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Ainda vamos piorar para poder (eventualmente) melhorar.

por Jose Miguel Roque Martins, em 03.10.23

Desde o 25 de Abril, que temos governos de esquerda. Vivemos hoje melhor do que vivíamos em 1974, muito pior do que poderíamos viver se tivéssemos políticas simples, conhecidas e testadas, todas recusadas em Portugal com horror, um País alérgico ao liberalismo (mesmo em moldes escandinavos), bom senso, noção das realidades e, sobretudo, recusa da liberdade e responsabilidade individual. Ao Estado o seu papel: poder satisfazer as necessidades dos imensos grupos de pressão a que pertencemos. Uma esmola a cada um, reparar uma câmara de ar com a própria borracha que ainda está boa.

Estarmos na cauda da Europa, sermos ultrapassados por quase todos no espaço Europeu, não convergirmos com os nossos “semelhantes”, não impressiona minimamente os Portugueses. Em equipas que perdem não se mexe.

Durante décadas fomos recorrendo ao endividamento Publico para fazer face ás necessárias esmolas para manter uma ilusão de progresso, mas atingimos os limites do nosso endividamento na ultima bancarrota.

O reconhecimento que as coisas vão mal, já existe. No dinheiro que acaba antes do fim do mês, na saúde, na habitação, na educação, nos jovens que emigram, no problema demográfico, na incapacidade de aumentar a produtividade, na impossibilidade de garantir “direitos irrevogáveis”.

Se nada de substancial mudar, o futuro só pode ser pior. A questão é mesmo esta: será que perante a total falencia do rumo escolhido, que mais dia menos dia vai ser consensual, os Portugueses se vão questionar quanto á necessidade de mudar, ou vão antes decidir "aprofundar" e "aprimorar" o sistema? 

Como dizia Margaret Thatcher , o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros, o que já aconteceu. A única duvida será se, a um socialismo relativamente feliz, vai suceder o socialismo absolutamente tirânico, uma evolução ou uma revolução.

Ainda vamos piorar para poder (eventualmente) melhorar.


17 comentários

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De balio a 03.10.2023 às 09:24


Durante décadas fomos recorrendo ao endividamento Publico para fazer face ás necessárias esmolas para manter uma ilusão de progresso



É curioso observar que, atualmente, Portugal tem um orçamento mais ou menos equilibrado mas, muito pelo contrário, são países mais ricos e supostamente mais virtuosos que estão a recorrer maciçamente ao endividamento.
Exemplos: os EUA estão com um défice público de 7% do PIB, o Reino Unido com um de 5%, e a França e a Itália prevêem nos seus orçamentos para o próximo ano défices de 4,5% do PIB.


São esses países todos, que nos habituámos a admirar, que atualmente vão recorrendo ao endividamento Publico para fazer face ás necessárias esmolas.
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De Jose Miguel Roque Martins a 03.10.2023 às 10:06

 populismo não é só aqui. Só que outros (ainda) podem ( como os usa) e outros estão a atingir o limite. 
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De O apartidário a 03.10.2023 às 09:26

"o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros" ------------#---------- Não acabou porque temos o "socialismo" europeu com o Bce em Frankfurt a produzir salcichas e os gestores de Bruxelas a distribuir.
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De Jose Miguel Roque Martins a 03.10.2023 às 10:04

olhe que não, olhe que não! porque pensa que temos "contas certas"?
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De urinator a 03.10.2023 às 10:36

quando o estado dá lucro pagam os contribuintes e não se cumpre o orçamento
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De O apartidário a 03.10.2023 às 13:37

Sim senhor, contas certas ,um pouco como quando tinhamos a rotativa dos escudos e o sr Salazar na presidência do conselho. Mas agora a soberania é apenas uma miragem. E temos de facto uma especie de socialismo (com aparências de liberalismo aqui e ali) transnacional, queiramos ou não ver o ""elefante  na sala "".
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De O apartidário a 03.10.2023 às 13:48

E quando digo uma especie de socialismo não me refiro apenas à economia,mas a tudo o que realmente é importante (ou era importante) num Estado soberano,desde a política cultural e social à questão das fronteiras e migrações etc por aí adiante.
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De balio a 03.10.2023 às 10:22


temos o "socialismo" europeu com o Bce em Frankfurt a produzir salcichas e os gestores de Bruxelas a distribuir


Exatamente. E depois queixam-se de que há inflação... Com tantas salsichas a serem distribuídas a partir de Bruxelas (e não só), a inflação irá continuar por muito mais anos!


Atualmente vivemos o socialismo em tempo real: a produção de dinheiro privada (através de empréstimos bancários) está a ser reprimida (pelas altas taxas de juro) e a ser substituída pela produção de dinheiro pública (através da bazuca europeia).
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De jo a 03.10.2023 às 10:22

"Como dizia Margaret Thatcher , o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros"
Não me diga que foi o socialismo da Margaret Tatcher que levou ao evidente declínio da economia do Reino Unido.
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De lucklucky a 03.10.2023 às 17:04


Para começar você precisa de saber o acordo de regime na 2 Guerra Mundial entre os Tories e o Labour, isso definiu a politica Britânica até Thatcher . Os Tories geriam a guerra, o Labour geria o resto do país.
O Governo Labour do pós guerra de Clement Atlee tinha uma ideologia de esquerda miserablista. A Austeridade era a moral do Governo, não estou a falar de austeridade falsa de ter as contas certas, mas a austeridade de impedir novos produtos de nascer, de por exemplo os tipos de queijos britânicos terem de ser reduzido por ordem do governo socialista, de destruir leite porque havia demais para o racionamento. 
O racionamento em Inglaterra acabou mais tarde do que na Alemanha Ocidental e na Itália.
Em 1970 25 anos depois do fim da II Guerra Mundial a Alemanha Ocidental destruída já era bem mais rica que o Reino Unido.1978 o meu pai foi em trabalho a Inglaterra. Disse que viu pessoas a pedir nas ruas de Londres. que não era diferente de Lisboa. Nunca me esqueci.
Thatcher chegou em 1979.





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De urinator a 03.10.2023 às 10:34

mais de 100 mil milhões de euros da UE para estar, sem regresso, no pódio dos mais pobres
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De José Mendonça da Cruz a 03.10.2023 às 12:47

Meu caro Henrique, essa coisa em aparência de jornal custa-te 1,5 euros por dia, ou seja, 547,5 euros por ano. Seria a primeira prestação das 12 que a coisa te deveria pagar-te por a leres.
Algumas alternativas:
- um voo de ida e volta a Roma 
- 5 jantares fora para 2
- 25 livros de ficção e não-ficção
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De henrique pereira dos santos a 03.10.2023 às 12:57

Suponho que o comentário tenha voado para aqui por engano, mas quantos posts me rende a leitura do jornal?
E o que eu me rio com uma data de gente que por lá escreve?
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De José Mendonça da Cruz a 03.10.2023 às 13:00

Sim, foi azelhice. Ainda bem que chegou ao destinatário 
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De Vagueando a 03.10.2023 às 18:50

A minha dúvida aqui é pouco como a que tenho com as alterações climáticas. Ou seja;
As alterações climáticas estão aí (temos mais fogos, mais inundações mais tornados etc) mas também temos muito mais espectáculo televisivo e redes sociais do tinhamos antes. Então a dúvida resume-se a saber se as alterações climáticas se devem às causas que os cientistas e outros nos dizem ou se elas aconteceriam mesmo independentemente da nossa acção poluidora.
Tenho a mesma opinião quanto ao estado do país. O mesmo está assim por causa dos governos ou dos políticos que que nos governaram ou, se tivessem sido outros não estaríamos como estamos hoje.
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De O apartidário a 04.10.2023 às 07:41

Parece que o clima está mesmo (seja qual a causa maior) marado. Senão vejamos https://oplanetadosmacacospoliticos.blogs.sapo.pt/em-defesa-do-clima-58307
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De Anonimo a 04.10.2023 às 13:01


As alterações climáticas existem, fazem parte da História da Terra, e a acção humana influencia (embora não determine).
Mas há "n" impactos sobre o meio ambiente que deveriam ser discutidos, e que ultrapassam as "alterações climáticas". Existe muitas questões ambientais que infelizmente não são "trendy" o suficiente para terem tempo de antena.
Mas no fim, tudo se resume a que abdica de quê, e de quanto? Falam muito, atiram-se para a estrada, mas não os vejo a largar os telemóveis, que são tudo menos "green".

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