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À primeira vista, António Costa e Trump, nada têm em comum. Trump é um troglodita boçal alucinado, ao contrário de António Costa. A partir deste ponto, as semelhanças avolumam-se. Em termos de métodos, são perturbadoramente próximos, uma detestável criação dos nossos tempos, seguidores do que chamarei a democracia cientifica, uma evolução do marxismo apoiada em ferramentas modernas de marketing.
Cientificamente Identificam-se grupos com dimensão expressivas e interesses especiais e trabalha-se para responder a esses interesses numa lógica tirânica: tudo para os seus, nada para os outros.
Claro que nos EUA, os grupos trabalhados por Trump são muito diferentes daqueles visados pelo PS, já que as realidades sociais são muito diferentes. Trump visa os trabalhadores indiferenciados, os mais vulneráveis (deixados para trás pela globalização), os evangélicos e tradicionalistas (ofendidos pela cultura woke). O PS trabalha para o rendimento dos dependentes do Estado (tradicionalmente Funcionários públicos, hoje sobretudo pensionistas) e para os mais vulneráveis (salário mínimo e dependentes da segurança social).
As praticas são muito diferentes, já que as realidades não podiam ser mais diferentes: o Estado é uma maquina enorme em Portugal e uma ínfima fracção da economia nos EUA. Trump incita e usa o ódio social, como forma indirecta de atingir os seus objectivos de poder. O PS, a distribuição directa de dinheiro, dos abundantes cofres do Estado, como forma directa de garantir a sua supremacia eleitoral.
Os ataques que lhes são dirigidos, mesmos os judiciais, são menorizados. De forma boçal por Trump, para quem tudo é uma caça ás bruxas, de forma hábil por Costa, para quem tudo tem um “mas”, que transforma o essencial em acessório. Para ambos, factos são apenas o ponto de partida para uma "nova" realidade.
De forma mais elegante António Costa, de forma mais odiosa Trump, a tirania será sempre uma realidade para quem por eles seja governado. E uma tirania elegante, mesmo que democrática, não deixa de ser uma Tirania.
António Costa, é apenas uma evolução mais sofisticada e agradável do ( tal como Trump) boçal Sócrates. Não é algo de novo, é o mesmo ADN modificado para aparentar mais civilização. Espero que o PS se possa regenerar do caminho que traça desde Sócrates, já que desaparecer não parece ser do agrado dos Portugueses.
PS: As contas certas obrigou ao sacrifício da função publica como grupo preferencial das benesses publicas. Os pensionistas, pelo seu peso demográficos , são indispensáveis. Os mais vulneráveis mais baratos de seduzir, tanto mais que são as empresas e os restantes trabalhadores que pagam os aumentos do salário mínimo.
1 – “FACTOS SÃO APENAS O PONTO DE PARTIDA PARA UMA NOVA REALIDADE”:
– Mas não é essa lição, que o debate entre Heraclito e Parménides nos legou e ensinou? De que a Permanência é a Mudança?
– Mas não é essa lição, que o debate entre os Fenomenologistas e os Positivistas nos legou e ensinou? De que é um erro esperar “ver para crer”? De que "a Realidade só existe para nós nos fatos da consciência dada pela experiência interior"? De que, “nada é menos evidente do que a Evidência”?</a>
2 – “TUDO PARA OS SEUS, NADA PARA OS OUTROS”:
– E quem e quantos são os Outros, que não pensam o mesmo?
3 – “SE POSSA REGENERAR, JÁ QUE DESAPARECER NÃO PARECE SER DO AGRADO DOS PORTUGUESES”:
– Se a «maioria» são os que vivem assim, como irão desaparecer? Só se o viver da maioria deixasse de ser assim. Mas isso, era inviabilizar a assimetria que perpetua o Liberalismo, e a diferença entre «ricos e pobres». Logo, enquanto a Democracia for decidida pela maioria dos votos, jamais se regenera ou desaparecerá esse “agrado” maioritário.
4 – A REALIDADE:
– O Isaltino em Oeiras, acusado e condenado pela Justiça, não obteve a maioria dos votos dos eleitores?
Sejamos humildes ... Coisa que duvido que sejamos capazes.
O QUE É RELEVANTE? Esquerda ou Direita? Esta ou Aquela? Isto ou Aquilo?
– O que tem a ver com quê, ou que não tem, não é a questão.
– «O que é Relevante» para a Natureza (e para o Social, que é o contexto natural da vida humana) é inacessível à cognição humana.
– «Aquilo que é Relevante» para a Natureza (e para «o Viver Humano em Sociedade») não coincide com aquilo que cada um decide ou julga que é.
– Existem codificados na cognição humana 8 heurísticas-programas (e 8 interruptores que desencadeiam uma reação sináptica-neuronal) que “decidem”, a priori, «aquilo que é Relevante».
– Foi um processo filogenético que o ser-humano herdou e integrou. Cuja origem data da estratégia Eucariote da vida, há mais de 1600 milhões de anos.
– Ou seja, por mais que nos esforcemos, ainda não compreendemos (excepto, por vaidade e sobranceria antropocêntrica, ou por fé religiosa ou ideológica) porque as coisas são como são.
– O fenómeno da «Preferência» (porque preferimos isto a aquilo? porque classificamos isto como Património, e não aquilo?) é um dos mistérios ainda não desvendados pela atual ciência neurobiológica.
– Talvez um dia lá cheguemos.
– Até lá somos meros robots orgânicos programados de fora pela Natureza (e pelo algoritmo Social).
– Não há Partido, religião ou ideologia que nos valha.
Ficaríamos para aqui a debater até às calendas.
1 – A Liberdade a que me refiro, em termos biológicos e antropológicos, é àquilo que E.Mayr designou por “abertura no programa”. Isto é, a Liberdade do sistema de vida designado por “homo sapiens sapiens” ir substituindo a programação genética que condiciona o seu comportamento por instituições e regulações que fogem a essa condenação da Natureza que herdou.
2 – A capacidade de “formar grupos e de socializar” não é especificamente humana. É comum a milhares de espécies de vida diferentes da «humana». E antecede em muitos milhões de anos o aparecimento do ser-humano. Logo, não é isso que é a causa da sua génese e da sua diferença.
3 – A diferença está nessa sua ambição de substituir os «automatismos herdados filogeneticamente» por instituições e controlos (regras, leis, regulamentos, sistemas) da sua autoria.
4 – Daí a Liberdade estar a montante (ser a «causa», e influenciar o uso) de todas as outras razões e factores de Adaptação (que são «consequências») desse constrangimento de perda gradual do “programa fechado”.
5 – O que o «Anónimo 13/11, 10:16» refere, relativamente à «maior capacidade para Fazer» (polegar, fogo, etc.), não foi originada apenas assim. Essa é tese funcionalista e materialista (baseada na função e na necessidade) que postula que a evolução humana decorreria da evolução da Técnica, em si mesma. Que Leroi-Gourhan, e outros, vulgarizaram.
6 – Não foram as Técnicas por si mesmas, pela sua gradual complexificação, que “nos obrigou a ser cada vez mais inventivos e, logicamente, a desenvolver a nossa capacidade de tomar decisões e delinear as estratégias mais convenientes para superar as dificuldades do dia a dia. Foi a partir do aperfeiçoamento de técnicas e desses «exercícios» diários que a inteligência humana se desenvolveu.”.
7 – Desde 2010 (Current Anthropology, Wenner-Gren Foundation, Wynn & Coolidge), que a biologia e a antropologia mudaram essa visão funcionalista e materialista. E passaram a considerar a interferência do factor cognitivo na evolução humana. Não o factor cognitivo provocado pela Técnica. Mas, outrossim, uma evolução cognitiva autónoma da interferência técnica vinda da Adaptação do fenótipo (do corpo anatómico ao Ambiente).
8 – Por isso, em vez de se ir a essa «antropologia da Técnica», talvez se devesse ir mais à «antropologia Política». Por exemplo, a “A Sociedade contra o Estado”, de Pierre Clastres, e outros.
As Leis e a Justiça não são para cumprir.
São um instrumento da Natureza para selecionar os mais fortes e os mais fracos.
Para separar os que conseguem impor aos outros as regras que querem.
Não são para se estudar, são para se praticar.
Quem vencerá? Os fracos ou os fortes?
O veredicto está decidido a priori. Mudam os protagonistas, mas a decisão já está tomada. Só falta saber se és tu ou sou eu
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(Passo a citar): “12/11/2023. O Despacho da semana passada do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que aponta os crimes de que são suspeitos os vários arguidos da Operação Influencer que foram detidos, e entretanto interrogados, APRESENTA UMA INCONSISTÊNCIA que poderá ser RELEVANTE. O atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, é suspeito de ter aprovado em 2022 uma Portaria com contributos dados por advogados ligados à Start Campus, em benefício desta. Mas a Portaria que é referida pelos procuradores do Ministério Público NADA TEM QUE VER com o projeto do centro de dados”. (sic)
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Tenho um histórico de cirurgias infelizmente longo...
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