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Um jornal de referência de um País que não quer ter filhos entrega a tarefa de escrever um artigo sobe a natalidade à Fernanda Câncio. Assim, o Diário de Notícias presenteou ontem os seus leitores com "Uma barragem contra o Pacífico" (pretensioso título aproveitado do romance de Marguerite Duras) um longo artigo sobre as escolhas da maternidade e a crise demográfica, exactamente da autoria da conhecida jornalista. É assim a modos que encarregar José Pinto-Coelho, presidente do PNR, para escrever uma peça sobre o 25 de Abril quarenta anos depois.
Como seria de esperar, da questão base, de mais, menos ou nenhum filho, o texto descamba para uma minuciosa contabilidade de deves e haveres relativos à discriminação sobre a mulher e igualdade de género, sem esquecer a opressão da culpa que se abate sobre as cerca de 8% das mulheres que não querem ter filhos. E a crise do governo Passos Coelho, sempre implícita, pois claro.
Ora como é evidente a maternidade constitui em si um atentado à igualdade de género. E como eu já referi por diversas ocasiões sou da opinião que o "inverno demográfico" em Portugal apenas pode ser invertido conjugando uma série de políticas de justiça fiscal que gratifiquem os casais com mais filhos com uma grande campanha comunicacional que ajude a relevar os aspectos positivos da maternidade e os arquétipos culturais que propiciam famílias grandes. Uma perspectiva antagónica aos paradigmas da modernidade que nos trouxeram até aqui.
E depois há a opressão da culpa das mulheres que não querem ter filhos – um bicho-de-sete-cabeças que de facto não abona em nada a natalidade. Uma questão do foro exclusivo do indivíduo: a culpa só se resolve mesmo com o perdão... e os complexos de culpa com um psicólogo.
Mas assim não vamos lá.
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