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Quando observamos grupos de formigas á procura de comida, parece observarmos a atividade humana: um aparentemente caos, nem sempre bem sucedidos, produzindo resultados surpreendentemente bons.
Assim tem sido nos últimos séculos, em que formigueiros mais organizados vivem mais e melhor do que os outros.
Imagino que, também nos formigueiros, não se atinjam os melhores resultados, porque umas teimam em apostar em soluções erradas e que exista um algoritmo biológico que persiste numa inconformidade inconstante, umas vezes mais à esquerda, outras mais à direita, umas vezes a procurar mais próximo, outras mais longe, porque nem sempre as respostas certas são as mesmas. Como diria Darwin, os formigueiros que não se adaptem acabam por se extinguir.
Nas sociedades humanas, as autocracias são exemplos próximos da falta de diversidade actuante que pode levar ao desastre. De um formigueiro ou até de todas as formigas, como a Rússia de hoje parece demonstrar. Quando o grupo maioritário de formigas, em certo momento, puxam para soluções novas, como acontece hoje em Itália, tanto pode ser mais uma experiência falhada, como tantas outras, como a correcção de exageros, que estão a produzir maus resultados.
Certo é que a bússola da maioria das formigas, de vez em quando, perde completamente o norte e precisa de afinações para sobreviver. É o que parece acontecer em tempos de crise profunda, provocada por imobilismos dogmáticos ou alterações da realidade não assimiladas e não corrigidas com o devido pragmatismo. Como parece ser o caso de Portugal há algumas décadas.
Correndo bem, depois das crises, muito sofrimento e imensas falhas escusadas, os formigueiros têm continuado a prosperar. Será bom que assim continue.
ps: eu, como boa formiguinha, não tenho duvidas do caminho certo e espanto-me com as opções das outras.
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