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Desde o 25 de Abril, que temos governos de esquerda. Vivemos hoje melhor do que vivíamos em 1974, muito pior do que poderíamos viver se tivéssemos políticas simples, conhecidas e testadas, todas recusadas em Portugal com horror, um País alérgico ao liberalismo (mesmo em moldes escandinavos), bom senso, noção das realidades e, sobretudo, recusa da liberdade e responsabilidade individual. Ao Estado o seu papel: poder satisfazer as necessidades dos imensos grupos de pressão a que pertencemos. Uma esmola a cada um, reparar uma câmara de ar com a própria borracha que ainda está boa.
Estarmos na cauda da Europa, sermos ultrapassados por quase todos no espaço Europeu, não convergirmos com os nossos “semelhantes”, não impressiona minimamente os Portugueses. Em equipas que perdem não se mexe.
Durante décadas fomos recorrendo ao endividamento Publico para fazer face ás necessárias esmolas para manter uma ilusão de progresso, mas atingimos os limites do nosso endividamento na ultima bancarrota.
O reconhecimento que as coisas vão mal, já existe. No dinheiro que acaba antes do fim do mês, na saúde, na habitação, na educação, nos jovens que emigram, no problema demográfico, na incapacidade de aumentar a produtividade, na impossibilidade de garantir “direitos irrevogáveis”.
Se nada de substancial mudar, o futuro só pode ser pior. A questão é mesmo esta: será que perante a total falencia do rumo escolhido, que mais dia menos dia vai ser consensual, os Portugueses se vão questionar quanto á necessidade de mudar, ou vão antes decidir "aprofundar" e "aprimorar" o sistema?
Como dizia Margaret Thatcher , o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros, o que já aconteceu. A única duvida será se, a um socialismo relativamente feliz, vai suceder o socialismo absolutamente tirânico, uma evolução ou uma revolução.
Ainda vamos piorar para poder (eventualmente) melhorar.
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