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António costa, vendedor de ilusões e de sonhos

por Jose Miguel Roque Martins, em 24.06.20

Com total legitimidade democrática, António Costa ascendeu ao poder. Surfou a onda do crescimento iniciada pelo governo anterior, baseada essencialmente no turismo, que nunca teria crescido sem a liberdade que foi, então, dada aos privados.

Felizmente manteve a tão necessária ortodoxia financeira do governo anterior. As medidas tomadas pelo governo de Passos Coelho, antes tão criticadas, não foram alteradas, em termos fiscais, o que explica a subida da carga fiscal. Apenas “austeridade” passou a chamar-se “contas certas”.

Conseguiu um deficit menor do que o imposto pela Europa. Mas deixou-se de seguir, como antes, uma política mais troika do que a troika. Passámos foi a ser fiscalmente responsáveis.

A única reforma digna de nota que implementou, foi, para os funcionários públicos, a reposição dos salários, alguma progressão nas carreiras  e a diminuição das horas de trabalho para 35 horas semanais. Uma “reforma” que permitiu também dizer que se investia mais na Saúde.

Os outros Portugueses, continuaram basicamente na mesma mas com diminuição do desemprego, o que foi muito bom.  O turismo, com muito esforço e dificuldades, assente na precariedade e em baixos salários, foi o motor das melhorias alcançadas. Não foi um caminho ótimo, mas a única saída possível para todos aqueles que tinham caído na vala comum.

Em síntese, objectivamente, António Costa nada fez de relevante ou novo, durante uma legislatura inteira, a não ser transferir dinheiro do sector privado para o publico, aproveitando a folga concedida pelo turismo.

Já em termos psicológicos, estamos na presença de um verdadeiro prodígio que, é verdade, envergonha Passos Coelho.  

Conseguiu convencer os Portugueses de que a austeridade tinha acabado e que tinha sido o responsável por um crescimento económico que aconteceu apenas apesar das suas políticas. E o seu optimismo, conseguiu devolver um sentimento de esperança aos Portugueses, o que é verdadeiramente positivo e extraordinário! Créditos lhe sejam concedidos.

Acontece então a Pandemia que, temos que reconhecer, é um desafio formidável para qualquer um.

O pior é que o forte de António Costa não é enfrentar desafios. É fazer de conta que eles não existem. O estúpido do coronavírus, ainda por cima, não ouve nem discute. Um problema adicional.

Quando precisamos de um primeiro ministro, continuamos a ter apenas um super vendedor! Podemos, apesar de tudo, contar com a capacidade de nos iludir de António Costa. Se a pandemia não é contida, como acontece em Lisboa ( e noutras cidades da Europa), nada como uma explicação fácil. Os conselhos e freguesias atacadas, parecem ser aqueles em que mais gente depende dos apinhados transportes públicos. Mas o problema identificado é, primeiro,  na construção civil. Depois de jovens festivos e inconscientes. Como não se consegue resolver o problema dos transportes, como não podemos deixar de trabalhar, então podemos sempre instituir o fecho de cafés e comercio ás 20.00. Se nada funcionar, então é porque existe alguma nova justificação, apesar dos assertivos esforços anteriormente feitos. Garantida é uma nova explicação que, se não acalmar os ânimos (as pessoas estão outra vez em casa), pelo menos permite não assumir incapacidades. É o que António Costa faz como ninguém, iludir o seu publico, animar e fazer sonhar os Portugueses, dizendo o que eles querem ouvir.

Não está sozinho neste tipo de discurso  por este mundo fora. Nem é negativo animar uma população prostrada.

Mas nem o maior mestre consegue mentir, a todos, sempre. Nem é possível resolver problemas objectivos, sem primeiro procurar e  aceitar as realidades.

As ilusões e sonhos de António Costa e dos Portugueses, contra todos os meus desejos, parece-me que vão fatalmente bater numa parede.

PS: A profunda crise que se vive nas democracias Ocidentais e o aumento do radicalismo, tem muito a ver com esta forma de estar na política.


13 comentários

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De pitosga a 24.06.2020 às 15:24


Roque Martins, olhe que não... olhe que não...
Quem começa a ler este seu escrito tropeça logo nalgumas mentiras aí prantadas. Nem para o fim tem coragem de escrever que o sr em causa é um aldrabão. Quase que o eleva a 'artista'. Melhor artista, claro, só o sr. Roque Martins. Ambos tomam o português por um 'intocável'. Um é Vai-Xá o outro vai sei bem para aonde.

Que os seus dias neste mundo lhe sejam mais pesados do que a terra da sua cova.
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De voza0db a 24.06.2020 às 15:33


Bom... Parei de ler com a leitura da palavra "pandemia"!


Até ao dia deste comentário (se aprovado pela pré-censura que hoje chamamos "comentários moderados" tal & qual a “austeridade” que passou a chamar-se “contas certas”!) ZERO pandemia ocorreu.


Os boçais governantes - desde o ignorante presidente ao salafrário deputado - foram os ÚNICOS RESPONSÁVEIS pela destruição do país.


Afinal de contas TODOS OS ANOS, sem excepção, MORREM por dia mais tugas e nem por isso todos estes salafrários alguma vez se preocuparam com isso!


Segundo as contas ADULTERADAS E MANIPULADAS a "COVID" foi causa de morte diária de 13 tugas (na realidade foi causa de zero mortes)!

Tumores: matam por dia 78 tugas!
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas: matam por dia 15 tugas!
Doenças do aparelho digestivo: matam por dia 13 tugas!
PNEUMONIA: mata por dia 16 tugas!



Resta perguntar porque razão neste belo ano de 2020 a época sazonal da gripe 2019/2020 foi utilizada como trampolim para o "The Great Reset" que os Privados já estão a anunciar (https://www.weforum.org/great-reset/about)?!
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De Luís Lavoura a 24.06.2020 às 18:03

Eu o que já li algures é que a idade média dos mortos por covid é de 83 anos. Ou seja, coincide precisamente com a esperança de vida em Portugal! Ou seja, se estou a entender bem (posso não estar), a idade média dos portugueses portadores do vírus que morrem é exatamente igual à idade média dos portugueses NÃO portadores do vírus que morrem. Ou seja, o vírus basicamente não encurta a vida das pessoas...
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De Jose Miguel Roque Martins a 24.06.2020 às 18:55


Penso que a esperança de vida é mais baixa ( 81 anos)- 
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De voza0db a 24.06.2020 às 21:40

Nada na época de gripe 2019/2020 é novo! Tudo não passa de uma valente fraude.
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De voza0db a 28.06.2020 às 01:18


Considerando que segundo os últimos dados oficias da DGS (e todos devem ser vistos com uma tonelada de sal ultra-groso):


95% da mortes ocorreu nas faixas etárias 60-69 (10%) - 70-79 (20%) e 80+ (70%) não será de admirar que a idade média dos mortes ronde os 80+ anos!


Para ver resumo comparado com Pneumonia!
https://i.postimg.cc/qvDzVm73/2017-pneumonia-pt-27-Jun-corona-COMmapa.jpg
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De JPT a 24.06.2020 às 16:07

É um método testado. É só trocar "jovens festivos e inconscientes" por "jovens das claques", e temos o método que o Dr. Varandas usou, com total sucesso, durante o período em que o SCP não ganhava um jogo. Quem sabe até se o criativo da agência de comunicação não é o mesmo, já que os "canais de divulgação" coincidem (com excepção das pessoas que apreciam o Dr. Varandas e não o Dr. Costa). Mas esse é o plano de diversão, a ofensiva real é o iminente regresso da "geringonça", que o Dr. Costa desdenhou quando o vento soprava a favor, mas que urge reatar para prevenir os riscos (para o Dr. Costa) deste incidentado desconfinamento - e sem que os "geringonços" se façam esquisitos, pois o tacho é mais forte que o despeito!
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De Luís Lavoura a 24.06.2020 às 17:27

Os concelhos e freguesias atacadas, parecem ser aqueles em que mais gente depende dos apinhados transportes públicos.

A mim não me parece que os transportes públicos andem particularmente apinhados. E também me parece que, se eles andarem apinhados, não será somente em Odivelas e Loures e Amadora - também o deverão estar em Oeiras e Almada e Barreiro. E no Porto e em Gaia.

O mais interessante do presente surto é ele estar muito concentrado na zona de Lisboa. Ora, se a causa do surto fossem as festas dos jovens, ou os transportes públicos apinhados, ou os trabalhadores da construção civil descuidados, então também deveria haver surtos noutras cidades - pelo menos no Porto.

A minha teoria é antes que Lisboa tem agora mais casos por não ter tido tantos casos anteriormente.
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De Jose Miguel Roque Martins a 24.06.2020 às 17:55

Caro luis 
Concordo totalmente com a sua analise dos trabalhadores da construção e dos jovens. 
Avancei com uma teoria, apenas porque a que foi vendida pelo Sr costa não tem pês nem cabeça. Mas honestamente não sei o que se passa. Sei apenas que estamos a ser aldrabados com teorias absurdas! 



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De voza0db a 24.06.2020 às 21:43


Por cada teste positivo eu consigo obter com a mesma colheita um teste negativo!


Aproveita o Circo... Pelo menos é divertido.
https://vimeo.com/420084914
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De Anónimo a 24.06.2020 às 23:27

As ilusões e sonhos de António Costa e dos Portugueses, contra todos os meus desejos, parece-me que vão fatalmente bater numa parede."


Infelizmente quando as pessoas se desiludirem do manhoso do Martim Moniz, já estará muito , mas mesmo muito, degradado, e ele se terá posto ao fresco.


Mas é muito pouco provável que tenhamos a sorte de nos aparecer um novo Passos Coelho para nos tirar do buraco; e um Oliveira Salazar ainda menos!
Danem-se seus idiotas que compraram o sorrisinho boçal do monhé: é fartar vilanagem...


Vasco Silveira
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De Francisco Almeida a 27.06.2020 às 15:43


"Com total legitimidade democrática, António Costa ascendeu ao poder."
Chocante!

Para ter legitimidade democrática teria de ter tido o maior número de votos.
António Costa subiu ao poder com legitimidade legal e a responsabilidade de um dos piores políticos que assoberbou Portugal por longos anos.
Se leis imperfeitas e políticos incapazes fazem "legitimidade democrática" é porque tem muito má opinião da democracia.
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De PiTwo a 27.06.2020 às 18:40


Concordo!  Esta pessegada não se apoiou em democracia — como todas as pessegadas.
E os homens que los tienen en su sitio vão trabalhar para outro local e, aonde estiverem, não chafurdam em política: isso é para cevados, tós.

Este fedelho, que nunca chegou a adulto, escondeu as chaves da associação de alunos de direito quando perdeu as eleições para a chefia dessa associação entre os fedelhos de então. Só as deu quando pressionado pela polícia.
Cumprimento

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