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Há hoje nas redacções dos media portugueses, e também muito nas respectivas chefias e direcções, abundância de criaturas que adoptam surpreendentemente a denominação de jornalistas. O dever do jornalista, o cerne da sua profissão, consiste em informar. Não é o objetivo das criaturas. As criaturas querem dar a «informação» que convém às suas convicções -- calando o resto -- e aos seus ídolos, na medida em que as criaturas julguem que essa «informação» lhes convém.
Ontem, a Tvi entrevistou uma senhora qualquer com sotaque e um ar arremelgado ao tipo de Raquel Varela (e apresentada como «especialista em assuntos internacionais», daqueles), que disse, sem contestação, que dos portugueses presos na Venezuela não se pode falar, porque isso é da justiça; que há muitos países a ajudar o regime venezuelano, por exemplo Cuba; e que a oposição venezuelana é torpe.
Hoje, a Sic fez no seu jornal um elogio ao ministro Azeredo Lopes, por ter dito que «em última análise nem tinha havido roubo» em Tancos. Lopes, inculcava a Sic, é fantástico porque já via tudo.
Há, nos Estados Unidos, uma expressão brutal (e brutalmente certeira) para designar essa gente que sai do caminho e se dá a todos os esforços para louvar e apoiar os mandantes que ama: brown noses.
Abstenho-me de explicar o significado da expressão, mas deixo-vo-la para que lhe admirem a justeza,
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Sou habitual leitor do Público, mas a Bárbara Reis...
HPS, veja estas imagens de outro jornalista "ideol...
correcção: " credível "
Não vejo qual é o escândalo. Faltar oxigénio é com...
Concordo com a sua análise e é extraordinário tudo...