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António Costa só revolucionou uma coisa: a lata

por Maria Teixeira Alves, em 07.11.15

 

O António Costa diz: "o PS não pode querer governar com maioria absoluta não tendo maioria absoluta", fiquei bouche bée. Apetece responder: não sei porquê. Na verdade nem com maioria relativa ganhou e nem por isso deixou de querer governar como se fosse dono da maioria relativa governativa.

Este senhor, diz ainda que: "Francisco Assis representa-se a si mesmo e é muito", e logo a seguir diz "respeito muito o Francisco Assis". O António Costa é um cínico, entre outras coisas. 

Este homem é perigosissimo. Mas o mais grave é que é o retrato de muitos membros das oligarquias que dominam muitos sectores (os mais mediáticos, ou mais poderosos) da sociedade portuguesa.

Como diria Agustina Bessa Luís, É quase impossível na natureza humana erradicar o poder, a vaidade aguça essa paixão.

Há em António Costa a convicção que revolucionou a questão da união da esquerda. Pois, diz, não há partidos à margem do governo. Mas lembro que quando era Ministro dos Assuntos Parlamentares dizia que o Grupo Paralmentar dos Verdes era uma fraude eleitoral.

Na verdade o Governo - que só pode ser liderado por ele (atenção a isso) - vai ser composto apenas pelo PS, que é o GRANDE DERROTADO das eleições. Logo esse entendimento das esquerdas, que supostamente quebrou fronteiras intransponíveis, na verdade não passa de uma fachada. Porque o PCP e o Bloco "preferem" não ir para o Governo do Costa.

Esta "coligação" não podia ser mais negativa.

A jogada do Costa é usar o dinheiro (os cofres cheios pela coligação de direita) para distribuir o dinheiro pela populaça, e daqui a uns meses fazer cair o Governo, provocar eleições, e espera que depois de ter distribuído o dinheiro, os eleitores finalmente votem nele.

 


8 comentários

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De comunista a 07.11.2015 às 10:25

Tanta asneira junta dizem vocês, mas a cereja no topo do bolo é a expressão "populaça", a somar-se a outras pérolas como "comunalha", etc.


Que falta de respeito!!!


De facto, as pessoas de direita, pela experiência da minha vida, quase sempre têm este complexo de superioridade classista, e agora, desde que a coligação impôs pelo medo o pensamento único (vivemos acima das nossas possibilidades, temos que pagar a dívida e apertar o cinto, etc, etc), falam da legitimidade da direita para governar como uma inevitabilidade (é ver a grande maioria dos jornalistas de economia, querem lá saber das condições de vida da população).


Vocês são incríveis
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De Maria Teixeira Alves a 07.11.2015 às 16:06

Pelo medo? Pelo medo como? Eu nunca tive medo da coligação. Já acho assustador que quatro partidos se unam para alterar um resultado eleitoral. Partidos que não vão para o governo. Partidos que não têm um acordo conjunto.
Digo populaça porque acho mais literário que população. Não tenho qualquer sentido depreciativo. Acho que a esquerda pensa sempre com a cassete da luta de classes e encaixa tudo aí. Esqueçam as classes sociais isso morreu com a União Europeia. O que há são pessoas e a sua estética e valores. As classes não existem. São invenções.
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De comunista a 07.11.2015 às 22:09

A senhora obviamente não tem medo, quem tem medo é o povo que a senhora e os seus colegas de direita não suportam porque dão despesa ao Estado.
O medo foi incutido na população diariamente, e continua a ser pelos Zé Manéis Fernades, Avillezes, Bonifácios, jornalistas de economia que passaram a oráculos de serviço nos telejornais como Gomes Ferreira, para não falar do abominável César das Neves ou do velho do Restelo Medina Carreira. Tudo a dizer o mesmo: só há um caminho, só uma verdade, só uma orientação, a da troika, só à direita cabe governar. isto entra na cabeça das pessoas...uma mentira repetida á exaustão acaba por fazer mossa. É a verdadeira cassete.
Registo que as classes são invenções, sugiro que vá a bairros onde há pobreza para ver que não existem classes, como dizia a Filomena Mónica, depois de ver a pobreza (as classes mais miseráveis que a direita despreza) nunca poderia ser de direita.
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De Maria Teixeira Alves a 08.11.2015 às 09:46

A Maria Filomena Monica não é uma referencia intelectual para mim. Aliás ninguem que vá a Bairros de lata e passe a ser de esquerda o é. Sinceramente eu não estou nessa luta de classes, nem nessas emoções fáceis.
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De Maria Teixeira Alves a 08.11.2015 às 09:54

Acho que não percebe verdadeiramente a direita. Pensa que é um partido/ideologia para ricos, assim como se fosse uma caneta montblanc, mas não é nada disso. A direita sabe que só tornando o país mais rico economicamente melhora as condições de vida. Se pensar bem Portugal melhorou as suas condições de vida com a entrada na Europa e hoje esses pobres de que fala também melhoraram as suas condições de vida. A direita defende o Estado para os mais pobres. A Esquerda defende o Estado para todos porque é escravo da Igualdade e assim estraga a economia. A direita defende as instituições como a família, o casamento, Estado, a religião, as escolas, os tribunais, etc 
É isto a direita.
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De comunista a 09.11.2015 às 09:42

Explique isso aos desempregados e a quem vive com menos de 500 euros, ou pouco mais, a direita quer lá saber. A direita está bem para os grandes empresários, para os conservadores de costumes, para os banqueiros. Para os trabalhadores, assalariados tem uma mão cheia de nada. Se a Filomena Mónica é zero para si, talvez o Henrique Raposo seja alguma coisa. lembro-me de uma crónica dele que defendia a abolição do 13º e 14º mês...só para início de conversa.
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De zazie a 08.11.2015 às 12:03

A pobreza comunista deve ser cor-de-rosa. É que nem se entende como os vossos guros conseguiam viver na maior opulência sendo todos pelos pobrezinhos e com regimes totalitários onde a propriedade privada era proibida (excepto a dos líderes, da classe operária).


Trabalho não falta. Os pobres não são pobres por existir riqueza mas pelo inverso. De todo o modo, como agora a esquerda acha uma maravilha importar islâmicos é porque já não deve haver pobres em parte alguma e, muito menos, desempregados.
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De zazie a 08.11.2015 às 12:05

A moral da inveja é a coisa mais odiosa que pode existir. Querem ser tudo o que invejam nos outros.


Depois dão em Mortáguas grandes proprietários por terem tomado o gosto a roubar o que é dos outros.

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