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"Hospital de São João com "recorde triste" de admissões na Urgência na segunda-feira
Hospital registou o maior número de casos de urgência da sua história e cenário pode piorar. Diretor pediu "coerência" nas medidas sobre a Covid-19, lembrando que testes deixaram de ser grátis."
Título e lead de uma noticia do Observador que na verdade é da Lusa e por isso não sei se toda esta parvoíce é do director das urgências do São João (tenho-me cruzado com várias parvoíces dele sobre a Covid, portanto a hipótese não é de excluir) ou dos jornalistas da Lusa, em primeiro lugar, de vários outros sítios que reproduzem, acriticamente, este trangolomango.
Vejamos os números de Nelson Pereira, o tal director das urgências.
Foram atendidos 1022 doentes na urgência, na Segunda-Feira. Destes, 144 foram admitidos na área respiratória (menos de 15%) foram-no na área respiratória (ou seja, 85% dos doentes atendidos, seguramente, não tinham nenhuma relação com a Covid), e 53% testaram positivo (ou seja, cerca de 5%).
Daí eu não perceber o que tem a Covid com o recorde nas urgências, visto que 95% dos doentes não eram doentes covid.
"O diretor contou que “as pessoas continuam à procura de um teste”, teste esse que deixou de ser gratuito nas farmácias e em outros locais, e do documento que lhes permite não ir trabalhar quando está a fazer isolamento, “um isolamento que continua a ser obrigatório”, sublinhou".
Esta parte é ainda melhor: as pessoas Covid, ou potencialmente Covid, vão à urgência resolver um problema administrativo: fazer um teste sem pagar ou arranjar o papelinho que lhes permita justificar um isolamento obrigatório, mesmo quando não estão doentes.
Finalmente, tudo se esclarece: "Ainda sobre o aumento de incidência por infeção pelo vírus SARS-CoV-2, Nelson Pereira admitiu que a Queima das Fitas ou os festejos pelo título de campeão do FC Porto estejam a ter repercussões".
Os festejos do Porto foram no Sábado à noite, o vírus tem um período de incubação superior a dois dias, e na Segunda o recorde das urgências, com 95% de doentes não covid, já resulta desses festejos.
O problema não o vírus nem a Covid, é gente desta que diz coisas erradas e irresponsáveis porque estão fartos de ter doentes nas urgências que dirigem.
Parabéns à prima.
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