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"Fosse a religião, e nomeadamente a católica, uma pura escolha privada, uma prática individual ou mesmo colectiva, mas sem incidência na polis, muito deste debate não seria necessário".
Quem assim escreve é Luísa Semedo, uma senhora que todas as semanas escreve mais ou menos a mesma crónica, embora com palavras diferentes, no Público.
Qual é então o problema de Luisa Semedo?
"Se não nos ocuparmos da religião, ela ocupa-se de nós. E exemplos disso é que não falta no mundo, basta olhar para os EUA ou a Itália e para os retrocessos a que estamos a assistir em matérias de direitos das mulheres e das pessoas LGBTI+".
Para Luísa Semedo (está muito longe de ser a única, há milhares de pessoas que não se consideram jacobinos adversários da liberdade religiosa, apenas consideram que a religião deve ser livre, mas invisível e inócua na sociedade) as pessoas não são todas iguais: as que pensam como ela devem exprimir-se como entenderem e usarem os mecanismos sociais que entenderem para influenciar as comunidades em que vivem, mas as que pensam de maneira diferente, com uma base religiosa, não, a essas deve aplicar-se a famosa política do "don´t ask, don´t tell".
E é por isso que acha inadmissíveis políticas determinadas pelo voto das pessoas erradas nos EUA e em Itália.
Mas como tem vergonha de dizer que acha inadmissível que as pessoas votem de forma errada, arranja uma desculpa que lhe parece mais aceitável: o problema não é as pessoas pensarem de forma diferente da sua, o problema é que essas pessoas não têm a capacidade intelectual de Luísa Semedo, portanto como são fraquinhas da cabeça votam influenciadas pela dimensão colectiva e social da religião, o que manifestamente é inaceitável.
Ou seja, as políticas dos EUA e da Itália não são determinadas pelo voto livre das pessoas comuns, mas por aquilo que Luísa Semedo avalia como sendo uma influência religiosa ilegítima.
O ideal era reconduzi-los todos a umas catacumbas: religiosos, até poderia ser, agora que o que as pessoas pensam acabar a influenciar políticas públicas, isso é que só com autorização de quem define o que é ou não admissível no espaço público.
Concordo.
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