Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Chega e Descartes

por henrique pereira dos santos, em 18.02.24

Já por aqui escrevi que o Chega é um partido que não me interessa, não vejo que traga nada de especialmente útil ao país e à sociedade.

Mas vários amigos meus de esquerda (na verdade, de direita também) ficam espantados e incomodados com o facto de lhes aparecer tanta gente a defender e votar no Chega, alguns por quem têm muito mais consideração que pelo Chega, ao ponto de quererem banir qualquer contacto com essas pessoas.

É aqui que entra Descartes:

"“O bom senso é a coisa que, no mundo, está mais bem distribuída: de facto, cada um pensa estar tão bem provido dele, que até mesmo aqueles que são os mais difíceis de contentar em todas as outras coisas não têm de forma nenhuma o costume de desejarem mais do que o que têm. E nisto, não é verosímil que todos se enganem; mas antes, isso testemunha que o poder de bem julgar, e de distinguir o verdadeiro do falso que é aquilo a que se chama o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; da mesma forma que a diversidade das nossas opiniões não provém do facto de uns serem mais razoáveis do que outros, mas unicamente do facto de nós conduzirmos os nossos pensamentos por vias diversas, e de não considerarmos as mesmas coisas”

Quando virem alguém que nunca imaginariam que pudesse apoiar um partido como o Chega, lembrem-se do que está escrito em cima e não se zanguem: muito provavelmente essas pessoas não se aproximaram e apoiaram o que vocês acham que é o Chega, mas o que elas acham que é o Chega, o que podem ser coisas muito, muito diferentes.

Por mim, é um partido como os outros.

Para uns é um partido racista, xenófobo, misógino, anti-democrático, etc..

Para outros é outra coisa qualquer diferente disso, que acham que merece o seu apoio por razões que provavelmente nunca imaginaram que fosse possível associar a esse partido.

Exactamente da mesma maneira que eu associo o PC às ditaduras e desastres sociais que ocorreram à sombra da ideia da apropriação colectiva dos meios de produção e conheço muita gente que, pelo contrário, o associa ao sonho de um mundo melhor de amanhãs que cantam.

É a vida.


23 comentários

Sem imagem de perfil

De João Brandão a 18.02.2024 às 21:39

Sem qualquer impertinência, mas se o dito Chega! não lhe interessa para nada, para quê o texto?
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 18.02.2024 às 22:09

Porque o Descartes me interessa
Sem imagem de perfil

De João Brandão a 19.02.2024 às 12:41

Houve por aí um cronista que denominou um indefinido ente, cujo nome se escusou a explicitar, mas que muita gente entendeu que se referiria ao partido Chega!. O autor do texto invoca o partido Chega para citar Descartes e o que disse sobre o bom senso.
Outros muitos mais já escreveram sobre o Chega! nem sei a que pretexto ...


Hmm, começa a pensar se não irei mesmo votar no Chega! 
Sem imagem de perfil

De Hugo a 20.02.2024 às 16:01

O bom senso cultiva-se. Há quem não queria saber, como pelos vistos o Henrique, e está no seu direito. Outros são só preguiçosos. Em ambos os casos, o seu bom senso mantém-se inalterado. O bom senso sobre o Chega está a ser criado pelos preguiçosos, e pelo establishment em pânico, há mais de 4 anos. Bastava não ser preguiçoso, ou ter interesse, para perceber que o Chega não é o que dele dizem que é. De todo o modo, fiar-se apenas no Descartes pode ser meio caminho para dar para o torto. A questão do PC não é uma questão de bom senso ou do que associa ou não, é um facto, independentemente do bom senso do Henrique ser educado. É algo diferente.
Sem imagem de perfil

De César a 18.02.2024 às 23:39

Já contei para aí uma meia dúzia de textos onde, para o autor da prosa o Chega"não lhe interessa para nada".
Os psicólogos e psicanalistas têm um nome para isto...
Sem imagem de perfil

De Albino Manuel a 18.02.2024 às 23:27

Digamos que são um tanto lumpen. Lumproletariado, lumpenburguesia, lumpenluminárias. Enfim...gente a quem se abre a porta como aos prosélitos das seitas religiosas.
Sem imagem de perfil

De lucklucky a 18.02.2024 às 23:44


"não vejo que traga nada de especialmente útil ao país e à sociedade."



Afirmação errada.


1 - Obriga o PSD a não ser um partido totalmente de esquerda como seria o caso se a única pressão fosse o jornalismo-activista dominante.
2 - Discute vários tabus que os partidos do regime se recusam a discutir. Certo nem todos com interesse ou relevância.

3 -  Não concorda com a monocultura jornalista de esquerda e extrema esquerda dos jornalistas-activistas portugueses, Logo é na prática o único partido na oposição. Para existir democracia é preciso oposição.
4 - Se as certezas da narrativa dominante  estiverem erradas, pode ser uma válvula e assim até por paradoxo acabar como salvador deste regime.
5 - Abre a Overton Window em Portugal numa direcção contrária ao movimento desta nos últimos 20-30 anos.
Imagem de perfil

De O apartidário a 19.02.2024 às 17:23

Associações, coletivos e comités populares de brasileiros vão realizar campanhas de sensibilização para a importância do voto dos imigrantes do Brasil com dupla nacionalidade nas eleições de março em Portugal, foi hoje anunciado.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/organizacoes-vao-apelar-ao-voto-de-imigrantes-brasileiros-com-dupla-nacionalidade
Sem imagem de perfil

De Ricardo a 19.02.2024 às 17:46

Será que estão a pensar ocupar o espaço dos abstencionistas portugueses? 
E depois admirem-se. E além disso tomem nota nesta proposta  do BE exposta no poligrafo do sapo há poucos dias(finalmente um serviço público de jeito por parte do poligrafo do sapo)


https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/be-propoe-direito-de-voto-a-qualquer-imigrante-que-esteja-em-portugal-desde-que-tenha-autorizacao-de-residencia (https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/be-propoe-direito-de-voto-a-qualquer-imigrante-que-esteja-em-portugal-desde-que-tenha-autorizacao-de-residencia)
Sem imagem de perfil

De vasco Silveira a 21.02.2024 às 22:20

Caro Senhor
Felicito-o pela clareza da exposição sobre a utilidade do Chega.
Já votei nele, André, para substituir o rapazinho falador que está em Belém.
Reconheço sim a importância do Chega e André Ventura, que representam uma oposição ao actual meio político Português, e uma esperança de melhoria para que um dia os Valores se sobreponham à legalidade (ética republicana ?!)


Com os meus cumprimentos


Vasco Silveira
Imagem de perfil

De O apartidário a 19.02.2024 às 08:17

Não se preocupem (todos vós que achais o Chega um partido anti-democratico,e isto aquilo e aqueloutro) pois o ainda inquilino de S.bento disse ontem em Espanha (um país também "muito bem" entregue como se sabe)  que não vão deixar a extrema-direita ocupar o poder em Portugal (talvez por meio de mais um acordo com a extrema-esquerda?). 
Sem imagem de perfil

De Ricardo a 19.02.2024 às 15:59

22 dez. 2023, 00:13 no Observador

O populismo é um compagnon de route da democracia que floresce sempre que a democracia falha. Alimenta-se das crises económicas, das disfunções da democracia representativa, dos problemas levantados pela integração de emigrantes e minorias, da desinformação veiculada pelas redes sociais e dos escândalos de corrupção nas elites.

A crise política atual, desencadeada por fortes indícios de corrupção nas formas de conflitos de interesses, compadrio e tráfico de influências, envolvendo a cúpula do governo, e as declarações que se seguiram, de altos responsáveis, revelando faltas à verdade, contradições, jogos táticos e críticas à atuação da justiça, estimulam a polarização social e são um tapete vermelho para o populismo. Os escândalos de corrupção corroboram a visão de uma sociedade dividida entre o povo e uma minoria acima da lei, alimenta o ódio contra as elites, geram sentimentos de injustiça, de desigualdade, de revolta e de desconfiança nas instituições e nas suas lideranças, e abalam as bases da democracia representativa. Aumenta-se, deste modo, a procura social de autoridade, estabilidade, segurança e justiça, o reforço do poder do estado, o regresso aos equilíbrios sociais do passado e aos valores tradicionais. É a resposta que o populismo apresenta.

Ao contrário do que propõe a generalidade das forças políticas, a luta contra os populismos, de esquerda ou de direita, não passa por “cordões sanitários” e “linhas vermelhas” para os isolar, nem por ignorar o voto legítimo dos seus apoiantes. Quem votou nos extremos políticos fê-lo legitimamente. Não pode haver votos nem cidadãos de segunda. A representação parlamentar de todos tem de ser respeitada ou estamos a negar a essência da democracia representativa. A solução não está em combater os efeitos, mas em eliminar as causas. E as causas estão à vista. São a incompetência, a irresponsabilidade, a falta de integridade e de sentido de estado de alguns responsáveis políticos. Quando os resultados das próximas eleições mostrarem um aumento da polarização social e dos populismos, dificultando os consensos e a governabilidade, só têm de se queixar de si próprios.

Luís Caeiro no Observador
Sem imagem de perfil

De lucklucky a 20.02.2024 às 20:22

Treta pegada. 

O Populismo é uma das mais desonestas expressões da elite politica-jornalista do centro extremista.  Significa só e apenas as ideias que o povo tende a concordar  mas a dita elite não concorda. 
Para a elite a gigante dívida publica e os défices sucessivos para a compra de votos pela elite não são populismo, para a dita elite o estado social não é populismo...etc.  Não é populismo pois aqui as ideias da elite coincidem com as do povo.  Aí o termo que empregam é democracia em vez de populismo.


Imagem de perfil

De O apartidário a 19.02.2024 às 10:19

A crise da representação
Há que compreender que a essência do populismo nacionalista não é a exclusão e a desigualdade, antes reside na promessa de devolver a voz à maioria e recuperar a confiança no regime democrático.

19 fev. 2024, 00:20 no Observador

A representação como confiança
Regressemos a Edmund Burke. Como vimos, devemos ao filósofo irlandês a conceptualização do mecanismo de representação, em particular no seu discurso aos eleitores de Bristol. Segundo Burke, os representantes (os deputados) estão necessariamente ligados aos seus constituintes:

“Os seus desejos devem ter um grande peso para ele; as suas opiniões, um grande respeito; os seus negócios, uma atenção sem reservas. É seu dever sacrificar o seu repouso, o seu prazer, as suas satisfações às deles – e acima de tudo, sempre e em todos os casos, preferir o interesse deles ao seu próprio.”

Patrícia Fernandes no Observador

https://observador.pt/opiniao/a-crise-da-representacao/
Sem imagem de perfil

De Albino Manuel a 19.02.2024 às 11:07

Não, não é. É antes a ideia de inimigo. Há sempre um inimigo, uma quinta coluna dentro de portas. Durante séculos os judeus serviram o prato. Agora são outros. Mas tem de haver sempre um inimigo para fazer o contraste entre o povo bom e o povo mau, entre o povo bom e as élites traidoras. No geral acaba mal. Savonarola acabou no churrasco, Cola di Rienzo acabou nas mãos da multidão, Marat acabou à facada no banho. Fora o que acabou pendurado num gancho como um boi em Milão ou o outro de que os russos guardam a dentadura.
Sem imagem de perfil

De lucklucky a 19.02.2024 às 12:47

Está a falar da Amália Rodrigues a "fascista" e de todos os "fascistas" num país que nunca teve Fascismo?
Imagem de perfil

De O apartidário a 19.02.2024 às 16:00

Social-fascismo teve certamente,no tempo do Prec.
Sem imagem de perfil

De cela.e.sela a 19.02.2024 às 11:11

vivem à custa dos contribuintes privados ... de tudo:
os partidos em cacos com menos votação do Chega;
os sindicatos mais diversos.


as tvs enchem chouriços: agora aproveitam os 'desbastes' pouco polidos.


«a bola é qu'instrói»
Sem imagem de perfil

De Mulher a 19.02.2024 às 16:44

Ainda bem que no nosso país existe a liberdade de escolha partidária, já em outros...
Sem imagem de perfil

De maria a 19.02.2024 às 18:58

Só o Chega pode pôr cobro aos beneficiários desde o 25 Abril.
Têm medo de perder as benesses, tais como, Ana Gomes  e os seus camaradas.
Bem utilizado " o idiota útil"  todos depois de Pedro Passos
Sem imagem de perfil

De Albino Manuel a 19.02.2024 às 23:14

Deve ser por isso que é tão popular nos distritos que mais beneficiam das transferências do OGE. É só ir ao portal da Associação Nacional de Municípios.
Sem imagem de perfil

De João Silva a 20.02.2024 às 16:40

O problema é a maioria dos ditos eruditos de opinião tratarem os partidos políticos como se algo de abstrato fosse, conotando-os por isso de esquerda ou de direita, de cento, de centro esquerda ou centro direita, ou qualquer outra coisa que se lembrem de inventarem. 


Amigo, os partidos são pessoas. 


Muitas dessas pessoas são ingénuas ou mesmo ignorantes, por isso continuam a votar sempre nos mesmos como se acreditassem que eles não fazem mais porque não podem, e os outros são o diabo. 


Outras, inteligentes, mas têm interesse que tudo continue na mesma porque de uma forma ou de outra retiram dividendos disso.


Outras pessoas ainda, que provavelmente vão votar no tal partido Chega, não sendo burras nem estúpidas, sabem no entanto que a maior estupidez não é votar num partido novo com medo de vir a ser igual aos outros etc, a maior estupidez é continuar a votar sempre nos mesmos que à 50 anos reduziram o país e as pessoas à pobreza. 


Entende? 


As pessoas, não o partido chega. São as pessoas que estão fartas. E não são estúpidas. Por isso não as ofenda com essa sua opinião erudita condescendente. Ninguém passa um cheque em branco ao partido Chega. Quem o dirige se se vier a revelar mais um igual aos outros, rapidamente desaparece, tão rápido como surgiu, porque as pessoas não são burras. 


Burros são aqueles que continuam a votar nos mesmos que a 50 anos os levaram a uma vida de pobreza. Inteligentes são aqueles que preferem arriscar algo novo com a esperança de ser diferente. Porque não perdem nada. 


Compreende? 


Porque não têm nada a perder.  

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Rodrigo Raposo

    Coitadito do JMT. Um idiota ... (in)útil.Na verdad...

  • João Gil

    Nas minhas contas 50/50 para a parte dos não escla...

  • Anónimo

    Vai dar para um destes dois lados:- Não fiquei nad...

  • João Gil

    A das obras do dupkex já caiu. Tal como depressa d...

  • Anónimo

    Volta lapis azul! Há quem por ti anseie.


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D