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Nos momentos mais negros da História, normalmente surge uma reação positiva que volta a colocar o mundo ou um País, nos trilhos do desenvolvimento harmonioso Por vezes a reacção é excessiva. E ao corrigir erros, acrescenta novos focos de tensão, que levam a nova crise.
Foi, por exemplo, assim, que Marx e o movimento socialista, tiveram um papel importante, combatendo a insuportável desigualdade e exploração provocada pelo desemprego no inicio da revolução industrial.
Inspirando o comunismo, que acabou por trazer tanta miséria, mortes, equívocos e pobreza colectiva.
Inspirando o socialismo, que de forma mais mitigada, também é responsável por muitos dos males que nos afectam hoje.
O poder destes movimentos, ainda hoje se sentem. Em especial em alguns países, como Portugal, onde os princípios fundadores destes movimentos, foram extravasados numa cultura de irrealismo e desresponsabilização individual e colectiva.
Da ideia de igualdade, evolui-se para um conceito vasto de direitos inalienáveis, mesmo que sem suporte na realidade. A Lei substitui o justo. O que é democrático, por mais absurdo que seja, é por definição lei, e por isso pretensamente justo. Os valores, anacronismos. Os dogmas económicos, destroem a criação de riqueza. A igualdade é garantida na pobreza. A desigualdade, nos compadrios do poder.
É pois de saudar que, Manuel Alegre, um arauto do que acredito serem tantos equívocos, se tenha lembrado do que está certo e errado. Mesmo que seja legal e democrático. E tenha proclamado alto e a bom som, que o Estado serve para proteger os interesses dos cidadãos e não para proteger os interesses do Estado.
Uma ideia que deveria ser por todos defendida e aplicada em todos os aspectos da nossa vida colectiva.
Se há tempo em que parece ter-se perdido completamente o tino, é o actual. Que tanto precisa de recentrar, no bom senso, nos valores e na verdade, a sua orientação. E que precisa de todas as contribuições.
Bem haja, Manuel Alegre.
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