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Fico sempre inquieto quando não tenho grandezas numéricas do que estamos a discutir. Procurei e não encontrei nada que me satisfizesse a curiosidade.
Decidi, então, fazer as minhas próprias contas. Qualquer tentativa de chegar a valores rigorosos quanto à quantidade de mortos prováveis, está sempre condenada ao falhanço, já que nunca se sabe efectivamente quantos infectados existem e porque as próprias taxas de mortalidade variam no tempo e no espaço em função de uma miríade de circunstâncias.
Os valores obtidos, como ordens de grandeza , acredito que são muito úteis. Em função dos dados demográficos Portugueses que utilizei, da PopulationPyramid.net e dos dados sobre Itália, os piores mas potencialmente mais próximos da nossa realidade (em Espanha, para já os resultados são mais benignos) calculei valores de mortes por segmento populacional para 3 cenários:
Neste caso, o grupo de maiores de 60 anos apresentariam um numero de mortes de 271.955, e a população até 59 anos, um valor de 24.910 vitimas.
Neste caso, o grupo de maiores de 60 anos apresentariam um numero de mortes de 190.368, e a população até 59 anos, um valor de 17.488 vitimas.
Neste caso, o grupo de maiores de 60 anos apresentariam um numero de mortes de 38.074, e a população até 59 anos, um valor de 3,488 vitimas.
Apesar da severidade dos números, fiquei surpreendido com a sua grandeza, inferior ao que tinha imaginado, sobretudo do cenário 3, o mais razoável e que segundo as medias gerais, ainda apresenta o dobro dos valores estimativo, mesmo sem qualquer esforço de isolamento.
Parece-me cada vez mais claro que depois da primeira vitória, lá para os fins de Abril, inicio de Maio, justifica-se uma mudança radical de estratégia, mantendo o isolamento dos mais vulneráveis e vigiando todos os outros com testes sistemáticos, mas em “liberdade” quase absoluta.
Para os mais curiosos, junto os dados e os cálculos que justificam os valores apresentados.
José Miguel Roque Martins
Convidado Especial*
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