Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Não faço segredo da minha proximidade à Iniciativa Liberal, de que não sou militante, "somos só bons amigos".
Também não fiz segredo da minha perplexidade, e discordância, em ir a votos sozinha, e não com Carlos Moedas, nem das minhas dúvidas em quem votar, tendo decidido votar na Iniciativa Liberal já na assembleia de voto, quer por achar que Moedas ia perder (por aqui se vê a lucidez das minhas análises políticas, também não votei em Passos Coelho em 2011, apesar da minha feroz e antiga oposição a José Sócrates), quer por ter ficado convencido de que havia virtude em ser mais claro no que pretendia dizer com o meu voto.
Todos os que discordam de António Costa - parece-me mais que evidente que a hipótese de uma maioria absoluta do PS só é considerada positivamente pelos que agora se entretêm a fazer paralelismos entre o actual chumbo do orçamento e o chumbo do PEC4 para concluir que esta extrema esquerda é a idiota útil da direita - não podem ter como programa político removê-lo do poder, por mais que a remoção do poder de António Costa seja um grande benefício do país, como é.
Tenho muita esperança de que o PSD resolva as suas questões internas de modo a que haja uma oposição com verdadeira capacidade de ganhar as eleições - o que, como se viu em 2015, evidentemente não chega para remover António Costa do poder -, fiquei mesmo muito satisfeito com o facto de Rangel ter ido buscar Fernando Alexandre à Universidade para lhe dar apoio no programa que quer apresentar (e espero que isso não signifique a menorização de Joaquim Sarmento, tanto mais que um se move mais na área da economia e outro na das finanças) mas, tudo isso, não me faz querer que todos os que querem ver António Costa arredado apareçam numa amálgama programática que disfarce o que querem os votos verdadeiramente dizer.
Resumindo, espero que a Iniciativa Liberal concorra sozinha.
É evidentemente contra os interesses da Iniciativa Liberal ter Rangel e não Rio à frente do PSD, é bem possível que o voto útil - útil para quem o recebe, como se sabe, para quem o usa o voto só é útil se for claro - limite substancialmente as possibilidades da Iniciativa Liberal ter um grupo parlamentar, em vez de um único deputado, mas os riscos são compensados pela clareza que resulta do processo: é bom que as políticas liberais se apresentem a votos e tenham a representação parlamentar que resulte da vontade dos eleitores.
Depois das eleições, então sim, se os votos dessa representação parlamentar servirem para afastar António Costa do poder, é natural que se negoceiem programas apoiáveis, a partir da diversidade de pontos de vista com representação parlamentar.
Isso diminui a probabilidade de eleger os deputados necessários para remover António Costa?
Sim, diminui, mas se os adversários de Costa tiverem medo de correr esse risco, o melhor é nem irem a eleições, seguindo o exemplo de Luís Patrão, um dirigente do PS que fez toda a sua carreira política (na verdade, nunca teve outra) respeitando a decisão de nunca mais se candidatar a nenhuma eleição que pudesse perder, depois de ter sido surpreendentemente derrotado na eleição para a presidência da Juventude Socialista (história que me foi contada há anos, que não tenho qualquer hipótese de confirmar, mas que se não é verdade é bem achada).
"Depois das eleições, então sim, se os votos dessa representação parlamentar servirem para afastar António Costa do poder, é natural que se negoceiem programas apoiáveis! (...)
Isso diminui a probabilidade de eleger os deputados necessários para remover António Costa?
Sim, diminui..."
Francamente não entendo como não é feita a leitura correcta do momento actual: a prioridade das prioridades do país é afastar de vez este governo, "remover António Costa", para o citar. Não entendo, sobretudo estando consciente de que existe esse risco, conforme afirmou. E sobretudo não entendo, depois de saber o quanto preza o viver "ameno" com as regras da Democracia e ter lido o que escreveu acerca da aptidão destes socialistas para a desmantelarem, assim como às suas instituições, e da capacidade de destruição de valor, (materialmente falando) deste mesmo governo. A falta de uma frente coesa, enfraquece a direita, facto que será (bem) explorado sem escrúpulos pelo ACosta, mestre na arte de dividir para reinar e finalmente desmoralizar. Não se esqueça da colossal máquina de propaganda que ele tem a seus pés, HPS!
Não estamos em momento de branduras com "ses" e "talvez", "depois logo se verá". Não sei qual é a dúvida. Tem de se atravessar o Rubicão, que o momento é grave e o tempo é de tomar decisões. Os portugueses comuns, sentem a urgência de uma clarificação para o país, trata-se do Futuro! Pressente-se que se está em pé de guerra e que este é um momento crucial que irá marcar o rumo do país daí em diante: com a balcanização imposta desde 2015-16, só há dois lados. Só um dos lados vencerá. Qual?
O Sr. sabe muito bem que muitas das batalhas travadas ao longo da História mostram que exércitos provenientes de nações soberanas (independentes) foram capazes de se aliar para se fortalecerem quando estavam diante da mesma ameaça e formavam um só bloco para defrontarem e derrubarem o inimigo comum.
Após a batalha, os exércitos separavam-se, desfaziam-se as alianças e cada um regressava às suas "casas" de partida, sem que tivesse havido nenhuma perda ou diminuição da sua soberania. Tal como brevemente se espera que chegará o dia de "depor as armas" e regressar de vez à normalidade da vida partidária autónoma e democrática.
Se alguém achar que o socialismo (com estas características do actual), não é uma ameaça... pois então que meta a raposa no galinheiro e que fique entretido a fazer as suas contas de "pequenos ganhos", enquanto o país vai tendo "grandes perdas".
st
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Parece é que poucos estão preparados para discutir...
Tenho um histórico de cirurgias infelizmente longo...
Sendo que, no entanto,os doentes no Sns são(por co...
O problema de Espanha é ter um tribunal de ideolog...
Do ponto de vista de quem gere, um doente é um cli...