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Bárbara Reis, o resto da imprensa e o 24 de Abril

por henrique pereira dos santos, em 26.04.19

Bárbara Reis, do Público, anda muito preocupada com "os adolescentes baralhados sobre a ditadura de Salazar".

Fica escandalizada quando "fala-se de analfabetismo e respondem que Salazar fez escolas nas aldeias", por exemplo.

E então propõe-se "abanar" estes adolescentes citando cartas de amor escritas durante o salazarismo "Meu muito querido Mário, mais um domingo sem sol e sem ti".

O facto de Bárbara Reis preferir falar das vidas de dois proeminentes membros das classes dominantes e privilegiadas , como Mário Soares e Maria de Jesus Barroso, em detrimento da vida das pessoas comuns, para abanar adolescentes baralhados com o regime de Salazar é uma opção exótica, mas mais exótico é pretender fazê-lo repetindo tretas sobre a sociedade anterior ao 25 de Abril, como aliás boa parte da imprensa fez por estes dias.

Estou convencido de que só o facto dos jornalistas que escrevem as peças que li serem muito novos, e portanto 1974 ser anterior ao paleolítico para eles, os impede de perceber o ridículo de publicarem o que publicam quando há ainda tanta gente que estava lá, viu directamente, e portanto sabe perfeitamente que usar calças à boca de sino, por homens ou mulheres, era perfeitamente banal.

Na verdade a repetição das fantasias que habitualmente acontece nesta altura, assenta na recusa de consulta das fontes, uma estranha opção do jornalismo actual "O pronto-a-vestir impunha-se nas ruas e nas revistas de moda portuguesas. A moda unissexo começava a surgir. Tanto mulheres, como homens começaram a frequentar as mesmas lojas, usavam cabelos longos ou curtos, calças de ganga e de boca-de-sino, blusões de cabedal, adornos variados" (A Moda e as Modistas em Portugal durante o Estado Novo – As mudanças do pós-guerra (1945-1974)".

Que os números do analfabetismo em 1974 eram maus, isso é inquestionável, mas eram incomparavelmente melhores que os de 1926. Só durante o Estado Novo se atingiu a taxa de escolarização anterior ao Marquês de Pombal, cujas opções reduziram o número de alunos das escolas em 90%, estupidez repetida pela primeira república (de forma muito mais mitigada) ao expulsar os jesuítas e pela segunda vez destruir o melhor ensino do país, e de que este governo, de forma ainda muito mais mitigada, resolveu assumir-se como herdeiro ao acabar com contratos de associação que permitiam menos despesa para o contribuinte e melhor ensino para os utilizadores, outra vez com os argumentos anti-clericais, agora disfarçados. Dizer que o Estado Novo fez escolas em aldeias é uma tontice face ao esforço de escolarização feito, passando dos 15% para os quase 100% de escolarização em trinta anos, mais ou menos.

Citando Rui Ramos: "temos, por exemplo, as comparações ignorantes entre o Portugal de 1974 e o de hoje. Sim, hoje os portugueses vivem melhor do que em 1974. Mas em 1974, também viviam melhor do que em 1926. O 25 de Abril aconteceu num país que estava a passar por uma transformação social e económica que começara antes e que continuou depois. Antes de 1974, o país industrializava-se, o “Estado social” (já era assim que Marcello Caetano lhe chamava) expandia-se, o futuro SNS já tinha os seus alicerces, e pela primeira vez na história toda uma geração frequentava a escola. Portugal até já iniciara a integração europeia, com a adesão à EFTA em 1960 e o acordo comercial com a CEE de 1972. Reconhecer isto, porém, passa por crime de louvor à ditadura. Mas o que justifica uma democracia não é a prosperidade – é a liberdade".

Cara Bárbara Reis (e restante jornalismo militante) deixe-se de grandes explicações sobre a superioridade económica e social do pós 25 de Abril de 1974, o que é preciso é dizer uma coisa simples: o Estado Novo era um regime ilegítimo por haver Governo sem consentimento expresso de governados, é só isto e nada mais.

Se entra por comparações "ignorantes" (para citar Rui Ramos) o mais natural é que os adolescentes fiquem mais "abanados" em relação à confiança no que dizem os jornais que em relação ao regime anterior ao 25 de Abril.

A liberdade é um bem em si mesmo, não precisa que torturemos os dados sócio-económicos até que eles digam o que queremos que digam, e o 25 de Abril justifica-se simplesmente pela liberdade, o que já não é pouco.



31 comentários

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De Anónimo a 27.04.2019 às 15:25

"[] o que justifica uma democracia não é a prosperidade – é a liberdade (...) o 25 de Abril justifica-se simplesmente pela liberdade ...".


É verdade.
O que não obsta a que o problema da associação desta data à liberdade seja que uma boa parte daqueles que hoje mais se reclamam do "25 de Abril" procuraram (através do PREC) e procuram instrumentalizar o "25 de Abril" ... contra a liberdade !
Por isso é que há muita gente que, mesmo congratulando-se com o fim do regime anterior e valorizando a maior liberdade politica "pós-25 de Abril", se sente desconfortável ou mesmo em oposição face a uma conotação politica mais "à esquerda" que esta data acabou por assumir desde muito cedo.
   
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De Fernando SILVA a 27.04.2019 às 15:28

Identifico-me relativamente ao comentário em cima.
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De Makiavel a 27.04.2019 às 17:45

Ó senhor henrique,


Usar e abusar de citações do Rui Ramos para branquear um regime que atrasou Portugal durante décadas não abona nada a seu favor.


Neste seu panegírico do salazarismo, não dedica uma linha que seja aos presos político? Ao campo de concentração do Tarrafal e aos que lá morreram por discordarem do regime? Às cadeias dedicadas a quem discordava do regime e às visitas nocturnas aos opositores do regime? Às "eleições" onde até os mortos votavam? Nem uma linha sobre o assassinato de Humberto Delgado? E sobre o assassinato do estudante Ribeiro dos Reis? Foi um dano colateral? E a guerra colonial, não fala nada? Ou pertencia à classe dos que metiam cunha para não irem dar com os costados em África? Ainda há muita gente que não deixa passar este seu discurso manhoso de desculpabilização do anterior regime. Com chancela de "historiadores" ou sem ela.
"To cut a long story short": o senhor pode escrever hoje aquilo que escreveu sem que lhe aconteça nada, quem quer que escrevesse algo a criticar o anterior regime tinha a PIDE à perna. Percebe a diferença ou não lhe convém?
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De Anónimo a 27.04.2019 às 19:00


Caro Senhor Makiavel,
Dizer que está sol não é fazer nenhum panegírico ao sol, é constatar um facto.
Já dizer que o regime atrasou Portugal é simplesmente uma asneira: o período de maior crescimento do país nos últimos 200 anos foi entre a adesão à EFTA nos anos 50 e o primeiro choque petrolífero em 1973.
Poderia dizer que a base de partida era muito má e que o país beneficiou do extraordinário crescimento mundial no pós guerra, o que é verdade, mas este período que citei é o período de maior convergência do país com os países mais desenvolvidos, isto é, Portugal cresceu mais que a generalidade dos países desenvolvidos (em parte porque a base de partida era muito má, o que torna mais fácil ter taxas de crescimento maiores que países que já são mais ricos).
Pode até dizer que com outro regime o país teria crescido ainda mais, e eu isso não discuto porque não há maneira de sabermos se seria assim ou não.
O que não pode dizer é que o país foi atrasado pelo regime: já era atrasado, muito atrasado mesmo, continuou atrasado, mas muito menos, tal como aconteceu depois do 25 de Abril: continuamos atrasados mas bastante menos (em grande parte graças ao período da adesão à União Euoropeia, no tempo de Cavaco, o segundo período de maior crescimento e convergência do país nos últimos 200 anos).
O que estou a dizer é factual e qualquer pessoa o pode verificar estudando.
De resto, digo explicitamente que o regime era ilegítimo por ser uma ditadura, portanto nem percebo o seu comentário.
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De Fernando SILVA a 27.04.2019 às 21:42

Ó senhor Makiavel,

O Henrique Pereira dos Santos (HPS) não "branqueou" nem fez nenhum "panegirico" do Salazarismo.
Antes pelo contrário, disse claramente que "o Estado Novo era um regime ilegítimo por haver Governo sem consentimento expresso de governados" e que, por isso, "o 25 de Abril [se] justifica ... pela liberdade [que possibilitou].
Acontece que o objectivo do texto do HPS era antes o de contestar uma tese falsa de muitos dos criticos do regime anterior e que é a de que este regime deixou em 1974 o pais ainda mais atrasado do que estava antes.
Assim sendo, não podendo estar sempre a falar de tudo ao mesmo tempo, o HPS não tinha necessáriamente que detalhar o modo como o regime aplicou a ditadura politica e a falta de liberdade.
Sendo que há diferentes versões sobre o modo e o nivel da repressão feita pelo regime anterior, inclusivé sobre alguns dos aspetos que o Sr Maquiavel menciona no seu comentário.
E sendo que é sempre importante lembrar que, em matéria de repressão, de prisões, de assassinatos, de ditadura, de colonialismo, havia na altura um regime espalhado pelo mundo que tinha um palmarés muitissimo pior, o comunismo, e que, por sinal, até era também o tipo de regime que uma parte dos opositores ao "Estado Novo" defendia e desejava implantar em Portugal. Ou seja, se os comunistas tivessem levado a melhor em Portugal, antes ou depois do "25 de Abril" (tentaram através do PREC e só não conseguiram graças ao "25 de Novembro), a repressão teria sido muito pior, com ainda menos liberdade, ainda mais prisões, ainda mais assassinatos e ainda mais miséria e mortes nas antigas colónias !  
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De Fernando SILVA a 27.04.2019 às 22:28


E, já agora, o estudante (da Faculdade de Direito em Lisboa) que em 1972 foi morto a tiro por um agente da policia politica (Pide) no ISCEF (Instituto Superior de Economia e Finanças) chamava-se José António Ribeiro dos Santos (e não Reis ... que era antes o apelido de um segundo estudante também ferido a tiro no mesmo incidente).

É verdade que este trágico incidente teve lugar num contexto de repressão da agitação universitária então em curso, durante uma reunião de estudantes estando 2 agentes da Pide disfarçados no meio da assistência procurando certamente colher informações "úteis" sobre os participantes e suas actividades.

Mas, em abono da verdade, importa também dizer que nada indica que os 2 agentes tivessem então a intenção de sair do anonimato e de assassinar quem quer que fosse. O que aconteceu foi que os agentes foram identificados como tais por alguns estudantes militantes politicos e foram então perseguidos e encurralados dentro das instalações tendo de seguida procurado fugir disparando sobre o grupo de estudantes que os ameaçava mais directamente, entre os quais estavam naturalmente os dois atingidos pelos tiros, Ribeiro Santos, que morreu no local, e Rebelo dos Reis, que ficou ferido e foi de seguida transportado para o hospital. Estes 2 estudantes eram militantes reconhecidos do MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado) mas, como é evidente, não foram atingidos pelos tiros do Pide por serem o que eram politicamente mas por os estarem a ameaçar fisicamente (dificil de imaginar - ou talvez não - o que poderia ter acontecido aos agentes se tivessem sido apanhados por militantes radicais de extrema-esquerda !...)    
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De Makiavel a 28.04.2019 às 01:10

Brilhante justificação do assassinato de um estudante.


Conte-me mais justificações de outros assassinatos. Por exemplo, de Humberto Delgado. Do pintor Dias Coelho. Da Catarina Eufémia. Ah, espera, esses mereciam ser mortos, eram comunistas.


Não se enterre!
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De Fernando SILVA a 28.04.2019 às 12:13

Não justifico nem deixo de justificar coisa nenhuma !...
Falo em factos e não faço propaganda politica e ideológica !


Faz bem em lembrar que os "casos" de mortes violentas de opositores comunistas ao Estado Novo se contam pelos dedos das mãos, a anos-luz dos muitos milhares e mesmo milhões dos regimes que esses mesmos comunistas admiravam e defendiam.  
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De Makiavel a 28.04.2019 às 22:16

Argumentário típico.


Essa do "não faço propaganda política e ideológica" faz-me lembrar o ditado "diz-me o que presumes, sir-te-ei de que careces"
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De Anónimo a 29.04.2019 às 00:19

O que eu quiz mesmo dizer é que você não argumenta com factos porque o que lhe interessa é apenas fazer propaganda politica e ideológica em defesa de um dos piores sistemas totalitários modernos, o comunismo !
O "Estado Novo" salazarista tem muito por onde se pegue mas, em comparação com os regimes comunistas, foi uma brincadeira de crianças !... (de resto, muitos analistas e historiadores, sem negarem o seu carácter autoritário e repressivo, referiram-se a ele como sendo uma ditadura de "brandos costumes" !) 
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De Makiavel a 29.04.2019 às 12:57

Diga lá onde é que eu estou a "fazer propaganda política e ideológica em defesa de um dos piores sistemas totalitários modernos, o comunismo!"? Mostre lá uma frase que seja. Pois, não tem.
Quem está aqui a fazer propaganda política e ideológica é você, branqueando o que foi o estado novo. A estratégia já é conhecida: avançam-se com números da macro-economia simpáticos (porque partem de uma base tão miserável que qualquer cêntimo de crescimento corresponde a taxas de crescimento de vários dígitos), fala-se em brandos costumes do regime, desculpando assassinatos porque eram comunistas (parece que o estou a ouvir "um comunista bom é um comunista morto"), de caminho promove-se o mito do incorruptível e austero Salazar (como se a censura deixasse passar qualquer notícia sobre a promiscuidade entre os recursos públicos e privados) esquecendo o facto tão comesinho como ele ter caído da cadeira enquanto passava férias num edifício do estado. Olhe se fosse hoje, as manchetes que o CM não faria...
A narrativa está mais que montada.
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De Anónimo a 29.04.2019 às 20:48

Não é "uma frase", é a totalitade dos seus comentários : não diferem numa frase ou sequer palavra da conhecida K7 comunista sobre o "fascismo" e os heroicos comunistas e "democratas" que combateram e cairam pela "liberdade" !
Você não engana ninguém : não é só o rabo que fica de fora ... é tudo !...
Já agora, dentro da sua lógica pseudo-argumentativa, "diga lá", "uma frase que seja" onde é que eu estou a "branquear o que foi o estado novo", a "desculpar assassinatos porque eram comunistas", a "promover o mito do incorruptivel e austero Salazar", ou seja lá o que for ...
Eu não "branqueio" nem "desculpo" nada do que foi a ditadura salazarista - digo factos objectivos e lembro que, por má que esta tivesse sido, e foi, muitissimo pior foram e são os regimes que os comunistas, da altura e de agora (como o Makiavel), defendiam e defendem ainda hoje !    
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De Fernando SILVA a 29.04.2019 às 23:47

Anónimo acima = Fernando SILVA ("branqueador do Estado Novo" e "deculpabilizador de assassinatos de comunistas" !... ;) )
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De Makiavel a 30.04.2019 às 08:21

Mude de cassete que essa está gasta.
Já referiu Cuba e Venezuela? E a Coreia do Norte, esse perigo para a humanidade? Tenho direito ao cardápio todo da cassete...


"O "Estado Novo" salazarista tem muito por onde se pegue mas, em comparação com os regimes comunistas, foi uma brincadeira de crianças !"


Branco mais branco não há...




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De Fernando SILVA a 30.04.2019 às 15:18

Não referi porque todos sabemos que "branco mais branco não há..." : Cuba é um exemplo de democracia e liberdade, a Venezuela é um sucesso económico e social, a Coreia do Norte é um paraiso pacifico e inofensivo !...
A ditadura, a censura, os assassinatos de opositores, a miséria do povo, etc ... isso é o salazarismo, "negro mais negro não há..." !!
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De Makiavel a 01.05.2019 às 12:44

Não se pode criticar, abertamente e sem tibiezas, o salazarismo que não venha logo um troll perguntar "E Cuba? E a Venezuela? E a Coreia do Norte?".


Faz parte do branqueamento vir com esse discurso, tipo "o salazarismo até que nem era mau de todo se compararmos com (preencher a gosto).


Branco mais branco não há... mesmo.
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De Fernando SILVA a 01.05.2019 às 13:36

Já só faltava o ataque pessoal, o insulto ... Se eu sou "um troll" por estar a responder aos seus comentários ... você é o quê por estar a responder aos meus ?!... Eu sei que para alguns, e pelos vistos você é um deles, a liberdade de expressão da opinião é só para um lado, o deles !!...
Você "pode criticar, abertamente e sem tibiezas, o salazarismo" ...
Eu, tal como o Henrique Pereira dos Santos, também sou um critico do salazarismo, o que até se percebe nos meus comentários anteriores. Mais especificamente, como liberal, critico a ditadura, a repressão e a politica económica estatalista e intervencionista do salazarismo. Acha pouco ?!...
Mas eu também posso contestar aqueles que, como você, criticaram e criticam o salazarismo deturpando a realidade para assim melhor o apresentarem como tendo sido muito mais nefasto e tenebroso do que foi e para, deste modo, escamotearem e esconderem a circunstância de o fazerem em nome de uma ideologia e de um projecto politico, o comunista, que nunca teve nem tem nada a ver com a defesa da liberdade e da democracia e que, antes pelo contrário, produziu no mundo um sistema muito pior do que o que o salazarismo, tanto em matéria de liberdade como de resultados económicos e sociais.     
O primeiro a falar de Cuba, da Venezuela e da Coreia do Norte foi ... você !!
Mas fez muito bem : estes paises, que os criticos do salazarismo do seu género hoje defendem sem vergonha, são exemplos actuais de regimes comunistas que fizeram e são piores do que foi o salazarismo : assassinaram muitos mais opositores e produziram muito mais miséria (o salazarismo, embora insuficientemente, até reduziu a miséria) !   
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De Anónimo a 28.04.2019 às 01:17

Um tipo que escreve Maquiavel com K é muito suspeito - e mais suspeito se torna quando ameaça contraditar o autor do post e principia, e acaba, por confirmar o que verdadeiramente o autor afirma. Suspeito que para estes fedelhos a liberdade não tem importância nenhuma - o que lhes  interessa e' botar faladura, encher chouriços e escreverem antes do nome Dr.









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De Makiavel a 28.04.2019 às 09:06

Acertou sr. anónimo, sou mesmo um defelho que gosta de botar faladura, encher chouriços (e enchidos em geral, acrescento) e escrever antes do nome Dr.


Ainda bem que o sr. existe. Pelo teor (ou falta dele) do seu comentário já há quem lhe chame Anónimo, o desconfiador; ou Anónimo, o anti-k. É sempre bom rir um bocado.
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De Anónimo a 28.04.2019 às 16:41

Para dar continuidade `a masturbação intelectual em que o douto Makiavel e' um especializado, garanto-lhe que não sou anónimo. Mas se lhe der prazer tal exercício sempre posso dizer que sou o Maquiavel - o verdadeiro: aquele que habita na ilha do Príncipe. E esta, eh?!
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De Makiavel a 28.04.2019 às 22:18

Não é nada. Está vários furos abaixo.
Isto quem nasceu lagartixa nunca chega a jacaré.
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De Anónimo a 29.04.2019 às 03:09

Se non `e vero, `e bene trovato!
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De O sátiro a 27.04.2019 às 18:27

Portugal hoje está melhor por causa dos milhares de milhões de euros da CEE/UE
o 25 Abr só  atrasou e muito 
Em 1975 o PIB baixou 5,9% ..
Na década de 1960 o PIB cresceu perto de 10% TODOS os anos.


A classe dominante da política media e cultura quer imporà força maravilhas do 25  Abr.......ondr estão  ?  Nas sevícias do COPCON. SUV  PM.?  ? 
No roubo w destruição de empresas excelentes como LISNAVE...TORRALTA....CUF....SIDERURGIA  BANCOS SEGURADORAS E PMEs ? 


E sim foram construídas milhares de escolas nas aldeias todas iguais ...eu estudei numa delas....estão à vista de quem recusa fanatismostresloucados. ..w liceus  tb todos iguais para poupar nos projetos. .e sim os hospitais Sta Maria e S. João  têm projetos iguais 


MÃO SE PERMITIA CORRUPÇÃO TIPO PARQUE ESCOLAR. 


podem ficar escandalizados porque a verdade  das realizações do Estado Novo mantém se.


Na história vai ficar ainda mais. 


Portugal foi o único país da Europa que se livrou da II GUERRA MUNDIAL devido à inteligência perspicácia habilidade geo política de.....um grande estadista 
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De s o s a 27.04.2019 às 20:50

fartei-me de rir...     entretanto e ainda é necessario lembrar ao povo,  as vitimas do salazarismo ainda vivas, que a miseria que salazar lhes impos foi so para os proteger...      sim, muitos nem foram á escola, nao terminaram sequer os primeiros anos, o que interessa  é que em 25 abril e por decadas mais,   fomos um pais de analfabetos.  Um rebanho, que o Henrique desejaria eterno... 
 Resumindo : o povo, nenhum povo, sofria a falta de liberdade, sim a miseria . E sofria nao por comparaçao, que os horizontes limitavam-se á aldeia onde  nasciam e morriam sem de la nunca sair, mesmo depois de construido o comboio,  mas pela fome concreta, com a sardinha de dias para 4, pelo frio concreto sem sequer ter acesso a agasalhos necessarios. 


O salazarismo era para lá do politico, a desumanidade. Pois, e a caridadezinha tao ao gosto do Henrique.  Basta ver os milhares de mortos  nas estradas a cada ano,  
a mortalidade infantil, só a registada...


O salazar fez muito pior, mesmo num povo que nao tinha conhecimento, nao con hecia os culpados do seu estado,  salazar fez pior, dizia eu, que a liberdade provoca no Henrique. 
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De henrique pereira dos santos a 27.04.2019 às 21:43

Não percebi o comentário: em algum lado se nega a miséria ou a falta de liberdade?
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De O sátiro a 27.04.2019 às 22:22

A miséria da primeira república foi muitíssimo pior...
Aliás a miséria no estado Novo é herança da República. Salazar teve que a combater com o estado em bancarrota. ...e conseguiu. 


Isto são factos intocáveis e que relatórios de organizações internacionais como a SOCIEDADE DAS NAÇÕES  ... (QUE RECUSOU EMPRÉSTIMOS TAL A GRANDEZA DA BANCARROTA )..COMPROVAM.


Foi na República que se verificou a maior taxa de migração per capita tão grande era a FOME e miséria. 
Foi para o Brasil. ..como os dados da própria República comprovam.


Portugal tinha 4 milhões de habitantes em 1900.
74 anos depois  quantos eram ?  ? 


Só isto comprova perante qualquer estudo que se combateu de modo eficaz a FOME  miséria  repressão  (MUITO PIOR QUE NO ESTADO NOVO)...mesmo nas ruas cafés  e tavernas  da república pelo ESTADO NOVO. .


Factos intocáveis 
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De s o s a 27.04.2019 às 23:47

leio mal, se calhar ainda vou ter de pedir desculpa... voltei ao texto de v/Exª, saltitei e detive-me na parte : salazar era so ilegitimo, é so isto e nada mais. 


Se a v/ Ex* nao o incomoda a liberdade, e note que nada me interessa quer  apoie quer odeie salazar,  entao interpretei mal o post, queira desculpar-me 
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De henrique pereira dos santos a 28.04.2019 às 06:46


Na verdade não interpretou mal o post, na verdade não leu o post. Se o lesse teria reparado que, ao contrário do que diz, não está lá escrito "salazar era so ilegítimo", mas "o Estado Novo era um regime ilegítimo por haver Governo sem consentimento expresso de governados".
O "só" é uma invenção sua que altera completamente o sentido do que escrevi.
O sentido geral é o de que basta não haver consentimento expresso dos governados para um governo ser ilegítimo, o desempenho económico e social desse governo é irrelevante para determinar a sua ilegitimidade.
Eu compreendo que quem passa a vida a defender governos ilegítimos tente desviar a atenção deste aspecto central: a liberdade é um bem em si mesmo e só há legitimidade do poder quando há consentimento expresso dado pelas pessoas comuns, mas é exactamente esse o busílis da questão.
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De Anónimo a 27.04.2019 às 21:35

Daqui por 200 anos quando a historia de Portugal for escrita por Portugueses jã distantes das quezílias que ainda não estão ultrapassadas, basta ver estes comentários, analisando o que éramos e tínhamos antes do 25 e ao que nos tornamos depois, pais indigente e a pedir esmola, governado por corruptos e oportunistas, não pelos melhores e mais competentes...para facilmente concluirem que foi o período mais negro da historia da nossa existência








   
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De Isa a 28.04.2019 às 12:08

Não há analfabetos, há bem pior os iletrados. Gente que sabe ler, mas que não sabe o que lê, que não questiona o que lê. Pedimos para interpretar o texto e não sabem faze-lo. Outra coisa: a Catarina eufemia é um mito construído pelo partido comunista com a bênção do marido. Ele sim era comunista. A senhora não tinha aspirações e nem interesses políticos, muito menos comunistas. Foi a senhora a morrer como podia ter sido outra. É pena que a maioria das colegas que viveram a situação já morreram, pois enquanto viviam mantinham a verdade à tona. Só pessoas com medo das represálias não comentavam, mas sem querer mantinham e mantém a versão da propaganda do pcp. São uns mártires os comunistas, com a história da clandestinidade. Serviu para quê? Foi mais serviu a quem? O Álvaro cunhal lá tinha a filha no colégio com guarda-costas e o pai a viver a vida de pobrezinho disfarçado. Portugal é um país de mentiras e 
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De Anónimo a 23.11.2019 às 10:17

Concordo com a parte do artigo sobre a a grande escolarização e industrialização do País durante o Estado Novo.
Mas já discordo totalmente quando se afirma que o Estado Novo era ilegítimo porque contrária à vontade dos governados.
Basta ler a Constituição de 1933, que foi aprovada por plebiscito popular um ano antes, para se perceber facilmente que legitimou o regime.

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