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Fomos confrontados ontem com um episódio singular: Trump e Vance, em directo atacam de forma brutal Zelinsky, cancelando o encontro e, para todos os efeitos, expulsando o Presidente da Ucrânia da casa branca.
Os argumentos ridículos, o tom usado, a ainda maior agressão de cancelamento, são obviamente mais que deploráveis. Mas só marcam o fim da elegância que costumava acompanhar a diplomacia. Um facto, em sim mesmo, que aflige, revolta e até enfurece, almas mais sensíveis, como a minha. Para Trump, foi apenas mais um acto de agressão ordinário, cobarde, de macho alfa, que pratica mais habitualmente do que bebe copos de água. Não significa nada de novo, nem nada em sim mesmo.
Trump afastou do terreno de jogo hipocrisias, mas também a mais elementar elegância, que de qualquer modo parece há muito condenadas no ciclo que se vive nas últimas décadas. Inova (e mal), apenas no grau da brutalidade publica, na desconsideração das vantagens do soft power e de consequências a longo prazo. Apenas a lógica transaccional (que de resto é a lógica realmente prevalecente nas relações internacionais) é admitida como razoável, por Trump.
Dito tudo isto, o que aconteceu ontem, só representa um agudizar de um sentimento de insegurança internacional, com um ocupante da casa branca que se comporta como Al Capone (lembrei-me do episódio do taco de basebol), que terá sido o ponto que mais terá agradado a Trump, mesmo que não premeditado. A mensagem (China?), é que, afinal não se deve recear apenas ditadores loucos, também não se podem contar com atitudes responsáveis do presidente democraticamente eleito dos EUA.
No que diz respeito à posição dos EUA na Ucrânia, o episódio de ontem foi como se nunca tivesse acontecido. Os interesses dos EUA, quaisquer que sejam a sua actual definição ( bem ou mal) , serão defendidos da mesma forma, desconsiderando um episódio sem relevância. Mesmo que isso represente acabar por apoiar militarmente a Ucrânia. O que não é certo, nem hoje, nem anteontem.
Porque quase uma semana havia decorrido já me tinha convencido de que você não reapareceria... mas ainda bem que o fez. O seu problema não é apenas a «total falta de tempo», pois não? Há por aí muita tensão, bastante instabilidade emocional, a julgar pelo tom... e também uma evidente incapacidade em detectar humor, ironia. Acha mesmo que eu esperava verdadeiramente que você sugerisse o Obamatório como «blog da semana» no Delito de Opinião, que o meu «pedido» foi genuíno? Está visto que eu deveria, talvez, ter utilizado outro tipo de letra ou acrescentar emojis – na verdade, nem todos conseguem detectar as subtilezas que frequentemente se encontram em textos melhor escritos. Por falar nisso, bem que você podia rever os seus comentários antes de «carregar no botão» - «noma», «respositórios», «sinista», «europa»? As gralhas dão mau aspecto e não favorecem os argumentos...
... Em especial se esses argumentos não passarem de mentiras. E nesta sua resposta estão pelo menos três.
Primeira: ninguém impediu a Associated Press de fazer perguntas. O que acontece(u) é que, sendo muitos os jornalistas, nem sempre há lugar para todos no Air Force One, na sala de imprensa da Casa Branca ou em outros espaços afectos à Presidência, pelo que alguma rotatividade tem de existir. A AP não merece quaisquer privilégios, não tem de ter prioridade, e não apenas por também se ter tornado num instrumento de «wokistas».
Segunda: Donald Trump não tentou provar que Barack Obama não é americano. Quem inicialmente lançou dúvidas sobre a nacionalidade do Sr. Hussein foi Hillary Clinton, nas primárias democratas para eleição presidencial de 2016; Trump, no seu estilo característico, recuperou as insinuações como forma de acicatar os opositores. E o próprio BHO ajudou à incerteza durante anos – há pelo menos uma (auto)biografia em que se afirma que ele nasceu no Quénia.
(continua)
Terceira, Donald Trump – e J. D. Vance, e Elon Musk – não são aliados de Vladimir Putin; esta é demasiado idiota, e é preciso ser-se, estar-se, desinformado e manipulado em último grau para acreditar numa patranha tão ridícula. Antes de mais, Musk assegura, com a Starlink, as comunicações essenciais, militares e não só, da Ucrânia. Quanto a Trump, se ele é um «aliado» de Putin e da Rússia é certamente o mais estranho de sempre. No primeiro mandato alertou os alemães contra a dependência energética de Moscovo e impôs sanções ao oleoduto Nordstream 2, que Joe Biden depois levantou; mandou mísseis e outro material bélico para Kiev, depois de Barack Obama pouco mais ter enviado do que cobertores; em 2018 autorizou que cerca de 200 mercenários russos na Síria fossem abatidos. Já Joe Biden, que recebera dinheiro, através do filho, de uma figura da «oligarquia» russa (e de ucranianos, e de chineses, e de...), afirmou que se a Rússia apenas fizesse uma «pequena incursão» tal não seria um grande problema, e Putin assentiu, lançando o que ele designou de «operação militar especial». Entretanto, os europeus têm continuado a comprar petróleo aos russos, mesmo que por «portas travessas», indirectamente, assim ajudando a financiar o esforço de guerra do Kremlin; eu diria que isso os torna, verdadeiramente, «putinistas», e não os americanos.
Para minha grande surpresa, e certamente haverá outros como eu, o Delito de Opinião tem vindo a radicalizar-se nos últimos meses. A linguagem de quase todos os seus «escribas» assemelha-se à que os extremo-esquerdistas habitualmente usam, e não só no que se refere a Donald Trump e ao Partido Republicano – é ver/ler o que vocês escrevem reiteradamente sobre André Ventura e o Chega. Pior, ela está a ser pontuada por uma inesperada, e reles, misoginia: hoje o seu camarada Paulo Sousa chamou a Tulsi Gabbard um «coiro trumpista», e há poucos dias o seu «querido líder» PC chamou a Alice Weidel – uma lésbica pró-Israel! – uma «besta neonazi». A estupidez e a histeria podem efectivamente ser contagiosas, e eu recomendaria que começassem a procurar aconselhamento profissional adequado assim que possível.
«... daquele neonazismo contemporâneo que exc(l)ui o antisemitismo (ou pelo menos o anti-Israelismo, já que colocam sempre George Soros como o oligarca judeu à moda antiga) mas que em tudo o resto trazem os demónios nazis para a superfície, como o seu prezado Musk, um eugenista mal disfarçado.»
Isto é mau de mais. E é grave. Quando se está num tal estado de delírio em que devaneios surreais - como o acima reproduzido - surgem e são escritos, o problema encontra-se numa fase demasiado avançada e, quiçá, sem cura. Razão tinha eu em sugerir, no meu comentário anterior, «aconselhamento profissional adequado assim que possível», mas provavelmente já não viria a tempo. Quando se é um casmurro empedernido, que se recusa a aceitar os factos mais básicos e comprováveis (e que, não, não são «areia para os olhos»), é isto que acontece. Não vale a pena continuar a discutir com quem não tem honestidade intelectual, com quem se recusa a «perder» a qualquer custo, que não quer «dar parte de fraco», e que por isso não hesita em cair no absurdo...
... De que é também exemplo continuar a insistir, estupidamente, que «Trump, Vance e Musk são objectivamente aliados de Putin e inimigos da Europa». Eles são, sim, tal como muitos outros, entre os quais eu, português e europeu, me incluo, inimigos de politiqueiros loucos que querem arrastar este continente e os seus países para uma espécie de suicídio colectivo, através da imigração ilegal em massa, da sabotagem energética e económica induzida pelo culto ambientalista fanático, da censura e da prisão de cidadãos comuns por expressarem as suas opiniões e até por rezarem – e foi contra isto que J. D., correcta e corajosamente, se insurgiu em Munique. E a posição dele só é reforçada pela contestação de conformistas e de cobardes.
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