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Senhores jornalistas,
Foi lançada uma petição contra a criação de um Museu Salazar e, três dias depois, essa petição tem perto de 8500 assinaturas. Uma dia antes, praticamente todos os jornais tinham notícias pelo facto de dois dias depois de lançada a petição, já ter mais de 5600 assinaturas.
Ao fim desses dois dias, outras pessoas lançam uma nova petição a favor da liberdade de se fazer um Museu Salazar, e umas horas depois a petição tem cerca de 2000 assinaturas e, penso, nenhuma notícia para já, tanto quanto vi.
Assim sendo, senhores jornalistas, parece-me que estão a deixar passar o que poderiam ser notícias sobre este assunto:
1) Somando uns e outros, e admitindo uma duplicação de assinaturas nos próximos dias, há 20 mil portugueses que acham que o assunto vale o esforço de uma assinatura, e outros quase dez milhões que acham que não (e se forem 100 mil o essencial continua válido, embora em menor grau, claro);
2) Pela primeira vez, que me lembre, há um grupo de pessoas suficientemente fartas do policiamento do pensamento feito em nome da liberdade para lançar uma contra-petição sobre o assunto;
3) E, pela evolução de assinaturas, a contra-petição, mesmo tendo números menores que a petição do costume feita pelos do costume, parece dizer que há uma alteração social relevante na forma como a sociedade está disposta a olhar para este assunto e assuntos conexos: ter sido uma vítima da ditadura já não é suficiente para comover a generalidade das pessoas e atribuir a quem quer que seja um estatuto de superioridade moral.
Isto parecem-me três aspectos que poderiam ter interesse noticioso ou merecer atenção jornalística, mas pelos vistos continuam viciados no modelo de fazer grandes parangonas com manifestações a que ninguém vai, desde que sejam sobre as causas certas, e ignorar as manifestações em que estão milhares de pessoas de quem não gostam, a "basket of deplorables".
Depois queixem-se de que o vosso negócio anda pelas ruas da amargura.
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