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Li no Expresso desta semana esta notícia com o título Santander tentou devolver Banif Bahamas ao Estado, e nem queria acreditar. O título não reflecte o mais importante da notícia, pois o mais importante da notícia é (ver fotografia) que o Estado (o actual Governo de Costa/Centeno), na Resolução que aplicou ao Banif, garantiu os depósitos do Banif Bahamas porque [segundo disse na altura António Costa] "se tratam de poupanças de emigrantes". Ou seja, o Estado (que nos cobra impostos) decidiu dar uma garantia aos depósitos do Banif Bahamas, por se tratarem de depósitos de emigrantes. Mas entretanto os Estados Unidos descobriram que o Banif Bahamas servia para, alegadamente, lavar dinheiro. Era uma espécie de banco no Chipre. Os magnatas que não queriam pagar impostos depositaram as suas poupanças naquela praça offshore. O que a confirmar-se leva a que o Governo português tenha dado uma garantia estatal a esses depósitos (140 milhões) de dinheiro de branqueamento de capitais. Helás!

Questionado o Ministério das Finanças disse que, por causa disso o Santander Totta quis devolver o Banco do Banif nas Bahamas, e que a culpa de tudo é do Banco de Portugal que garantiu ao Governo que os depósitos no Banif Bahamas eram de uns lutadores emigrantes dos Estados Unidos, Venezuela e África do Sul, duns aforradores esforçados, que andaram lá fora a lutar pela vida e a amealhar uns cobres. Afinal parece que não são assim tão puros aqueles depósitos.

Mário Centeno, que tem com Carlos Costa contas a ajustar com o passado, apontou logo ao Governador.

Ainda me lembro do sururu que foi quando o BES foi dado como sólido pelo presidente da República e pelo Primeiro Ministro Passos Coelho que explicaram que essa garantia lhes tinha sido dada pelo Governador do Banco de Portugal. Na altura ninguém quis saber quem tinha garantido o quê. O que interessou foi que Cavaco Silva disse que o BES estava sólido; e que Passos Coelho disse o mesmo. Muitos concluíram: O Governo enganou os portugueses. E agora o Governo não enganou os portugueses?


4 comentários

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De McMangus a 22.02.2016 às 01:57

"E agora o Governo não enganou os portugueses?"


Deitam as culpas para o Governo anterior e já está!
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De Luís Lavoura a 22.02.2016 às 09:22

Era uma espécie de banco no Chipre.

Que eu saiba, os bancos cipriotas nunca foram acusados de lavar dinheiro sujo. Tinham lá dinheiro de russos (mas não só de russos), mas ninguém disse que esse dinheiro fosse obtido em atividades ilícitas.
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De Maria Teixeira Alves a 22.02.2016 às 20:40

Pode ser apenas dinheiro que não pagou impostos. Não tem que ser de origem ilícita.
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De ali kath a 22.02.2016 às 12:09

'o enfeitado é sempre o último a saber'

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