a atacar o primeiro. Esta destruição é diária, tweet atrás de tweet, post após post, mês após mês, ano após ano. Se o cisne negro passar na ponte em breve, os pilares aguentarão o peso?

Henrique Raposo no Expresso

 

 


1 comentário

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De Luís Lavoura a 31.10.2019 às 10:35

destruir os pilares que nos deram a paz e a prosperidade das últimas décadas: a ordem liberal internacional

Não é claro que Raposo não esteja a trocar a causa com a consequência: se calhar, a ordem liberal internacional é o resultado da paz, e não o contrário.
Harari explica as coisas com mais clareza, em minha opinião: há paz porque hoje em dia não se pode ganhar grande coisa com a guerra. Ao contrário do que acontecia no passado, a riqueza dos Estados não está hoje essencialmente no setor primário, pelo que a conquista de terras não tem grande valor.
Nesta perspetiva, a paz é naturalmente gerada pela evolução da economia, e depois, como consequência da paz, os Estados decidem criar uma ordem internacional.

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