Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




"As casas não são uma mercadoria"

por henrique pereira dos santos, em 29.06.25

A frase que uso como título do post não é minha, é de André Escoval.

De acordo com o que ontem foi sendo repetido pelos vários orgãos sociais que reproduzem, acriticamente, o que a LUSA escreve, André Escoval é "um dos porta-vozes da organização e membro do movimento Porta a Porta", noutros casos aparece como membro da "Casa para viver", mas isso é irrelevante porque, na verdade, é (ou era, que no PCP essas coisas raramene são a preto e branco) mais um militante do PC a cumprir uma tarefa atribuída pelo partido.

Não admira por isso que quem seja do PC diga frases como esta (versão mais extensa) "As casas não são uma mercadoria, as casas têm uma função social que é as pessoas viverem nelas".

Esta ideia de que as coisas e os serviços se dividem entre mercadorias ou funções sociais é uma ideia que persiste há muito tempo e vai para lá dos limites dos partidos, sendo partilhada por gente com opções ideológicas muito diferentes, apesar do resultado prático dessa tontice que se pode observar largamente em todo o século XX.

Os alimentos não são mercadoria, têm uma função social, ou o trabalho não é uma mercadoria, tem uma função social, que seguem exactamente a mesma lógica, são menos usadas porque a ideia de que os trabalhadores não têm nada que reivindicar o justo pagamento do seu salário, porque não são mercadoria, é uma ideia um bocado incómoda.

As casas (ou a saúde, ou a educação) conseguem facilmente passar em frases deste tipo, desde que ninguém se entretenha a perguntar se os trabalhadores da construção civil devem ser pagos, como vulgares vendedores de trabalho, ou devem ser dignificados como produtores de funções sociais, isentos das questões de mercearia.

Se os fornecedores de materiais se devem alimentar da glória de servirem funções sociais, ou ser justamente pagos pelo serviço que prestam.

Se os produtores de cimento, de madeiras, de metais, etc, usados nas casas, se devem contentar com diplomas de cidadão exemplar no exercício de funções sociais, ou deixar-se corromper pela ideia de receber a justa remuneração do seu trabalho e capacidade de produção.

É a partir desta ideia de que a propriedade, o seu uso e a livre troca de bens e serviços entre compradores e vendedores são coisas intrinsecamente más, porque resultam em negócios, que uma grande parte da sociedade acaba a defender que a casa onde vive não é sua (como acontece com 70% dos portugueses) mas de quem precisa dela e enquanto precisa dela.

É muito fácil ler barbaridades económicas de pessoas cultas e com mundo sobre habitação, em qualquer lado, tendo eu escolhido dois exemplos ao acaso usados por pessoas manifestamente pertencentes às elites intelectuais do país:

"É importante regular o mercado da habitação, que é menos regulado que o parque automóvel [a ideia de que o mercado da habitação não é regulado é tão longe da realidade, que eu nunca deixo de me espantar com estas afirmações delirantes, apesar da sua frequência]. Os bens essenciais não deveriam ser produtos de investimento e especulação [igualmente para esta ideia de que o que é essencial, como os alimentos, deve ser gerido sem ser numa base de mercado, que é uma ideia testada incessantemente durante o século XX, sempre, sempre, sempre, com o mesmo resultado de escassez e fome, que não chega para matar a ideia] ... Um automóvel não pode circular sem estar aprovado pela inspecção, e bem. Mas um edifício de habitação pode estar degradado, dezenas de anos a servir de ninho para pragas de pombos e baratas, ao serviço da inflação sem qualquer agravamento fiscal ou responsabilidade social [se o carro não estiver a ser usado, acontece-lhe exactamente o mesmo processo de degradação, e para que volte a ser útil, precisa de investimento para a sua reabilitação, exactamente como as casas. O que é diferente é a quantidade de gente que acha socialmente justo obrigar alguém a ter prejuízo numa casa, ao contrário do que se passa nos carros, para garantir que a casa é usada, mesmo que em más condições]. E não é drama nenhum regular os preços das rendas [como é possível que alguém, culto, informado, qualificado, não faça a mínima ideia de que as rendas, em Portugal, são fortíssimamente reguladas, ao ponto do Estado definir o seu aumento anual, mesmo contra a lei, como aconteceu no governo de Costa?]".

"a não regulação do mercado da habitação (óbvia e comprovadamente incapaz de se autoregular, algo que - de resto - não lhe é exigido) [o mercado auto regula-se sempre, neste caso, com a restrição artifical da oferta, quer por via das restrições de licenciamento, quer por via da kafkiana regulamentação aplicável à construção, os preços sobem e os mais pobres são expulsos dos mercados formais, resolvendo os seus problemas em mercados informais, esses sim, por definição, completamente desregulamentados, como está a acontecer na habitação] há de ser dos maiores erros dos últimos governos do ps e do psd, incapazes de perceber que não interferir num sector fulcral para a vida das pessoas é o mais rápido e aflitivo gerador de miséria [mas qual gerador de miséria? 70% dos portugueses são donos da sua casa, portanto, de cada vez que os preços sobem, ficam mais ricos, dos outros 30%, há uma larga percentagem que ou está em casas do Estado, com rendas baixíssimas e frequentemente não pagas, ou com contratos antigos em que os senhorios são obrigados pelo Estado a desempenhar a função social de apoio aos mais velhos e aos mais pobres]".

E é nisto que estamos, em manifestações promovidas por gente que acha que as casas não são mercadoria e com a presença e apoio de responsáveis pela lei de bases da habitação, como Helena Roseta.

Ter pessoas com ideias deste tipo a desenhar leis de bases do que quer que seja, isso sim, é o caminho para a servidão e a miséria.


28 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 10:31

Para começar informo que não me revejo nas teorias que quem é proprietário deve abdicar do seu direito de fazer com o seu imóvel o que bem lhe apetecer. Nem discuto que existe regulação, só porque o Estado define a percentagem do aumento das rendas. Não estou tão pouco contra o liberalismo que dita que o mercado e o que o mesmo deve funcionar livremente e assim se auto regula.


Mas o que eu vejo é a impossibilidade de as gerações a seguir à minha incapacitadas para conseguir casa, seja pela via do arrendamento, seja pela via da aquisição. Isto claro, salvo as exceçoes que são a minoria, que o governo com as medidas do IRS e de apoio à habitação ajudou a conseguir uma casa.
Fala-se em falta de casas, eu acho que o que falta é a capcidade para as conseguir porque estamos a competir num mercado no qual não temos capacidade de acesso. Afinal ainda  há uns anos não se verificava a crise que hoje existe, e a população mesmo com a imigração à vontade, não aumentou assim tanto.
Assim quando se aponta como solução construir mais casas, se as mesmas não estiverem blindadas ao mercado livre irá acontecer mais do mesmo.
De igual forma a redução de impostos na construção, licenciamentos, redução dos mesmos, e afins, se o produto dessas medidas não ficar mais uma vez blindado ao mercado livre, a saga continuará. por fim há que ter em atenção que a construção blindada ao mercado, social, tem os seus limites nos recursos existentes. Portanto acho que vamos ter assunto por muitos e longos anos.


A solução ideal seria os portuguesas terem capacidade de acesso ao mercado livre do imobiliário, mas acho que mais depressa se constroem casas do que isso acontece.
Enfim aguardemos os próximos tempos.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 29.06.2025 às 14:40

"Afinal ainda  há uns anos não se verificava a crise que hoje existe", sim, não era a crise que hoje existe, era muito pior, a diferença é que nessa altura se construía muito mais que hoje, portanto a crise ia-se resolvendo, em vez de se ir agravando.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 19:22

A crise era pior há uns anos?
"A crise ia-se resolvendo por que se construía mais", sim construía-se mais, mas ia-se resolvendo especialmente porque a percentagem da população que conseguia aceder ao mercado da  habitação era muito maior que hoje.
Portanto, acha que se construir em barda tudo se resolve, a oferta superará a procura e os preços baixam, permitindo à maioria da população ter acesso ao mercado da habitação. É assim a sua teoria?
Espero que sim, mas para isso temos de passar da falta para o equilibrio entre a oferta e procura, e por fim para o excesso de oferta que eu duvido a que alguma vez se chegue, porque antes que isso aconteça o investimento na construção cairá. Deixa de ser atrativo.
Como já disse: aguardemos.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 29.06.2025 às 20:10

Sim, muito pior, mais gente sem casa, mais bairros de barracas e ilegais, casas mais superlotadas e muitas sem electricidade e água.
Resolveu-se construindo a preços razoáveis, e não com a regulamentação actual.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 29.06.2025 às 22:54

acha que se construir em barda tudo se resolve, a oferta superará a procura e os preços baixam, permitindo à maioria da população ter acesso ao mercado da habitação


Sim, costuma funcionar assim.
Chama-se mercado. Portugal devia experimentar um dia destes
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 10:55

Que me diz a isto? Alguém, que conheço, pôs no mercado um apartamento para arrendamento ao preço corrente de 1.500 eur/ mensais, em zona privilegiada de Lisboa. O Estado arrecada ao senhorio 28 º/o da renda.
Imagem de perfil

De Pedro Oliveira a 29.06.2025 às 11:56

O Estado "rouba" a esse cidadão 420 € mensalmente. Quando é necessário substituir uma porta ou uma janela o Estado como parceiro de negócios desse senhor, também, paga 28% do custo?
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 12:54

As despesas de manutenção são dedutiveis aos rendimentos prediais.
A não ser que os senhorios queiram receber livre de impostos.
E já agora quem trabalha?  IRS às urtigas.
Ele há cada cromo.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 29.06.2025 às 14:43

A sua resposta é extraordinária.
As despesas de manutenção são dedutíveis nos impostos, mas o Estado não entra com os 28% que cobra a título de comissão de aluguer, limita-se a aceitar que os 100% pagos pelo senhorio não sejam taxados duas vezes, quando é feito o investimento, e quando é obtido o rendimento.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 18:50

A sua resposta ainda é mais extraordinária.
Pode não estar de acordo, mas não é assim em tudo? Quando adquire o que quer que seja paga impostos.  Certo? Seja para que fim for.
Se rentabiliza a sua formação em trabalho prestado, paga impostos.
Se investiu num meio de produção, paga impostos quando adquire, e paga quando vende o que produz. Certo?
Então se é assim, porque que raio é que alguém que transforma uma casa num investimento do qual obtém rendimentos, não tem que pagar impostos sobre os mesmos?
Não paga impostos sobre os rendimentos de investimentos mobiliários?
Eu considero bem mais escandaloso o IMI na habitação. A casa é comprada para ter um teto e depois paga por algo que é seu e é indispensável à vida em sociedade.
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 29.06.2025 às 20:11

O que está a ser dito é que quando existe um imposto de 28%, os preços finais são 128%, e não 100%, ou seja, pelo menos 28% da carestia decorre de opções do Estado, escusam de dizer que são os privados a especular.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 23:21

O preço da renda é determinado pela capacidade de pagar por parte da procura e não pelos impostos.
Se hipoteticamente o imposto desaparecesse os senhorios não iriam reduzir as rendas 28%. Aliás continuariam a estabelecer o preço com base nos valores de mercado com base na procura e respetiva capacidade de pagar, o que significa que de acordo com o que se tem passado iriam aumentar.
Pago impostos como grande parte, gostaria de não os pagar como grande parte, não desejo que ninguém em especial pague impostos, mas sinceramente não entendo porque é que os senhorios acham que não tem de pagar impostos sobre o rendimento dos imóveis quando qualquer outro rendimento é tributado.
Quanto a especulação é devida à invasão do mercado por quem tem um poder de compra muito maior que a maioria da população, originando que as casa se transformaram num produto financeiro. Muitas ficam vazias, as que são alugadas, os valores das rendas são incompativeis com os rendimentos da maioria da população e para ajudar nas zonas nobres o AL completa o ramalhete da "escassez".
Imagem de perfil

De Pedro Oliveira a 29.06.2025 às 15:06

Caro cromo,
Imaginemos que compro esta porta:
https://www.avantiportas.pt/?gad_source=1&gad_campaignid=18271990285&gclid=Cj0KCQjwyIPDBhDBARIsAHJyyVjBXnHtR0qA3LlPL_25NO1OGme0_A8eFcKKscJ3sVOTygf7wE0gVR0aAq4YEALw_wcB
Por 840 euros, o meu sócio, o Estado dá-me 235 € desse valor? Ou só não me vai taxar duas vezes? 
(já nem vou falar do IVA, da mão de obra para a montagem da porta, etc e tal, diria que o meu ""sócio" só quer os lucros e não ajuda com as despesas)
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 18:58

Em resumo, diga-me qual o rendimento em Portugal que não é taxado, independentemente das despesas para manter a fonte de mesmo?
Se o rendimento proveniente de rendas, no caso casa como investimento, é para deixar de ser taxado, então que dizer do IMI das habitações e de outros impostos que incidem sobre a posse de bens de suporte à vida de qualquer pessoa, que são taxados aquando da sua aquisição.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 29.06.2025 às 22:50

Exacto. 
28% porque sim. Depois de taxar salário que permitiu comprar imóvel, imi, imt, selo, tudo e mais alguma coisa, ainda sacam percentagem de um contrato entre 2 indivíduos. Nem o Corleone faria melhor.
Todo o tipo de impostos sobre propriedade e imóveis devia acabar. 
Portugal precisa de um DOGE asap.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 30.06.2025 às 13:59

Provavelmente é por estas e por outras que quem tem casas não as arrenda! E quem as tem, inflacciona os preços das rendas _o que se compreende_  porque sabe que tem um "sócio" intruso à perna a querer uma "parceria" no negócio... Como diz e bem, nemo Don Corleone faria melhor! 
Mas claro que os esquerdistas nunca dirão que a cobrança de uma percentagem das rendas (quase 1/3)  é um saque ao proprietário e que se trata duma medida abusiva da parte do Estado e que este devia retirar a malapata de cima, para evitar a inflacção das rendas. Seria uma medida simples e eficaz para que houvesse mais casas disponíveis e a preços mais razoáveis. É quase como o «ovo de Colombo»!
 Mas a esquerda, intrusiva, e sempre estatista  no saque aos "ricos", estará sempre "contra" essa medida, porque a sua vocação é estar do lado do Estado e ter o domínio da sociedade, dando cada vez mais poder ao Estado.  Não quer resolver coisa nenhuma, mas sim perseguir os proprietários, esses malvados "capitalistas", impondo-lhes um tecto às rendas. A esquerda não consegue perceber qual a causa do inflaccionamento das rendas, e não vê que taxar os proprietários que arrendam casas, só está a contribuir para o agravamento da crise da habitação.  No seu afã de querer "taxar os ricos", os "ricos" respondem... e não há casas para alugar!  
Se querem, de facto;  resolver a crise da habitação, é começar-se por aqui, com medidas aliciantes para os proprietários das casas,  porque este é um dos cernes da questão. É tão simples como isto.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 30.06.2025 às 13:05

«... o Estado como parceiro de negócios desse senhor, também, paga 28% do custo?»
Bem observado!
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 30.06.2025 às 14:04


o Estado recebe 28% do mesmo modo que os mafiosos cobram aos negócios.
Pagam "protecção". 
Sem imagem de perfil

De The Mole a 02.07.2025 às 11:43

"o Estado recebe 28% do mesmo modo que os mafiosos cobram aos negócios.

Pagam "protecção""
Com a diferença que os mafiosos protegem de facto. O estado hoje em dia, nem tanto...
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 30.06.2025 às 18:55

«O Estado "rouba" a esse cidadão 420 € mensalmente.»
Nem mais, Pedro Oliveira! Agora subtraia esses 420 euros à renda final de 1.500 euros e veja como diminuiria o esforço do inquilino. 
Sem imagem de perfil

De cela.e.sela a 29.06.2025 às 10:59

Decadência do Ocidente por Oswald Spengler (1918-24).
elite do latim eligere ou escolher. na atualidade impõe-se para que a escolham como ideologia. a esquerda e direita merece delapidação.
com esta gente Portugal "C'est foutu"
Sem imagem de perfil

De cela.e.sela a 29.06.2025 às 11:09

"Un Estado--dice Hobbes (Leviatan) -puede forzarnos a obedecer, pero no a que nos convenzamos de un error
Sem imagem de perfil

De balio a 29.06.2025 às 12:02

O PCP, tal como os restantes partidos, tem e deve ter o direito de não revelar quem é ou deixa de ser seu militante. O Estado não tem nada que saber quem é ou deixa de ser militante de qualquer partido.
Imagem de perfil

De Pedro Oliveira a 29.06.2025 às 13:16

"O Estado não tem nada que saber"
A não ser que a pessoa em causa seja militante do Chega, não é balio?
Imaginemos Gouveia e Melo presidente da república a nomear um militante do Chega para chefe da casa militar:
https://www.presidencia.pt/presidente-da-republica/a-presidencia/servicos-de-apoio/casa-militar/
Uma assembleia da república de esquerda, imaginemos, a da maioria de Sócrates ou a da "Geringonça" ficaria impávida e serena? O que escreveriam os jornais do regime sobre o assunto?
Imagem de perfil

De henrique pereira dos santos a 29.06.2025 às 14:43

Em que é que esse comentário completamente inútil interessa para a discussão?
Sem imagem de perfil

De lucklucky a 29.06.2025 às 15:51

"O PCP, tal como os restantes partidos, tem e deve ter o direito de não revelar quem é ou deixa de ser seu militante. O Estado não tem nada que saber quem é ou deixa de ser militante de qualquer partido."


Os jornalistas têm dever de o descobrir e de o dizer.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.06.2025 às 17:15

E que tal se trabalhassem para ter uma casa.
O meu pai já vai para a terceira casa.
A primeira foi sendo paga com empréstimo ao banco.
A segunda comprou a pronto.
A terceira que está a ser recuperada pelo valor total da compra 15.000€ + 45.000€ para as obras de recuperação, e isto em 2025.
Nenhuma das casas vale mais de 100.000€.


Os que se queixam querem o quê, que alguém lhes dê ou pague a casa?! Trabalhem para a pagar e não chorem.
Não gastem tanto dinheiro em telemóveis, carros e viagens, poupem algum e vão ver que não é assim tão difícil comprar uma casa.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 29.06.2025 às 21:19

Deixem o mercado funcionar 
Em breve teremos o Portugal que merecemos.

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • Anonimo

    Existe um país liberal, que por coincidência é o m...

  • lucklucky

    Botswana, ali ao lado 20000 per capita.pppMoçambiq...

  • Anónimo

    Exatamente.Se a eficiência dos médicos, dos políci...

  • Anónimo

    Não, um aspirante a liberal cujo bolso disso não o...

  • Anonimo

    São todos, são todos.No fundo, querem liberalismo ...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D