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Pacheco Pereira escreve hoje, na sua habitual coluna no Público, um texto notável sobre aquilo a que o próprio se refere como sendo o casamento e divórcio à esquerda. Defende as vantagens de um acordo entre PS, PCP e BE e enquadra-o politicamente numa perspetiva que ainda não consegui ler ou ouvir por parte de qualquer dos representantes daquelas forças políticas. Mais, a fundamentação do casamento à esquerda é hoje, brilhantemente, apresentada por Pacheco Pereira que assim se torna numa espécie de teórico desta inédita coligação. Pode discordar-se (e eu discordo) da abordagem política e de alguma da sua argumentação mas é notável a construção da fundamentação política de suporte a esta alternativa de esquerda. Mas com a mesma lucidez e profundidade políticas a que nos habitou desde há muito, alerta para os perigos do divórcio que a acontecer “ será muito mais gravoso e penoso”. Vai até mais longe com um recado para o PCP: “se entram numa solução deste tipo (a de um entendimento das esquerdas), têm que dar, neste caso ao PS, alguma margem de manobra para fazer o equilibrismo financeiro que é necessário para cumprir, sem qualquer zelo, o Tratado Orçamental, antes de haver alguma negociação que o modere”. Talvez Pacheco Pereira não tenha escutado a entrevista de Jerónimo de Sousa à SIC (ocorreu quase à mesma hora da Quadratura do Círculo” em que afirmou que “o problema não está no erro, está em persistir no erro. Obviamente que nós não fazemos isso [respeitar o Tratado Orçamental]”. Hoje, no DN, é a vez de António Filipe afirmar que "Governo de esquerda? Para já, chame-lhe um governo do PS…”
Como diria o Senhor de La Palice, só há divórcio se houver casamento e este ainda está na fase do namoro e pelas declarações dos dirigentes do PCP a solução passará por cada um ficar em sua casa juntando-se ao fim de semana. É a união moderna de muitos casais e é este o caminho desejado por um dos pares. Assim, não haverá divórcio pois não acontecerá um verdadeiro casamento. As consequências desta espécie de casamento alternativo estão bem descritas no artigo incontornável do Pacheco Pereira.
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