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Anestesia

por henrique pereira dos santos, em 04.12.21

Estou convencido, provavelmente porque funciono assim, de que a opção de voto é essencialmente negativa: eu voto por exclusão de partes, não por adesão a uma ideia, uma causa, um desígnio.

Há eleições, no entanto, em que me parece que vale a pena votar por uma política diferente das alternativas, por exemplo, foi por isso que votei em Passos Coelho em 2015 (já agora, não tinha a percepção de que Passos Coelho fosse diferente do situacionismo dominante e, por isso, votando contra Sócrates, não votei em Passos Coelho em 2011).

Nestas próximas eleições acho que haverá mais pessoas que se fazem a si próprios a pergunta que me parece central: do ponto de vista da política real, das decisões tomadas, do que o país precisa, será mesmo diferente ser Costa ou Rio o primeiro ministro?

A minha resposta é a de que não, não é assim tão diferente, não estou a ver Rio a adoptar políticas muito diferentes das de Costa, portanto, e acredito que haja mais quem veja as coisas assim, não sendo muito relevante votar Costa ou Rio.

Claro que há virtude em limitar o poder corrosivo do PS, o que um Rio em minoria apenas teria capacidade para fazer de forma muito contida. Até porque grande parte desse poder intersticial que está instalado é bastante adaptável e rapidamente se adaptaria aos novos tempos, mantendo-se a complacência para com a mediocridade que grassa no Estado e naquilo que depende do Estado.

Para mim, esta situação tem uma solução fácil: como gosto de votar, como acredito que não é tudo igual, e como até existe um partido do qual estou bastante próximo ideologicamente, voto tranquilamente na Iniciativa Liberal, sem demasiadas expectativas de que três a sete deputados liberais condicionem muito as políticas do país. Mas também sem o cinismo de achar que é tudo igual e tanto faz, os pequenos ganhos que podem ser mais eficazes com mais deputados liberais, são irrelevantes com mais deputados de qualquer dos outros partidos.

Também estou convencido de que esta solução fácil para mim não é uma solução muito popular, a maioria das pessoas que acham que ter Rio ou Costa como primeiro ministro é mais ou menos igual, tenderão simplesmente a encolher os ombros, umas indo votar, outras não indo votar, mas em qualquer caso sem qualquer efeito real no seu dia a dia e nas conversas com os amigos.

Este efeito anestesiante é provavelmente maior com Rio que com Rangel, no sentido em que Rio é mais situacionista que Rangel (e tudo o que o rodeava, Rangel era o menos relevante da sua candidatura).

Muitos dos votantes potenciais de Costa, que acham inacreditável todas as histórias de Cabrita e por isso não se sentem confortáveis com o voto no PS, não sentindo ameaçado o situacionismo, encolherão os ombros porque lhes é indiferente que governe Costa ou Rio e, no fundo, até teriam alguma satisfação com o facto de Costa ser bandarilhado por uma coligação entre o situacionismo e Rio.

Rio é capaz de ter razão: é mais eficaz anestesiar os apoiantes potenciais de Costa que tentar mobilizar os eleitores potencialmente entusiasmados com um programa de reformas que implique algum risco.

Para o país, isto é triste, para a escolha do primeiro ministro, isto é o que é.

Veremos a 30 de Janeiro se o abstencionismo derrota Costa como derrotou Medina.

Pessoalmente não acredito nisso e, na dúvida, voto na Iniciativa Liberal, para tentar puxar um bocadinho as políticas, sejam de Rio, sejam de Costa, sejam de outro mané qualquer, para o que me parece essencial para o país: reforçar o campo das liberdades individuais.


29 comentários

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De Anónimo a 04.12.2021 às 11:13

em 2009 poderá ter votado em Manuela Ferreira Leite e em 2005 não votado em Santana...
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De henrique pereira dos santos a 05.12.2021 às 09:09

Obrigado, já corrigi
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De pitosga a 04.12.2021 às 12:03


Henrique Pereira dos Santos,


Oscar Wilde: A little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal.

George Bernard Shaw: It is dangerous to be sincere unless you are also stupid.



Abraço

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De Carlos Sousa a 04.12.2021 às 15:12

Nunca entendi a narrativa do PCP assim como nunca entendi a narrativa das minorias. Se as ideias que têm são assim tão boas porque é que a mensagem não passa? Será que as maiorias são assim tão estúpidas que não vêem os benefícios que as minorias apregoam?
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De Anónimo a 04.12.2021 às 16:27


Exacto. A angústia do eleitor em Portugal perante um sistema em que "the winner takes it all", Não se lobriga representação política minimanete pessoalizada: o meu deputado na AR.

Apenas o chefe do partido que some, matematicamente, mais cabeças na AR, independentemente do que lá por dentro se passe. Será literalmente o dono do Legislativo, Executivo e dizem as más línguas, do Judicial. Isto sem mencionar a dependente comunicação social, a antiga e a actual.
O PS/Soares ... PS/Costa ou PSD/Sá Carneiro...PSD/Passos.
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De maria a 04.12.2021 às 19:32

Com o devido respeito; a Iniciativa Liberal não vai a lado nenhum. Cotrim é tão fouxo como Rio.
Sem a união de forças sem excepção, teremos que gramar Costa.
O Zé manso contenta-se com bagatelas.
Cumps.
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De henrique pereira dos santos a 05.12.2021 às 09:10

Nem mais, aqui o Zé Manso acha que mais valem bagatelas concretas que fantasias grandiosas
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De balio a 06.12.2021 às 15:41


Sem a união de forças sem excepção, teremos que gramar Costa.


A união de forças, a haver, deverá ser feita após as eleições.


Antes das eleições, as forças apresentam-se ao povo com os seus programas, e recebem dele mais ou menos votos. Após as eleições as forças deverão negociar entre si, com o número de deputados que cada uma tiver, para formar governo.


Com toda a normalidade. É assim em democracia. Em Portugal tal como nos países avançados.


Frentismos, em que toda a gente se coliga antes de ir a eleições, são coisas próprias do abrilismo. E da CDU.
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De Alberto Mendes a 04.12.2021 às 23:52

Em caso de bloco central, o líder da oposição será André Ventura. Será uma comédia ver a Comunicação Social lidar com isso.
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De Do Reino dos Algarves a 05.12.2021 às 09:47


A coerência, a coerências meus senhores!
Como é que crsitãos católicos podem votar IL que é a favor d
a Eutanásia, do aborto e outras "modernidades"???
Hoje ainda vão publicar uma transcrição do evangelho, se calhar mais valia não publicar!
Sinceramente não vos entendo, fico perplexo com estas contradições.
A sério!
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De henrique pereira dos santos a 06.12.2021 às 07:04

Há diferenças entre contradição e diversidade.
Quem publica a transcrição do evangelho é João Távora.
Quem assina este post é henrique pereira dos santos
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De balio a 06.12.2021 às 16:44


Como é que crsitãos católicos podem


Há muitos cristãos católicos. Alguns usam contraceção por meio de produtos artificiais. Algumas abortam. Alguns entanasiam. Alguns praticam atos homossexuais. Alguns - mas poucos - rejeitam tudo isso.
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De lucklucky a 07.12.2021 às 17:10

O facto da IL não estar contra o aborto mostra que afinal não é favorável aos direitos individuais.
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De balio a 05.12.2021 às 17:41


Rangel era o menos relevante da sua candidatura


Pois seria, na opinião do Henrique e de muitos outros.


Mas não deveria ser. O Henrique e os outros deveriam olhar para Rangel em detalhe e ver se ele é flor que se cheire.


Não é. Leia o Henrique as muitas coisas que sobre Rangel Pedro Arroja tem escrito. Rangel não é de forma nenhuma pessoa em quem se deva votar.
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De Anónimo a 05.12.2021 às 19:04

Liberalismo nos tempos k correm, é uma parodia ideologica
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De Anónimo a 06.12.2021 às 11:02

Pelo facto de a IL ter no nome "liberal", interessou-me muito inicialmente. Segui e apreciei o Carlos Guimarães Pinto e actualmente o Cotrim de Figueiredo. Posteriormente o partido pareceu-me demasiado focado em fazer jus ao nome e meteu-se por atalhos desnecessários _refiro-me aos "costumes" _ para demonstrar que é mesmo muito coerente na defesa de todas liberdades. Bem sei que o partido procura implantar-se na cena política e tem de usar estratagemas para captar e fixar o seu eleitorado, procurando inclusive pescar nas águas territoriais de um certo partido, onde o faz, ao que parece,  com êxito. Mas um projecto muito catch-all corre o sério risco de confundir permissividade com prodigalidade. Há devaneios com pouca adesão à realidade que se pagam caro. Sobretudo numa sociedade como a nossa, pouco dada a extravagâncias e, pelo contrário, bastante regrada e disciplinada.
Ou seja:  A IL tem de resolver algumas contradições sobre o seu conceito de "liberalidade". Se não acontece-lhe como àquele pai muito liberal do "Bombeiral da Moda" do Solnado:  "Meu filho, quer queiras quer não queiras, tens de ser bombeiro voluntário". 
 
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De balio a 06.12.2021 às 16:48


refiro-me aos "costumes"


Quais costumes, concretamente?


Até agora a Iniciativa Liberal somente teve que votar uma questão de costumes: a eutanásia. Não teve que votar mais nenhuma, nem se prevê que venha a ter que votar mais alguma.


As questões de costumes estão largamente resolvidas na sociedade portuguesa, e não se prevê que venham a deixar de estar. Não são razão para alguém votar, ou deixar de votar, na IL.
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De Anónimo a 06.12.2021 às 23:43

Tenho o hábito de me informar sobre os programas dos partidos que me interessam. E nem tudo está "largamente resolvido" como diz, nem claro. Só para dar dois exemplos: a liberalização das drogas _ quaisquer que sejam os fins a que se destinam_ é uma coisa que me encanita a tal ponto que é decisivo no meu voto. O mesmo em relação à legalização da prostituição que a IL  pretende seja assumida e considerada como uma profissão como as demais, com direitos e deveres, descontos,  sgurança social e por aí fora... À primeira vista a todos parece bem. Mas é de uma candura e de uma superficialidade pretender-se que dessa forma acabariam com qualquer estigma e protegeriam as «vítimas». Não só é uma forma de iludir o problema como revela uma grande leviandade na sua abordagem, pois esqueceram-se de avaliar as circunstâncias «reais»  que propiciam o surgimento da prostituição ou que a desencadeiam. Assim como parecem ignorar toda a realidade degradante à volta desse flagelo: desde a escravidão, exploração e tráfico humano, etc etc.etc. Portanto, não pegaram adequadamente no tema, indo às Causas, e não encontraram o tom certo para resolverem seriamente este grave e sério problema social.
Ficavam muito melhor se se cingissem  às suas medidas eficazes em relação à economia, iniciativa privada... em vez de meterem a foice em seara alheia . E olhe que já era muitíssimo louvável _ e desejável_  se ajudassem o país a sair desta mansa tristeza e desta vil pobreza.
Mas a IL, por vezes, parece-me um pouco deslumbrada. Precisava de  amadurecer mais, em vez  de alardear estes fuminhos de modernice um tanto bacoca.
É como lhe digo, meteram-se por atalhos escusados: "Não havia nexexidade!"


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De henrique pereira dos santos a 07.12.2021 às 08:29

Parece-me que criticar um partido liberal por defender políticas liberais é um grande elogio feito à Iniciativa Liberal.
Quanto ao fundo da questão, em relação às drogas e à prostituição, é facílimo fazer, como fez, a demonstração de toda a miséria moral associada a esses dois fenómenos sociais.
Mais difícil é explicar que o que descreve existe durante a vigência de modelos coercivos de intervenção, não sendo por isso claro em que medida essa descrição demonstra que modelos alternativos de gestão do problema teriam piores resultados (havendo, ainda por cima, historicamente, o precedente muito relevante da lei seca e, já agora, da forma diferente como tratamos o problema do alcoolismo, ao qual está também associada muita miséria moral passível de ser descrita como o fez).
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De JPT a 07.12.2021 às 11:30

Partilho o teor do seu post, e até a prática eleitoral nele descrita - também não votei Passos em 2011, pois nada no seu histórico indiciava o governante que ele veio a ser. Essa identidade de pontos de vista é de esperar, dado que, pela leitura dos seus textos, se o HPS fundasse um partido, eu votaria nele. Não partilho a veia "libertária" da IL em matéria de costumes, mas o resto converge com o que penso que é importante para o país, e que não vejo mais ninguém defender. No entanto, ao saber que a IL votou a favor do projecto de lei do PAN (n.º 999-XIV) que "reconhece e regula a figura do animal comunitário" (o que tive conhecimento ao ler um excepcionar artigo do Dr. Ricardo Lobo no Observador de 19.11.2021), que não só consagra a visão infantil e imoral que o PAN tem dos animais, como (e isto é que é grave) importa em relevante despesa pública (impõe aos municípios a construção de "parques de matilhas" para dar cursos de formação aos cães, um festim para tachos e ajustes directos), fez-me pensar se devo ou não manter o meu sentido de voto. Gostava que alguém da IL explicasse este voto, ao lado da esquerda parlamentar (excepto esse farol de sanidade - nestas matérias - que é o PCP), para perceber se não estou, de facto, a votar nuns garotos.
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De henrique pereira dos santos a 07.12.2021 às 11:51

Pois, não sei responder sobre esse voto da IL, mas tenho alguma tolerância em relação a discordâncias: se só votasse num partido com que concordasse sempre, suspeito que rapidamente passaria a abstencionista, porque a hipótese de fazer um partido alternativo para ter um único voto, o meu, não me parece muito sedutora
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De Anónimo a 07.12.2021 às 11:40

Concordo com o Sr. num aspecto: longe de mim defender modelos "coercivos de intervenção" e achá-los eficazes no combate a esses dois fenómenos sociais ou outros. 
Creio que todos os passos e todo o esforço devem ter um timbre: tratar as pessoas com a dignidade que sempre lhes é devida, no sentido "humanista" do termo. Talvez ajude a trazê-las de "volta" à superfície e lhes devolva algum respeito por si mesmas. Seria um começo apenas . Depois convinha  apetrechá-las com algumas "ferramentas" de sobrevivência. Mas de facto, não tenho a solução e muito menos sei como se evita "a nascente" o problema. Tenho um vislumbre e nada mais. Apenas sei fazer a parte mais fácil: ver que há um problema.
 E sei também que essas situações merecem todo o respeito e compaixão e por isso está completamente fora de questão qualquer forma de violência ou de coacção ou de intimidação, diante da "miséria moral" de pessoas que vivem em contextos infernais, desumanizados e de grande sofrimento.


Mas a política de "pouca" intromissão (não sei se associada a um certo "laissez faire, laissez passer") também não me parece que seja a resposta nem o tal modelo alternativo.
Não consegui perceber de que forma podem as políticas liberais fazer uma melhor gestão dos flagelos sociais.  


Por outro lado, infelizmente, sabemos também _ por observação directa _ que estes e outros fenómenos sociais crónicos, entre eles o da pobreza, em Portugal nunca se encaram de frente, são sempre uma velha questão adiada e nunca se lhes dá a devida importância. A melhor forma de não resolver os problemas é ignorá-los e não se lhes dar "existência" real. Assim ficam "resolvidas" as questões por resolver... A inércia, a inoperância e a indigência de espírito são outro flagelo. Quer ver um outro exemplo de um problema "real" ostensivamente ignorado? Olhe-se para a escalada de violência nas escolas públicas que são notícia quase diária.. Que preocupação têm revelado os nossos governantes? E medidas? Julgo que recebem a informação com um longo bocejo... 
A Indiferença (ou o indiferentismo) tem sido a característica marcante das políticas sociais actuais deste país, também ele "adiado" e entorpecido.  
(Por alguma razão se é pobre...)
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De henrique pereira dos santos a 07.12.2021 às 11:54

O que nos separa talvez seja a equivalência implícita que faz (justificadamente, passa-se muito isso na realidade, veja-se, por exemplo, o aborto, que deixou de ser um mal em si, para ser normalizado pelo contexto regulamentar) entre ser contra as proibições para resolver problemas complexos (como o da droga) e a complacência perante esses problemas.
Proibir ou não proibir é apenas uma das opções de gestão dos problemas e não proibir só quer dizer que se acha que há outras mais eficazes de lidar com o problema, não significa que se deixe de reconhecer o problema como um problema.
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De balio a 07.12.2021 às 09:32


A prostituição não é uma causa realista, com ou sem Iniciativa Liberal. Eu sou membro da Iniciativa Liberal e sou favorável a que o proxenetismo seja legalizado e a que haja bordéis legais, mas sei que, infelizmente, isso não será realidade no futuro próximo, por causa dos partidos de esquerda que, nesse ponto, não são nada liberais. Aliás, dizer que a Iniciativa Liberal copia o Bloco de Esquerda é um erro, pois em matéria de prostituição (e de jogo, já agora), o Bloco de Esquerda não é nada liberal.
Por isso, dizer que não se vota na Iniciativa Liberal por causa da sua posição sobre a prostituição, a qual se assemelha à do Bloco de Esquerda, é um duplo disparate: nem a posição da IL sobre a prostituição tem qualquer importância prática, nem ela se assemelha à posição do BE sobre esse tema.
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De Anónimo a 07.12.2021 às 01:11

"Até agora a Iniciativa Liberal somente teve que votar uma questão de costumes: a eutanásia"

Reduzir aos "costumes" uma questão de "consciência", como é a eutanásia...é no mínimo uma simplificação bastante frívola e aérea.

Por isso nunca entendi como podem ser submetidas a votação as questões de consciência. 


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De balio a 07.12.2021 às 09:27


nunca entendi como podem ser submetidas a votação as questões de consciência


É muito simples: cada pessoa tem a sua consciência, mas a sociedade tem leis que valem para todos.


Uma mulher é livre de abortar ou não abortar (depende da sua consciência), mas a lei que rege o aborto é válida para todas as mulheres.


Uma pessoa pode querer ou não querer eutanasiar (depende da consciência dela), mas a lei que eventualmente a põe na prisão se o fizer, essa lei vale para todas as pessoas.


Uma mulher pode querer ou não querer prostituir-se (depende da consciência dela), mas a lei que rege as condições em que ela eventualmente se prostituirá (se na rua ao frio, se num confortável apartamento) vale para todas as mulheres.

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