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Muito se fala sobre as gémeas brasileiras que receberam um tratamento milionário, de quem foi a cunha, de quem participou nesse processo. É difícil imaginar que o Presidente e o governo não estejam implicados. Seria óptimo que se tirassem algumas consequências. Seria ainda melhor que o sistema deixasse de ser o que sempre foi.
Neste caso, existem dois elementos subjacentes: o tratamento é um acto de humanidade, o custo do tratamento, ultrapassa aquilo que muitas pessoas consideram como razoável para a prestação de cuidados de saúde ou para actos humanitários. O humanismo dos envolvidos não pode ser invocado como justificação se for feito à custa de terceiros, neste caso os Portugueses.
Em Gaza, o Hamas ganhou a batalha mediática exactamente porque sermos humanos à custa dos outros é muito mais popular do que com o nosso dinheiro ou segurança.Tal como aconteceu com o Presidente da Republica e o governo que, na melhor das hipóteses, foram humanos à custa do dinheiro dos Portugueses.
Para protecção de tantos palestinianos inocentes, o mundo civilizado deixou os EUA sozinho na defesa de Israel. No entanto, não conheço um Pais civilizado que não exigisse o seu direito de se defender de um grupo terrorista que cometa atrocidades em larga escala, mesmo que obrigue a catástrofes humanitárias de quem tem a infelicidade de lhes servir como escudos humanos.
É evidente que estamos na presença de um desastre humanitário. Não podemos deixar de exigir a contenção possível a Israel. Não podemos hipocritamente ditar Humanismo, que para nós não tem qualquer custo, mas que representa um custo para outros (Israelitas), tão vitimas como os palestinianos.
PS: Antecipando alguns comentários, sou completamente contra os colonatos na Cisjordânia. Aproveito para lembrar as humanitárias da segunda grande guerra ( bombardeamento de cidades alemãs), que são comummente aceites como justificáveis, apesar de bem mais brutais do que acontece na faixa de Gaza.
Israel e a Ucrânia não se podiam ter defendido com muito mais eficácia e sucesso se não tivessem recorrido à força das armas? E tivessem feito como Portugal (e outros Povos e Nações) face aos seus vizinhos mais poderosos?
É apenas nisso, a minha divergência, com a maioria que se põe ora do lado de uns ora do lado dos outros.
Sim ou Não? Culpados ou Inocentes? Terroristas ou Terroristas? Justos ou Injustos? Mal ou Bem? Israelitas ou Palestinianos?
1 – Se a resposta à pergunta for «sim e não», então, inevitavelmente somos iguais aos que criticamos.
2 – Até poderíamos dizer isto de outro modo. Assim:
Um dia um condenado pela Justiça entrou numa cadeia.
Antes de ser encarcerado o algoz tentou examinar-lhe a consciência.
Perguntou-lhe: «Porque estás aqui? O que fizeste? Diz!».
E o condenado respondeu-lhe: «Estou aqui porque sou humano, como tu. Faz um favor a ti próprio encarcerador justiceiro, dá-me a tua arma para me poder matar. Assim será um suicídio, e não te poderão culpar de homicídio. Para poder matar a Humanidade que não conseguimos deixar de ser (tu, eu, e todos nós)».
E o algoz não teve coragem de lhe dar a arma.
3 – Foi a partir desse dia que, provavelmente, Santa Teresa disse: - «Aquela vida, que é a prometida? Só quando esta for perdida. / Vivo porque hei-de morrer, morro porque não morro. / Que longa, é esta vida. Que duro, este desterro. Este cárcere, estes ferros, onde a alma está metida. / Vida que possa eu dar ao que Há-de Vir (e já vive em mim, impronunciável) não é perdê-la, é morrer para o alcançar».
4 – Assim sendo, a palavra da Transformação (a possibilidade de Evolução e de Continuidade) estará inevitavelmente em «O Que Há-de Vir». No (ainda) Impronunciável. Quiçá, para lá da ‘espécie humana’ (‘homo sapiens sapiens’) e da fase evolutiva dita ‘Humanidade’.
QUEM SOMOS NÓS?
Todas as perguntas são parciais. Porque transportam, já, dentro de si próprias, antecipadamente, a resposta.
Perguntar se é “Sim ou Não” é, antecipadamente, obrigar a essas duas respostas. É a prisão da palavra e da linguagem, a que a espécie humana está condenada eternamente.
1 – Todavia, a um nível mais geral (e disfarçado), responder a essa pergunta é querer encontrar uma resposta para a pergunta «o que é a Existência».
2 – E para essa resposta apenas existem 4 perguntas sem resposta: 1. Será uma POSSIBILIDADE (será possível «ser possível ser»)? 2. Será uma IMPOSSIBILIDADE (será possível «não ser possível ser»)? 3. Será uma CONTINGÊNCIA ou um acaso (será possível «ser possível não-ser»)? 4. Será uma NECESSIDADE (será possível «não ser possível não-ser»)?
3 – A essa pergunta o Impronunciável responde: «Provavelmente, a Humanidade terá evolutivamente de deixar de ser. Mas, não deixando de ser completamente (podendo ficar algo dela codificado no ADN, como ficaram outras que a antecederam). Para poder continuar a ser noutro modo evolutivo. Logo, através de uma «espécie e ser posterior» (que Há-de Vir) diferente da «espécie e ser anterior». Isto é, de «aquilo que se é agora».
4 – Ou, em alternativa, talvez a Existência seja apenas uma coisa, e uma apenas. Talvez a Existência seja (tenha sido, ou venha a ser) sempre a mesma coisa. Apenas tendo mudado a nossa consciência e compreensão sobre ela (sendo a essa mudança que, erradamente, chamámos ‘evolução”). Talvez a Existência seja sempre a soma insolúvel e indecomponível de: a Energia (a matéria, o pó) + a Violência (a acção, o agir, e suas consequências) + o Ser (aquilo que sente, repercute e perpetra).
5 – Então, nesse caso, não há israelitas e palestinianos, russos ou ucranianos, estes e aqueles, nós e outros. É tudo uma ilusão, dada pelo limite perceptivo-cognitivo da fase evolutiva a que chamamos ‘Humanidade’. Poderemos pensar a Humanidade e a identidade sem a categoria da Diferença? Poderá existir Justiça, enquanto houver Poder? Poderemos nascer, sem ter de morrer? Acederemos à ressurreição e entraremos no reino-dos-céus?
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