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Actualização

por henrique pereira dos santos, em 28.04.20

O governo acaba de finalmente tornar público o cálculo do Instituto Ricardo Jorge sobre a evolução do Rt

evolucao_r_770x433_acf_cropped.jpg

A leitura que é  feita oficialmente do gráfico acima é esta:

"O número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado, medido em função do tempo [R(t)] deve ser calculado ao longo da epidemia e mede a transmissão ao longo do tempo. Pode ser usado para medir a efetividade das medidas de contenção e atraso. A estimativa do R(t) variou entre 0,94 e 2,49, observando-se uma tendência de decréscimo desde o dia 12 de março (anúncio fecho das escolas), com quebras mais acentuadas em 16 de março (fecho das escolas) e 18 de março (anúncio do Estado de Emergência) (FIG. 3).
A média do R(t) para o período entre 12 e 16 de abril foi de 0,98, significando que, neste período, um caso infetado originou em média menos de 1 caso secundário, o que indica uma redução expressiva da transmissão da infeção desde a implementação das medidas de contenção em Portugal."

Eu abstenho-me de fazer comentários sobre esta leitura do gráfico acima.


21 comentários

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De Anónimo a 28.04.2020 às 15:47

Fantástico. Já é à descarada.
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De Luís Lavoura a 28.04.2020 às 17:16

Eu questiono como raio é que conseguem calcular este R(t), muito mais ainda como é que o conseguem calcular a cada momento do tempo.
Sendo que já há muito que se deixou de estudar as cadeias de transmissão individuais (isto é, quem é que infetou quem), não vejo qualquer forma objetiva, isto é, experimental, de se poder calcular este R(t).
Tenho fortes suspeitas que o gráfico apresentado neste post não passa de um guesswork - baseado em pressupostos teóricos, e não em dados experimentais fiáveis.
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De Anónimo a 28.04.2020 às 17:33

Mas esperem lá, em fevereiro o novo coronavirus já por cá andava? Ou estou a ler/ver mal o gráfico?
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De António Pires a 28.04.2020 às 18:28

Também me assaltou essa dúvida.
O primeiro teste positivo creio que ocorreu em 2 de Março. Portanto o virus já por cá andava em Fevereiro.
O que não percebo é como é que é possível estimar o valor de R em Fevereiro sem que tenha havido casos de infecção (testes positivos). Mesmo em Março o número de infectados conhecidos é tão baixo, e por isso mesmo tão eivado de irregularidade estatística, que o valor estimado para R é muito impreciso (o tal ruido de que fala o André Dias).
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De Luís Lavoura a 29.04.2020 às 09:48

não percebo é como é que é possível estimar o valor de R em Fevereiro

Eu não percebo como é que é possível estimar o valor de R em tempo nenhum, a não ser que se estude concretamente (muitas) cadeias de transmissão individuais.
Estou convencido de que nessa estimativa há muitas suposições, e muito poucas medições, envolvidas.
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De Anónimo a 28.04.2020 às 17:38

já agora, pode fornecer um link de onde retirou o gráfico?


obrigado.
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De Anónimo a 28.04.2020 às 17:48

Nem com a realidade à frente dos olhos.
Incrível como se mantém um país paralizado só porque as entidades competentes cederam ao medo.
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De António Pires a 28.04.2020 às 18:35

A cedência ao medo é mais evidente com o que terá sido dito hoje na reunião no Infarmed: a capacidade de internamento do SNS é cerca de 4 mil camas. No início de Abril o número de internados foi de cerca de mil, a quarta parte da capacidade de internamento. Quando foi decidida a quarentena o número de internados ainda era menor.
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De Luís Lavoura a 29.04.2020 às 09:51

Exato.
Há também a obsessão com os ventiladores. No princípio da crise, Portugal dispunha de 1400 ventiladores. O número de doentes covid internados em cuidados intensivos nunca chegou a 300. Pelo que, o medo da falta de ventiladores (e a obsessão por adquirir mais) foi totalmente espúrio.
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De Anónimo a 28.04.2020 às 18:11

O problema das médias é que praticamente ninguém infeta ninguém, exceto aqueles casos em que um funcionário de um lar infeta duas dúzias, ou um pedinte de asilo infeta 100...
Osvaldo Lucas
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De Chico a 28.04.2020 às 18:18

Aqui o Rt tem outros valores: a 27 de Abril o Rt era 0.87.
https://www.anmsp.pt/covid19-mapa
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De Vasco Silveira a 28.04.2020 às 19:12

Caro Senhor


O R=1 , pressupôem que 100 casos infectados origina uma única infecção secundária de UMA pessoa: estamos a falar de taxas de crescimento, que se medem em PERCENTAGENS.
Quando eu comecei a calcular essa taxa (12/03) era de 43: 100 pessoas infectadas originaram uma  infeção secundária em 43: era quarenta e três vezes superiores ao que é agora!


Cumprimentos
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De zazie a 28.04.2020 às 19:58

Por que é que se nega a primeira informação necessária: de onde vem esse gráfico?


Que é isso de "Nunes et al"
Onde o foi buscar?
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De zazie a 28.04.2020 às 20:01

Ok. Fiz  busca no Google e encontrei.Observador- IRJ


Que coisa mais estranha...
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De Anónimo a 29.04.2020 às 23:00

não encontro, mesmo assim. Onde estão o gráfico e a interpetação do Governo publicados?
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De Chico a 30.04.2020 às 12:33

No site do parlamento:
https://www.parlamento.pt/Documents/2020/abril/Relatorio-Governo-II.pdf (https://www.parlamento.pt/Documents/2020/abril/Relatorio-Governo-II.pdf)

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