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Na semana passada fui surpreendida com uma troça generalizada na internet à intervenção de António Pires de Lima no Parlamento. O ministro da Economia foi irónico, para mim foi perspicaz e engraçado, e se alguma coisa se podia dizer é que foi informal, agora sem nexo é que não estava.
Brincava António Pires de Lima com a tentação de António Costa, presidente da Câmara de Lisboa e candidato a Primeiro Ministro, de fixar uma taxa de dormidas para os turistas. Enfim criticar o Governo pelos impostos é fácil, mas depois acaba por não resistir a fazer o mesmo na sua chafarica, a cidade de Lisboa.
Claro que o tom irónico foi rapidamente ridicularizado e um pouco por todo lado se criou uma ideia (falsa) de que o Ministro estaria alterado por alguma substância exterior. "Triste figura a de Pires de Lima", dizia-se. Incrível! O pior não são os mandatados para ofuscar a razão de Pires de Lima com fait divers e deturpações do discurso e das respectivas intenções, o pior são as pessoas não pensarem pela própria cabeça e reproduzirem, ou comerem por bom que o Ministro estava alterado. Cheguei mesmo a ouvir uma amiga dizer que "ele devia estar com coca". Eu ia caindo para o lado. Parecia que não tínhamos visto a mesma coisa. Ainda a minha amiga me acusou de não ver por não conhecer os sintomas (ainda bem que não conheço) da coca. Mas reconheço a ironia quando a vejo e a falta de inteligência também. Há nestas interpretações apenas duas origens: a deliberada que sabe que há margem para deturpar ridicularizando e a outra é a falta de perspicácia e capacidade de pensar pela própria cabeça, para formar opinião sem se deixar influenciar pelas campanhas orquestradas. Esse é o grande pecado deste país. Por isso é que as intrigas vencem aqui.
A verdade está à vista de todos:
O orçamento da Câmara de Lisboa, que foi apresentado esta segunda-feira, prevê mesmo a criação de uma Taxa Municipal Turística, com a qual se prevê angariar sete milhões de euros em 2015. «Os turistas vão ter de pagar um euro quando entrarem na cidade de Lisboa, por via aérea ou marítima, já a partir de 2015».
Era a isto que se referia o Ministro quando insinuou que o autarca não ia resistir à tentação de cobrar taxas e taxinhas.
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Há sempre a internet
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Acho que não percebeu a substancia do texto...