De Anónimo a 28.08.2015 às 18:06
A Cruz Vermelha há muito que coopera com o Crescente Vermelho islâmico, mesmo dentro dos paises islâmicos, e esse problema nunca se colocou. Cuidado com as manipulações, João Távora, já basta o que basta. Também a xenofobia não devia fazer parte do nosso cânone. Há adultos e até crianças refugiadas de paises islâmicos maltratadas na Alemanha e outros paises pela extrema direita e essa sim, deve ser a nossa apreensão. Ao menos que ouça a Merkel.
Só posso concluir que o anónimo não leu o meu post. Em lado nenhum pode concluir que eu seja contra a imigração, muito menos contra o socorro de refugiados em aflição.
De Anónimo a 28.08.2015 às 23:14
Li sim. A propósito de um vídeo claramente suspeito, faz-nos avisos sobre a intolerância de... quem? Dos que ali são vitimas, não dos fizeram o video. O João Távora não é o manipulador, mas sim o manipulado. Os autores da farsa têm razões para sorrirem.
De Costa a 29.08.2015 às 11:48
Tremenda, a insaciável e cega pulsão masoquista de algum Ocidente e que muito provavelmente custará o descalabro do mundo ocidental e seus valores, no espaço de bem poucas gerações. A desconfiança sempre lançada sobre nós; a culpa sempre nossa; os outros, infinitamente bons e reduzidos à miséria por nossa presumida e dogmática culpa; nós, cristãos - de credo ou formação - e "ocidentais", apriorística e irredimivelmente culpados de tudo o que de mau haja no mundo; eles, intocáveis nos seus valores, crenças e tradições; nós com o dever infinito de ceder em tudo, mesmo em nossa casa, para isso garantir.
Costa
De Anónimo a 29.08.2015 às 14:45
Costa, pare lá com o choradinho, que já enjoa. Esse vídeo é manipulação.
De Costa a 29.08.2015 às 17:01
Qual vídeo? Nem o vi.
Não é preciso. O assunto em questão e a posição de alguma "inteligência" europeia são-lhe bem anteriores. O vídeo, aqui, apenas serviu para que se repetisse o vosso - esse sim - choradinho maniqueísta (que verdadeiramente nem precisa de pretextos; está permanentemente "em fundo", no seu labor prosélito e incansável de lavar e formatar paulatinamente os cérebros) .
A desconsideração liminar do oponente, de quem pense de forma diversa: nega-se-lhe a inteligência, acusa-se de todo o mal, reduz-se o que sustente a "choradinho" (e vá lá que poderia ser bem mais insultuoso...) e arruma-se a questão, faz parte da vossa alegada superioridade moral.
O próprio autor do "post" manifestou reservas quanto ao vídeo e cuidou de tornar claro que a questão que suscita nem se centra nele ou dele necessita como fundamento. Mas que (vos) interessa isso?...
Costa
De Anónimo a 29.08.2015 às 22:42
"Qual video"? Ó homem, esse video que o João Távora colocou no post. O post é sobre um video em que aparecem uns mouros a renegar a cruz. Você comenta este post sem sequer ter reparado que tem um video ? :)
De Costa a 29.08.2015 às 23:31
Ó homem, vá lá... faça você um esforço. Leia o que eu escrevi e dê-se ao trabalho de pensar um pouco. É evidente que reparei.
Mas, no contexto da sequência de comentários em que me inclui (você saberá perdoar, espero, essa minha ousadia) não seria necessário ver o vídeo em causa. Por isso escrevi "nem o vi", em lugar de, por exemplo, "não o vi". Deus lhe valha (se o não aceita de outra forma, tome-o como expressão idiomática): é coisa básica...
É que o que está em causa é disponibilidade, ou não, daqueles que a Europa - curiosamente, ou talvez não, é a Europa Ocidental, de matriz cristã, aquela que procuram - acolhe de, uma vez entre nós, se conformarem com a nossa vida, os nossos princípios, a nossa civilização. Se conformarem com e praticá-los, sem prejuízo do respeito que sempre nos devem merecer os credos e tradições dos outros (coisa em que os outros em causa não são, não parecem ser, em vasto número e por estes tempos, referências de tolerância e respeito).
Essa disponibilidade deles e esse nosso direito - para não dizer dever - de, independentemente das questões humanitárias e do respeito que sempre nos deve merecer o sofrimento alheio, não aceitar responsabilidades e culpas históricas ou de princípio que não temos, manifestamente, que aceitar.
Isso e o nosso direito de, mau grado a grandeza em abstracto do princípio, não dar sempre - e sempre, e sempre... - a outra face.
Costa
De Anónimo a 30.08.2015 às 16:52
Amigo Costa, foi muito útil essa sua lição da matriz cristã e dos riscos que corre a civilização ocidental. Nenhuma soberba nem arrogância, não senhor. Isso têm os outros. Mas, como dizer-lhe, o post tem um video e foi sobre o conteúdo desse video concreto que o autor do post escreveu. O tal video que, como dizia a outra, "agora não interessa nada", esfumou-se. Não é curioso? Eu não venho aqui comentar as suas opiniões sobre a civilização cristã, desculpe, mas sim a manipulação que é esse video. Posso considerar como um perigo para os MEUS valores europeus essa manipulação? Posso? É que também sou europeu, e até lhe posso mostrar um certificado de europeu até à quinta geração, se fizer muita questão. Ou se eu me interessasse um átomo sobre o seu relambório. Nada pessoal, claro.
De Costa a 30.08.2015 às 17:59
Caríssimo, você poderá considerar um perigo para os seus valores o que bem entender. Não diga é que eu lhe dou - ou pretendo dar - lições sobre o que seja. É que não o faço. Limito-me, veja lá..., a considerar, analogamente, como um perigo para os meus valores aquilo que como um tal perigo identifico. Você fará o favor de me conceder esse direito (ou não; é lá consigo).
Não se esfumou vídeo algum, asseguro-lhe. Bem pelo contrário. Manipulação que seja, suscita uma questão que lhe é bem anterior e que perdura bem para lá dele. Por isso o vídeo, manipulação ou não, é bem importante! E foi sobre essa questão que eu gastei umas linhas (que você só leu e comentou porque quis).
E não me mostre qualquer certificado. É-me irrelevante qual a sua origem e todas têm a mesma dignidade para mim. Ou toma-me (falando de soberba e arrogância) por um nazi?
Por mim encerro esta nossa troca de opiniões.
Costa
De Anónimo a 30.08.2015 às 20:10
O video é importante? Qual video? Aquele que nem sequer viu? E a minha origem afinal é irrelevante? Olhe que posso ser um sírio que vem destruir os pilares da civilização ocidental. ;) Como é que ficamos, afinal? Vá lá então à sua vida.
De Costa a 30.08.2015 às 22:28
Olhe que, deixado à solta (e do que me apercebo), você parece ser bem capaz disso. Seja sírio ou portuguesinho de gema.
Vá também à sua vidinha, meu caro, e que guarde cada um de nós a sua verdade. Ao menos podemos manifestar a nossa divergência de opiniões, discordar com vivacidade e ainda trocar uns gracejos sem recear que nos venham buscar a casa e nos espetem com umas centenas de chicotadas (ou pior). Tudo visto, nada mau. E (mais um) fruto desta malvada civilização ocidental de matriz cristã.
Uma noite tranquila,
Costa
Ps.: a ver se ficamos mesmo por aqui (eu sei que sou eu o faltoso).
De João. a 30.08.2015 às 06:55
"Convém ressalvar que os maiores inimigos da Europa e da sua matriz cultural são os europeus laicisados, multiculturalistas e estéreis. Perante isto o “problema” dos refugiados é irrelevante."
Aqui você está muito mais próximo do radicalismo islâmico do que você pensa. O que os radicais islâmicos detestam em primeiro lugar não são as outras religiões mas o ateísmo e a laicidade - e claro o multiculturalismo. Se você tivesse nascido no Irão e pensasse como pensa aqui você seria um entusiasta dos Aiatolás.
De Costa a 30.08.2015 às 13:05
Das palavras faz-se, é sabido, o que se quer. De parte de quem as profere ou escreve e da parte de quem as interpreta. E aqui parece-me poder estar sobretudo em causa a radicalidade, o maior ou menor bom senso de uma interpretação bem extensiva e que leva - levou - a uma presunção francamente ilidível. E susceptível de ofender.
Não o escrevo em defesa do autor do "post" - mais não fosse porque dela não precisa para nada, muito menos de um tipo que assina Costa e aparece por aqui, de quando em vez, a deixar uns comentários - mas porque me parece que está aqui em causa o pensamento de tanta gente moderada, prudente, cumpridora e legitimamente preocupada com o seu futuro e o dos seus.
Vamos por partes:
Europeus laicizados. Sim, é verdade, é um potencial - ou já real problema . Não por ser crime ser-se laico, não seguir ou não se ser fervoroso, com absoluto rigor de culto, praticante de uma religião (colocar sequer essa hipótese, na actualidade, entre o mundo de matriz cristã, parece-me um absurdo; já noutros mundos e matrizes...). Mas porque a Europa tem de facto uma matriz cristã (sossegue, porque - permita-me - imagino já por aí um esgar: eu escrevi "cristã" e não necessariamente "católica, apostólica, romana") que transcende em muito a crença e prática religiosas, enformando na verdade, bem mais do que racionalmente detectaremos, a nossa forma de ser. Ora há por esta Europa um evidente abandono, ou mesmo clara rejeição, de valores. Uma verdadeira rebeldia sem causa (tal a "leveza" das causas que em seu lugar se invocam, quando se sequer se invocam). E se se cria um vácuo de ideias, de valores, se se rejeita e destrói por rejeitar e destruir, outras e outros o preencherão. Muito possivelmente não complementares, não evolutivos, não tributários, não modificando-os como decorre do normal decurso do tempo, mas formal e substantivamente antagónicos, irreconciliáveis, intolerantes e a seu tempo dominantes e exclusivos.
Multiculturalistas. Nada contra, em princípio, em acolher o outro e a sua cultura; em dar-lhe o legítimo espaço e em colher dele e da sua cultura, voluntariamente, de livre vontade, o que consideremos de valor para nós. Mas sem o fazer à custa da nossa cultura e valores. O multiculturalismo quando materializado na rejeição do que é nosso, atribuindo-lhe (e a nós) todos os males, todas as culpas e permitindo para lá disso o avanço desregrado, entre nós, em nossa casa, do que na cultura dos outros é claramente antagónico e incompatível com a nossa, é um multiculturalismo perverso. E há por estes dias uma cultura que está em fase de robustíssimo, abusivo, arrogante, proselitismo. Sem esconder intenções que - concretizáveis ou não (e se calhar são-no mais do que nós, com os nossos irónicos trejeitos e encolher de ombros, consideramos) - constituem, pela intolerância propagandeada, pelo anacronismo de conceitos, pela redução da vida (por parte deles, sim, isso acontece ao extremo) à religião, pelo domínio desta sobre o menor aspecto da existência, uma ameaça para os valores da nossa cultura.
(...)
De João. a 30.08.2015 às 16:42
"Europeus laicizados. Sim, é verdade, é um potencial - ou já real problema"
Os laicizados só são um problema para fanáticos religiosos, para os "Aiatolás" de que religião for que não conseguem viver a sua crença sem ter que a impor sobre os outros através da polícia. A única maneira que existe de eliminar a laicidade, nomedamente a laicidade do Estado na Europa ocidental, é pela violência, pela força, uma vez que nada indica, sequer ao longe, que os povos europeus querem voltar a ter Estados religiosos.
De Costa a 30.08.2015 às 17:50
"(...) uma vez que nada indica, sequer ao longe, que os povos europeus querem voltar a ter Estados religiosos." Completamente de acordo consigo, meu caro.
E acrescento eu, já agora: nem quererão decerto (os povos europeus) que se criem condições, nem que seja por mera passividade, para que outros os venham a criar na Europa. Chame-se-lhes Londonistão, Al-Andaluz, qualquer outro nome em França, ou onde que seja.
É que me parece que andamos a levar pouco a sério essas afirmações. E não querer não significa (pela indiferença, ingenuidade, ou que seja) não permitir. E o tempo passa muito depressa.
Costa
De Costa a 30.08.2015 às 13:06
(...)
Estéreis. Bem, o chamado Inverno demográfico europeu parece já coisa indiscutível e irreversível na sua consumação, sejamos nós ateus ou religiosos, conservadores ou progressistas. E com ele arrisca-se a preservação da matriz cultural europeia. Por evidentes razões e perante outras culturas onde não parece, francamente, existir crise demográfica. E que activamente, ou pela mera passividade, desprezam e desejam afastar a nossa.
"O que os radicais islâmicos detestam em primeiro lugar não são as outras religiões mas o ateísmo e a laicidade - e claro o multiculturalismo." Escreve você. Eu não experimentaria afirmar-me com veemência cristão e adoptar a simbologia dessa minha condição em certos países muçulmanos. E você sabe, claro,disso. A comunicação social tem-nos mostrado abundantemente os efeitos pelo menos desagradáveis de se ser tido como "nazareno" ou afim, em certas partes do mundo... E o ateísmo, a laicidade e o multiculturalismo, mesmo que intimamente detestados e expressamente afastados entre eles, dão muito jeito noutros lugares, desde que sabiamente explorados. O idiota útil é uma figura largamente consagrada pela História.
Defender os meus valores não significa necessariamente - não tem que significar, não deve significar - a exclusão dos valores dos outros. Significa apenas defender os meus, na minha terra. Onde têm todo o direito de subsistir e livremente se manifestarem. Não faz de mim um aiatola ou figura parecida.
Costa