Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Todos nós temos fantasias. A maior das quais, de que a justiça a 100% é possível.
O espectáculo de ontem, devidamente televisionado, tornou claro que o ministério publico tem insuficiências, que o literalismo de juízes os envia para uma realidade alternativa, que as nossas leis e processo judicial são incapazes de produzir resultados compreensíveis.
A substância das coisas, não importa. Apenas a forma conta. E os objectivos da justiça, garantir direitos aos cidadãos e punir prevaricadores, perde-se. Apenas o "devido processo" importa.
Quem esteve pior?
O ministério publico, que gastou imensos recursos da sociedade atrás de crimes prescritos e acusações tecnicamente erradas ( a confirmarem-se) , em busca de vitorias morais?
O Juiz do processo, que na sua literalidade considera que o dinheiro proveniente de crimes não é uma infracção fiscal ( porque não há um impresso onde possa ser declarado) e onde testemunhas com declarado interesse em causa própria se sobrepõe a suspeitas de testemunhos corrigidos por eventual interesse próprio?
A lei, que estabelece prazos de prescrição ridículos e estabelece um colete de forças intransponível à prova do que quer que seja, em nome da protecção de direitos e garantias e impede que um juiz possa corrigir a natureza dos crimes evidenciados, de forma a que sejam aproveitados os factos apurados?
A arquitectura do sistema jurídico, que não permite um maior grau de interpretação da realidade conhecida, por um júri representativo da sociedade, com o medo de sempre, de que as pessoas são estúpidas e compete apenas aos inteligentes e certificados a ultima palavra?
A morosidade habitual do processo, que impede, desde logo, a possibilidade de justiça?
É difícil decidir. Sabemos apenas que a justiça não funciona razoavelmente, e que as possíveis causas são múltiplas e conhecidas. E no entanto parece fácil: o que parece, sabe e cheira a mel, normalmente é mel.
E na discussão dos detalhes, vamos como sempre, cair nos dois pecados capitais de sempre: perder de vista os verdadeiros objectivos e nada mudar.
1. Este seu comentário é autêntico crime contra a Justiça e a Imparcialidade. Um comentário destes mesmo depois do recente caso da Kathleen Folbigg, vem V. Exa. defender a “dedução” como método suficiente para se obter a Verdade.
2. Só de alguém totalmente obcecado e fanático pela perseguição a priori a Sócrates. Não gosta da cara dele, não gosta do modo como fala, é de outro partido diferente do seu, come e veste de um modo que V. Exa., detesta?
3. Ora, o que as Pessoas perceberam foi exactamente isso: --- O arbítrio e a completa fantasia especulativa da dedução feita pelo MP e pelo juiz Carlos Alexandre. Quer perante os factos instrutórios, quer perante o colectivo das pessoas que compunham as decisões tomadas nos Concursos Públicos e no Conselho de Crédito da CGD (que eram até de partidos diferentes do de Sócrates), quer perante datas em que nem sequer era 1.º ministro.
4. O seu Comentário é um acto quase-fascista de completa intolerância democrática, e um atentado à imparcialidade da Justiça num Estado de Direito.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
A confiança constrói-se. Já se percebeu com quem M...
Perante resposta tão fundamentada, faço minhas as ...
O capitalismo funciona na base da confiança entre ...
"...Ventura e António Costa são muito iguais, aos ...
Deve ser por a confiança ser base do capitalismo q...