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Absurdo, brutal, mas irrelevante

por Jose Miguel Roque Martins, em 01.03.25

Fomos confrontados ontem com um episódio singular: Trump e Vance, em directo atacam de forma brutal Zelinsky, cancelando o encontro e, para todos os efeitos, expulsando o Presidente da Ucrânia da casa branca.

Os argumentos ridículos, o tom usado, a ainda maior agressão de cancelamento, são obviamente mais que deploráveis. Mas só marcam o fim da elegância que costumava acompanhar a diplomacia. Um facto, em sim mesmo, que aflige, revolta e até enfurece, almas mais sensíveis, como a minha. Para Trump, foi apenas mais um acto de agressão ordinário, cobarde, de macho alfa, que pratica mais habitualmente do que bebe copos de água.  Não significa nada de novo, nem nada em sim mesmo.

Trump afastou do terreno de jogo hipocrisias, mas também a mais elementar elegância, que de qualquer modo parece há muito condenadas no ciclo que se vive nas últimas décadas. Inova (e mal), apenas no grau da brutalidade publica, na desconsideração das vantagens do soft power e de consequências a longo prazo. Apenas a lógica transaccional (que de resto é a lógica realmente prevalecente nas relações internacionais) é admitida como razoável, por Trump.

Dito tudo isto, o que aconteceu ontem, só representa um agudizar de um sentimento de insegurança internacional, com um ocupante da casa branca que se comporta como Al Capone (lembrei-me do episódio do taco de basebol), que terá sido o ponto que mais terá agradado a Trump, mesmo que não premeditado. A mensagem (China?), é que, afinal não se deve recear apenas ditadores loucos, também não se podem contar com atitudes responsáveis do presidente democraticamente eleito dos EUA.

No que diz respeito à posição dos EUA na Ucrânia, o episódio de ontem foi como se nunca tivesse acontecido. Os interesses dos EUA, quaisquer que sejam a sua actual definição ( bem ou mal) , serão defendidos da mesma forma, desconsiderando um episódio sem relevância.  Mesmo que isso represente acabar por apoiar militarmente a Ucrânia. O que não é certo, nem hoje, nem anteontem.

 


25 comentários

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De Anonimo a 01.03.2025 às 13:50

A diferença está no directo.
É uma questão de hábito. 
Como nos habituámos à guerra em directo pela tv.
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De O apartidário a 01.03.2025 às 14:54

Zelensky "armou a tenda" na Casa Branca e se deu mal (essa é que é a realidade) 


https://youtu.be/bO5Ebng9aHk?si=dI2x-oXSSTLxd7w1
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De balio a 01.03.2025 às 15:56


Trump disse verdades como punhos.
As pessoas sensíveis, cá na Europa, só vêem os punhos.
Deveriam ver que são verdades.
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De Filipe Costa a 01.03.2025 às 16:15

Eu o que percebo é que Trump fez bem em acordar a Europa, um dia isto ia acontecer, já com Obama os EUA estavam a virar as agulhas,Trump é apenas menos educado, de resto a cartilha é a mesma.


A pergunta que fica no ar é a China, ela vai-se reposicionar, que ninguém se adimre de um virar de agulhas da China para os "ocidentais" e deixar o Trump com o seu amigo russo.
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De henrique pereira dos santos a 01.03.2025 às 16:42

Miguel, sugiro que se veja as versões mais alargadas da situação (O Observador tem uma ligação para um vídeo no youtube) para se perceber onde começa a peixeirada: Vance está a falar, Zelensky pede para o interromper e desata num discurso contra qualquer negociação com a Rússia (o que seria deselegante, mas aceitável) e num ataque cerrado a todas as administrações americanas desde 2014, e quando Trump chuta para canto dizendo que em 2014 não era ele o responsável, Zelensky insiste em deixar claro que está a incluir a primeira administração Trump na crítica que está a fazer.
A discussão é entre Zelensky e Vance (em termos relativamente contidos, mas que evidentemente não são os normais com pessoas a assistir) até ao momento em que Zelensky se põe a dar lições à presidência do Estados Unidos sobre o que os Estados Unidos vão sentir no futuro, que é quando entra Trump.
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De Jose Miguel Roque Martins a 02.03.2025 às 08:43

Concordo. Não invalida que tenha sido uma reacção grotesca. Não invalida que não seja tudo irrelevante.
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De Octávio dos Santos a 03.03.2025 às 22:05

Caro Henrique, felicito-o, saúdo-o, por este comentário, e pelos factos que nele colocou, sobre o encontro de Volodymyr Zelensky com Donald Trump. Há que, na verdade, ver - e ouvir - a versão integral para se ter uma ideia certa do que aconteceu, e isso mesmo sugeri ao João-Afonso Machado num comentário que deixei num anterior texto dele. É agradável haver mais alguém que não se deixa intimidar pelo ambiente de aparente histeria colectiva que se verifica em Portugal (mas não só) em relação à actuação da presente administração norte-americana, em especial perante a guerra na Ucrânia (mas não só)...


... E de que este texto de José Miguel Roque Martins, infelizmente, parece fazer parte. «Trump e Vance atacam de forma brutal Zelinsky», «os argumentos ridículos, o tom usado, a ainda maior agressão de cancelamento, são obviamente mais que deploráveis», «apenas mais um acto de agressão ordinário, cobarde, de macho alfa» - expressões, exclamações, típicas de uma auto-confessada «alma sensível», que acredita que em diplomacia é a elegância que predomina, mas que evidentemente (aqui) não sabe do que fala.


Espero sinceramente que o Corta-Fitas se mantenha como um espaço de sensatez na blogosfera portuguesa, neste tema e em outros, e para isso conto que o Henrique continue a desempenhar um papel fundamental, ao alertar com consistência que se deve considerar todo o contexto de um assunto e não apenas um segmento frequente e desonestamente destacado; enfim, que se deve ser céptico. Não quero de todo que ao C-F aconteça o que aconteceu a outro blog, que tem a, digamos, «criminalidade de pensamento» como designação, e do qual se diria que quase todos os seus «escribas» (e a maioria dos que lá comentam) enlouqueceram desde 20 de Janeiro último, acumulando «postas» agora praticamente diárias em que abundam as mentiras, os insultos e as teorias da conspiração, umas mais risíveis do que outras, sobre Donald Trump e a sua equipa governativa.
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De O apartidário a 04.03.2025 às 08:31

Exactamente! Melhor explicado será difícil e quem não entender(ou não queira entender) assim também será escusado gastar mais "latim" pois nenhum argumento(mesmo o melhor) servirá. Nesse tal blog(que desconfio eu ,não sei porquê, tenha as letras DdO como iniciais)quem não concordar com os tais "iluminados" escribas é despachado com adjectivos os quais revelam mais sobre quem os profere do que sobre os comentadores não alinhados com a iluminada posta(não delito nem opiniāo mas presunção com ou sem água benta).
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De João PedroPimenta a 06.03.2025 às 02:49

Sou "escriba" do blogue a que se refere. Não escrevi que nada desde 20 de Janeiro, mas estou totalmente ao lado dos que a maioria escreve: mentiras, insultos e teorias das conspiração é o que Trump, Vance e Musk têm espalhado abundantemente, inclusive na "conversa" com Zelensky, em que mentem quanto a números e factos, pedem agradecimentos quando sabotaram toda a ajuda da anterior administração à Ucrânia enquanto chamam "estúpido" a Biden e negam ter chamado "ditador" ao presidente ucraniano (ainda para mais baseados em premissas falsas). Um bando de mafiosos instalados no poder, aliados explícito de Putin e inimigos da Europa.  Escusa de atirar areia para os olhos nessa defesa patética de semelhantes criaturas. Os seus argumentos nem risíveis chegam a ser: são absolutamente delirantes. 
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De Octávio dos Santos a 07.03.2025 às 17:45

Admito que, por vezes, tento imaginar como é ser-se alguém completamente errado, enganado, sobre um assunto (ou vários), mas que ao mesmo tempo está convencido de que está certo, e solta fanfarronadas todo satisfeito com a sua suposta - mas falsa - superioridade. É o seu caso, JPP, e de, sim, quase todos os que actualmente escrevinham como autores na Delito de Opinião - à excepção, por enquanto, de José Meireles Graça, mas que, pelo que já vi, ele arrisca-se a ser expulso por... delito de opinião. O facto de você, efectivamente, nada lá ter escrito até agora (desde 20 de Janeiro) sobre política nos EUA em geral - e a relação desta com a guerra na Ucrânia em especial - torna-o, quando muito, um pouco mais sensato do que os seus colegas, e renitente em fazer as mesmas (muito) tristes figuras que eles fazem. Porém, neste seu comentário aqui no Corta-Fitas em resposta ao meu comentário (e, já agora, como é que o descobriu? Estou curioso...) escreveu o que ainda não escreveu no DdO sobre o tema. Ao afirmar que a actual administração norte-americana, liderada por Donald Trump e J. D. Vance, é «um bando de mafiosos instalados no poder, aliados explícito(s) de Putin e inimigos da Europa» você cometeu a «proeza» de cuspir três enormes e ridículas mentiras numa curta frase; mostrou-se mais sucinto do que os seus comparsas no que se refere a debitar parvoíces, pelo que suponho que lhe devo dar os «parabéns». ;-)


Os meus argumentos, ao contrário dos seus e da maioria dos partilhados pelos «co-delituosos», e ainda os de muitos outros iludidos pelos «me(r)dia» que por aí andam a papaguear propaganda, não consistem em bazófia não fundamentada: assentam em factos. Se quiser - se tiver coragem para tanto - clique na ligação inserida no meu nome e terá acesso a eles no meu blog Obamatório, com centenas de textos e milhares de ligações. Criei-o em Janeiro de 2009, pelo que tem exactamente a mesma idade do Delito de Opinião - mas é escrito apenas por mim e não por um «colectivo» como no vosso caso. Talvez o JPP queira, quando chegar a sua vez de o fazer, sugeri-lo como «blog da semana». Aliás, creio que uma vez sugeri isso mesmo ao Pedro Correia (mas ele nunca o fez). Tal aconteceu quando eu era um dos maiores admiradores do, e comentadores no, DdO, num período em que cheguei a ser convidado especial nele com um texto meu, e em que até divulguei o vosso livro no meu outro blog (o Octanas), além de, claro, adquirir um exemplar do mesmo. «Bons» tempos que, infelizmente, terminaram em 2019 aquando e por causa de um «incidente» algo grave, pelo que não comento lá desde então. Talvez tenha sido melhor assim: se eu me pusesse a desmentir todas as idiotices - e têm sido tantas! - que vocês têm publicado nos últimos meses quase não faria outra coisa, e tenho tarefas bem mais importantes para tratar. 
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De João Pedro Pimenta a 13.03.2025 às 00:41

O facto de eu não escrever lá há semanas deve-se somente À total falta de tempo que tenho tudo. De resto, por vezes deixo o meu comentário rápido, mas mantenho tudo o que disse e o meu apoio total a quantos denunciam a deriva trumpista-putinista. De resto, o José Meireles Graça teceu uma opinião completamente diferentes da minha e da maioria e nem por isso alguém que pediu que saísse: simplesmente surgiram textos reactivos e de crítica. Sabe a que é que se chama a isso? Liberdade de expressão, a autêntica, não a que os seus queridos Trump, Vance e Musk defendem, ao mesmo tempo que impedem a Associated Press de lhe fazer perguntas. A sua alusão a "arriscar-se a ser expulso" revela apenas a sua má-fé, assim como ess a cinicazinha pergunta "como é que descobriu o meu comentário?". Olhe, é muito simples: li o post que lhe deu origem e os comentários que se seguiam até ao seu. 


De resto, deu uma vista de olhos ao seu "Obamatório": um perfeito libelo, que ao referir-se a "Barack Hussein" parece aludir logo à entrada do nefasto Trump na política, tentando por tudo provar que Obama não era americano, mas de um ser amoral e boçal como o actual inquilino da Casa Branca não se esperaria menos (e nunca esqueço que ele já era a grande referência do Patrick Bateman, o American Psycho de Bret Easton Ellis, ainda nos longínquos anos noventa). A leitura de alguns posts e as referências a Breitbart, Sarah Palin, Glen Bleck e outros patuscos revelararam-me logo ao que vinha. Pode pedinchar à vontade o estatuto de Blogue da Semana (a falta de visualizações é assim tão desesperante?) que de mim não o terá com o certeza. Por noma, escolho coisas que me interessam, não respositórios de maledicências e lambe-botices trumpistas. Por mim, vou continuar a denunciar a sinista tríade Trump/Musk/Vance e a sua sinistra aliança com Putin, o que o torna inimigo da europa e de Portugal. Quanto a si, se quiser ver figuras tristes, pode sempre olhar-se ao espelho.
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De Octávio dos Santos a 14.03.2025 às 20:50

Porque quase uma semana havia decorrido já me tinha convencido de que você não reapareceria... mas ainda bem que o fez. O seu problema não é apenas a «total falta de tempo», pois não? Há por aí muita tensão, bastante instabilidade emocional, a julgar pelo tom... e também uma evidente incapacidade em detectar humor, ironia. Acha mesmo que eu esperava verdadeiramente que você sugerisse o Obamatório como «blog da semana» no Delito de Opinião, que o meu «pedido» foi genuíno? Está visto que eu deveria, talvez, ter utilizado outro tipo de letra ou acrescentar emojis – na verdade, nem todos conseguem detectar as subtilezas que frequentemente se encontram em textos melhor escritos. Por falar nisso, bem que você podia rever os seus comentários antes de «carregar no botão» - «noma», «respositórios», «sinista», «europa»? As gralhas dão mau aspecto e não favorecem os argumentos...

... Em especial se esses argumentos não passarem de mentiras. E nesta sua resposta estão pelo menos três.

Primeira: ninguém impediu a Associated Press de fazer perguntas. O que acontece(u) é que, sendo muitos os jornalistas, nem sempre há lugar para todos no Air Force One, na sala de imprensa da Casa Branca ou em outros espaços afectos à Presidência, pelo que alguma rotatividade tem de existir. A AP não merece quaisquer privilégios, não tem de ter prioridade, e não apenas por também se ter tornado num instrumento de «wokistas».

Segunda: Donald Trump não tentou provar que Barack Obama não é americano. Quem inicialmente lançou dúvidas sobre a nacionalidade do Sr. Hussein foi Hillary Clinton, nas primárias democratas para eleição presidencial de 2016; Trump, no seu estilo característico, recuperou as insinuações como forma de acicatar os opositores. E o próprio BHO ajudou à incerteza durante anos – há pelo menos uma (auto)biografia em que se afirma que ele nasceu no Quénia.

(continua)

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De Octávio dos Santos a 14.03.2025 às 20:55

(continuação)

Terceira, Donald Trump – e J. D. Vance, e Elon Musk – não são aliados de Vladimir Putin; esta é demasiado idiota, e é preciso ser-se, estar-se, desinformado e manipulado em último grau para acreditar numa patranha tão ridícula. Antes de mais, Musk assegura, com a Starlink, as comunicações essenciais, militares e não só, da Ucrânia. Quanto a Trump, se ele é um «aliado» de Putin e da Rússia é certamente o mais estranho de sempre. No primeiro mandato alertou os alemães contra a dependência energética de Moscovo e impôs sanções ao oleoduto Nordstream 2, que Joe Biden depois levantou; mandou mísseis e outro material bélico para Kiev, depois de Barack Obama pouco mais ter enviado do que cobertores; em 2018 autorizou que cerca de 200 mercenários russos na Síria fossem abatidos. Já Joe Biden, que recebera dinheiro, através do filho, de uma figura da «oligarquia» russa (e de ucranianos, e de chineses, e de...), afirmou que se a Rússia apenas fizesse uma «pequena incursão» tal não seria um grande problema, e Putin assentiu, lançando o que ele designou de «operação militar especial». Entretanto, os europeus têm continuado a comprar petróleo aos russos, mesmo que por «portas travessas», indirectamente, assim ajudando a financiar o esforço de guerra do Kremlin; eu diria que isso os torna, verdadeiramente, «putinistas», e não os americanos.

Para minha grande surpresa, e certamente haverá outros como eu, o Delito de Opinião tem vindo a radicalizar-se nos últimos meses. A linguagem de quase todos os seus «escribas» assemelha-se à que os extremo-esquerdistas habitualmente usam, e não só no que se refere a Donald Trump e ao Partido Republicano – é ver/ler o que vocês escrevem reiteradamente sobre André Ventura e o Chega. Pior, ela está a ser pontuada por uma inesperada, e reles, misoginia: hoje o seu camarada Paulo Sousa chamou a Tulsi Gabbard um «coiro trumpista», e há poucos dias o seu «querido líder» PC chamou a Alice Weidel – uma lésbica pró-Israel! – uma «besta neonazi». A estupidez e a histeria podem efectivamente ser contagiosas, e eu recomendaria que começassem a procurar aconselhamento profissional adequado assim que possível. 

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De João Pedro Pimenta a 16.03.2025 às 21:01

Escreveram isso de Weidel? Apoio totalmente. Weidel faz parte daquele neonazismo contemporâneo que excui o antisemitismo (ou pelo menos o anti-Israelismo, já que colocam sempre George Soros como o oligarca judeu à moda antiga) mas que em tudo o resto trazem os demónios nazis para a superfície, como o seu prezado Musk, um eugenista mal disfarçado. E Ernts Não conheço tão bem Gabbard, mas espanta-me estar tão preocupado com tais delitos de opinião" depois de se inquietar tanto como as reacções ao texto do José Meirelles Graça. 


O resto é areia para os olhos. Nos 4 anos que Trump esteve na presidência, o estado das coisas no Donbass e Crimeia não se alterou em nada. Os avisos de Trump estavam mais ligados aos próprios interesses económicos dos EUA do que a prudência pertante a Rússia. Não me esqueci da sua alegre visita a Putin depois da Cimeira da NATO em Helsínquia, nem da forma desavergonhada como tentou usar Zelensky no caso Hunter Biden para colher dividendos políticos internos, nem da forma como tentou bloquear o acordo entre republicanos e democratas para ajuda à Ucrânia que pode ter permitido que os russos ganhassem vantagem (e que levou a chamar "estúpido" a Biden por isso mesmo, mas dos modos de Trump já não espantam ninguém). O Starlink começou por ajudar a Ucrânia, sim, para ser usado agora como arma de chantagem por alguém que parece gozar de óptima rlação com Putin e com a AFD, a sua filial na Alemanha. JD Vance, outro novo amigo da AfD é um oportunista puro que faz de polícia ainda pior de Trump. A forma como passam a ideia de que "Zelensky é um ditador" (como Churchill também o seria em 1945) é de uma desonestidade e de vileza a toda a prova. De Putin nunca disseram semelhante coisa, embora seja inimaginável que na Rússia, ao contrário do que se passa na Ucrânia, não exactamente um exemplo de estado de direito, o incumbente pudesse perder para um adversários (até porque estes são sempre, curiosamente, presos ou mortos à partida). Por isso sim, Trump, Vance e Musk são objectivamente aliados de Putin e inimigos da Europa, por mais que o tente negar.
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De Octávio dos Santos a 18.03.2025 às 22:05

«... daquele neonazismo contemporâneo que exc(l)ui o antisemitismo (ou pelo menos o anti-Israelismo, já que colocam sempre George Soros como o oligarca judeu à moda antiga) mas que em tudo o resto trazem os demónios nazis para a superfície, como o seu prezado Musk, um eugenista mal disfarçado.»

Isto é mau de mais. E é grave. Quando se está num tal estado de delírio em que devaneios surreais - como o acima reproduzido - surgem e são escritos, o problema encontra-se numa fase demasiado avançada e, quiçá, sem cura. Razão tinha eu em sugerir, no meu comentário anterior, «aconselhamento profissional adequado assim que possível», mas provavelmente já não viria a tempo. Quando se é um casmurro empedernido, que se recusa a aceitar os factos mais básicos e comprováveis (e que, não, não são «areia para os olhos»), é isto que acontece. Não vale a pena continuar a discutir com quem não tem honestidade intelectual, com quem se recusa a «perder» a qualquer custo, que não quer «dar parte de fraco», e que por isso não hesita em cair no absurdo...

... De que é também exemplo continuar a insistir, estupidamente, que «Trump, Vance e Musk são objectivamente aliados de Putin e inimigos da Europa». Eles são, sim, tal como muitos outros, entre os quais eu, português e europeu, me incluo, inimigos de politiqueiros loucos que querem arrastar este continente e os seus países para uma espécie de suicídio colectivo, através da imigração ilegal em massa, da sabotagem energética e económica induzida pelo culto ambientalista fanático, da censura e da prisão de cidadãos comuns por expressarem as suas opiniões e até por rezarem – e foi contra isto que J. D., correcta e corajosamente, se insurgiu em Munique. E a posição dele só é reforçada pela contestação de conformistas e de cobardes.

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De Silva a 01.03.2025 às 18:47

Trump, Vance e Zelensky encenaram uma peça de teatro, mais dramática que cómica.
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De passante a 01.03.2025 às 20:46

na desconsideração das vantagens do soft power


Quando a incendiária que foi atear fogo à Ucrânia em 2014 diz "Fuck the EU", não se passa nada, é fofinho.


Quando o Trump mija no fogo é um escândalo.


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De O apartidário a 02.03.2025 às 18:30

Tomem atenção a este video de 18 min(o Secretário de Estado americano explica os detalhes do que se passou na reunião com o sr Zelensky na Casa Branca) legendas em português 


https://youtu.be/7ysExXlMe60?si=vruZlijRqMAo-TRp
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De lucklucky a 02.03.2025 às 03:15

Continuam a não perceber nada do que é o jornalismo. Convém ver os 50 minutos.
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De Anonimo a 02.03.2025 às 09:03

Calma, camarada. O Doge está a chegar. 
E então seremos felizes 
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De Anonimo a 02.03.2025 às 09:04

Um abre-olhos à Europa. O matarruano limita-se a dizer o que os antecessores pensavam, e os constituintes pensam: Euroland, FU.
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De O apartidário a 02.03.2025 às 18:06

Disto não falam os média, e pode ser o fim da UE (manif contra a anulação das eleições na Roménia aos 3 min no video) canal Chechu Leduc em castelhano muito fácil de entender

https://youtu.be/bl54yprvmt8?si=xq9rQNR-rcM1MvQ0
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De Anónimo a 02.03.2025 às 13:37

Este sentimento de "orfandade" europeia que tomou conta de muita gente que, em muitos casos, já teria idade para ser avô, daria para rir se não desse para chorar.
Claro que com 182 idosos (maiores de 65 anos) para cada 100 jovens (menores de 15 anos) em 2024 no caso português, quando eram 66 idosos para 100 jovens em 1990, não podem nem uns nem outros esperar muito da vida "confortável" que terão levado até hoje quando começarem a ver o dinheiro público a  ir para canhões porque os americanos andam desde o primeiro mandato de Obama a virar-se para os problemas do "outro lado" e nós por aqui numa do "enquanto o pau vai e vem"... 
A Europa não tem nem matérias-primas nem preços de energia que consigam manter o nível de vida de uma população idosa acomodada e uma população jovem mimada.
Portanto "boa sorte" para isto tudo quando e se fôr preciso "desviar" o dinheiro do social para armas, que toda a gente espera sejam os filhos e os netos dos outros a manobrar (a começar pelos que têm filhos e talvez netos, que são cada vez menos como se viu acima).
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De Anonimo a 02.03.2025 às 21:59

Quando e se?
Já está em andamento...
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De O apartidário a 04.03.2025 às 08:43

Manifestação dia 9 a favor da neutralidade em Espanha:


[Error: Irreparable invalid markup ('<span [...] ;>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

Manifestação dia 9 a favor da neutralidade em Espanha:<br /><br /><br /><p dir="ltr"><span style="color:#0F0F0F;"><span style="font-size:14px" ;="">Gran manifestación por la neutralidad de España en el conflicto entre Ucrania y Rusia! </span></span></p><p dir="ltr"><span style="color:#0F0F0F;"><span style="font-size:14px" ;=""><br /></span></span></p><p dir="ltr"><span style="" ;=""><font color="#0f0f0f"><span style="font-size: 14px;">https://youtu.be/7DgUVZZr7yo?si=_ojcNYS1PBGf3PuU</span></font></span></p>

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