Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
"If protected areas harbor larger fuel loads than unprotected lands, then with all else being equal (e.g. fire weather, ignitions, etc), we can expect that burned area and fire severity will both be higher in protected areas. Fuel load is one of the main drivers of fire intensity (Byram, 1959) which, in turn, affects fire severity, or the immediate ecological impacts of fire (Keeley, 2009). However, other possible mechanisms could explain the potentially larger impact of fire on protected areas. For instance, protected areas tend to be more remote, and can have lower road densities, which decreases accessibility and complicates fire fighting. They could also be more prevalent where other land uses are marginal, such as higher elevation zones, or steeper terrain (Baldi et al., 2017). Quantitative estimates of the magnitude of the changes in burned area and fire severity in protected vs unprotected areas are currently lacking, and the relative roles of the different possible underlying mechanisms also remain unexplored".
Este longo parágrafo é uma citação do estudo "Protected areas as hotspots of wildfire activity in fire-prone Temperate and Mediterranen biomes" de Víctor Resco de Dios, Simon J. Schütze, Angel Cunill Camprubí, Rodrigo Balaguer-Romano, Matthias M. Boer e Paulo M. Fernandes.
O estudo confirma o que se poderia esperar das políticas de conservação da natureza, tal como hoje são definidas: "Protected areas were being disproportionally affected by fire within most Temperate biomes, and fire severity was 20 % higher within protected areas also in Mediterranean biomes. Population in the periphery of forest areas was up to 16 times more likely to be exposed to large wildfires when their environment was within, or near, protected areas".
Basta ler os comunicados das ONGA nos anos em que arde mais área protegida para perceber a dissonância cognitiva que impera no mundo da conservação, considerando-se, de maneira geral (ONGA, académicos que não estudam o fogo mas têm opiniões definitivas sobre o assunto e jornalistas), que se as áreas são protegidas, então deveriam arder menos, quando, na verdade, é exactamente por serem protegidas (quer pelas características pelas quais são classificadas como áreas protegidas, quer pelas opções de gestão adoptadas por serem protegidas) que será de esperar que ardam mais que o resto do terriório.
É com base na mesma dissonância cognitiva que as autoridades de conservação, com a União Europeia, através da Comissão Europeia, à cabeça, definem políticas como o Pacto Ecológico Europeu no qual se inclui a maluqueira, sem qualquer base técnica, de ter 10% do território europeu em protecção integral.
Note-se que não há qualquer, mas rigorosamente qualquer, fundamento técnico nem para considerar 5, 10 ou 15% como limite adequado, como menos ainda existe qualquer demonstração de que é retirando toda a actividade humana de algum lado que se obtêm os melhores resultados de conservação, como se a gestão humana fosse intrinsecamente prejudicial e não pudesse ser orientada para a maximização do conteúdo de biodiversidade de uma área.
A razão para que tenhamos caminhado neste sentido é relativamente simples de indentificar: a racionalidade cartesiana na definição das políticas públicas de conservação foi completamente substituída pelo activismo sem qualquer base técnica racional.
De vez em quando, como neste caso, a academia lembra-nos de Camões, e sugere o "honesto estudo com longa experiência misturado", em vez de dar ouvidos a quem faz mais barulho à volta de um assunto.
E, é bom não esquecer, a ignorância bem intencionada mata mais que as más intenções: "the number of fire-induced fatalities in Europe is higher than, for example, the victims of terrorism", diz quem estuda o assunto.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
A Europa inteira tem este problema comum, que não ...
A lei foi escrita, essencialmente, por Almeida San...
Exactamente. Este país tem aturado tanta aberração...
"As elites globalistas portuguesas tal como os seu...
Caro Henrique,Normalmente estou de acordo consigo....