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Apoiar os fracos

por henrique pereira dos santos, em 09.10.16

"há muitas empresas viáveis, mas que não têm capacidade de tesouraria de fazer o pagamento integral de impostos neste momento. Se as deixarmos funcionar e contratar trabalhadores, elas vão, no futuro, gerar valor. E por muita eficácia que a cobrança coerciva tenha, a verdade é que só consigo cobrar impostos se deixar as empresas gerar rendimentos no futuro".

Independentemente da discussão das razões do novo perdão fiscal (ou pêra rocha, como lhe queiram chamar) ser ou não essencialmente uma decisão para compôr as contas deste ano, vale a pena perder dois minutos a discutir o argumento central do governo: permitir que empresas que hoje têm dívidas tributárias ou à segurança social, e que não as conseguem pagar, possam aceder aos fundos comunitários e, dessa forma, recuperar.

A pergunta central é esta: permitir que as empresas que não conseguiram os melhores desempenhos até agora usem os fundos comunitários disponíveis é mesmo a forma mais inteligente de usar esses fundos?

Ou é boa ideia deixá-los disponíveis para quem, contra ventos e marés, tem conseguido assegurar os seus compromissos?


5 comentários

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De Fernando S a 09.10.2016 às 14:45

"há muitas empresas viáveis, mas que não têm capacidade de tesouraria de fazer o pagamento integral de impostos neste momento."

Empresas que não têm tesouraria para pagar impostos são "viáveis" ?!!...

.
"Se as deixarmos funcionar e contratar trabalhadores, elas vão, no futuro, gerar valor."

Deixá-las funcionar e crescer de forma sustentável seria, quando muito, baixar impostos e flexibilizar os mercados, a começar pelo mercado de trabalho. 
Aqui trata-se basicamente de dar dinheiro a fundo perdido a empresas que se têm revelado inviáveis. 
De notar que aceitar subsidiar estas empresas inviáveis significa não apenas desviar recursos europeus que poderiam ser melhor utilizados por empresas que se revelaram serem eficientes e rentáveis mas também desviar para empresas ineficientes e inviáveis recursos públicos nacionais (a parte do co-financiamento nacional) que também são provenientes dos impostos pagos pelas empresas ... eficientes e rentáveis !...
A isto chama-se premiar a ineficiência e leva a uma deficiente utilização de recursos escassos !!  

.
"só consigo cobrar impostos se deixar as empresas gerar rendimentos no futuro."

Só é assim com empresas que mostram não depender de subsidios estatais para serem viáveis e rentáveis.
Como se viu no passado, os subsidios serviram muitas vezes para financiar indirectamente a actividade de empresas ineficientes e que sem eles não seriam eventualmente sequer viáveis.  
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De IO a 09.10.2016 às 16:36

Muito bem explicado! Foi o eu quis dizer, no comentário abaixo!
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De IO a 09.10.2016 às 15:06



    Vamps ter uma nova edição do PEDIP e do FSE? Empresas sem viabilidade
    subsidiadas para modernizar equipamento produtivo, equipamento que não foi rentabilizado por não haver encomendas para a produção ou porque foi substituído por "frotas modernas para serviço da gestão"  Quanto ao FSE além da formação ministrada muitas vezes nada ter que ver com as necessidades da empresa e com as  capacidades dos  formandos os fundos foram muitas vezes utilizados para pagar ordenados aos operário como subsidio de formação em cursos que eles não frequentaram! 
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De Fernando S a 09.10.2016 às 21:44

São exemplos que ilustram bem o que digo em cima.
Obrigado.
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De pvnam a 09.10.2016 às 17:35

Marionetas ao serviço da alta finança (capital global)
.
.
Já foi a venda Empresas Públicas Estratégicas (electricidade, gasolina, etc)...
.
Segue-se o massacre da classe média (que poupa e investe) com impostos.
As multinacionais monopolistas que esmagam fornecedores (fazem desaparecer milhões de pequenas e médias empresas) - todavia o seu lucro é sagrado - ficam com o caminho cada vez mais desbravado...
{a classe média deve, de preferência, vender o seu património ao desbarato a grupos multinacionais com sede em paraísos fiscais}
.
A sociedade (nativa) NÃO É SUSTENTÁVEL (média de 2.1 filhos por mulher); o pessoal critica da repressão dos Direitos das mulheres... todavia, em simultâneo, para cúmulo, o pessoal defende que... no aproveitar da 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países {nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos}... é que está a 'salvação' para resolver o problema do deficit demográfico!?!?!?!
.
NOTA:
A alta finança (capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- implosão das soberanias...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
.
.
NÃO É NOVIDADE 1: Ao longo da História... montes de civilizações/sociedades desapareceram numa alegre bandalheira.
.
NÃO É NOVIDADE 2: Ao longo da História... vários povos construíram muros... tendo em vista conseguirem sobreviver.
.
.
.
RESUMINDO E CONCLUINDO:
Não há conversa nem com marionetas ao serviço da alta finança (capital global) nem com pessoal numa alegre bandalheira em direcção ao desaparecimento... leia-se SEPARATISMO-50!
Os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins... que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-» http://separatismo--50--50.blogspot.com/.
[o legítimo Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones]
[O primeiro passo será/é ir divulgando a ideia de SEPARATISMO nos países aonde a população nativa está sendo submergida pelo crescimento demográfico imparável dos não-nativos naturalizados]

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