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Há cem anos, Königsberg era uma das mais alemãs das cidades alemãs. Foi capital da Prússia, o mais emblemático dos estados que deram origem ao Império Alemão. Era a cidade de Kant. 

Hoje chama-se Kaliningrado, faz parte da Rússia, e não há alemães por lá. Os alemães saíram, ou melhor foram forçados a sair, e integraram-se noutras geografia da Alemanha à América do Sul. Foi um processo doloroso, mas que a longo prazo funcionou. Iniciado em 1945, em 1955 já ninguém falava dela. 

A crise israelo-palestiniana dura há mais de 75 anos. Nestes anos os refugiados têm sido usados, pelos países árabes como peões políticos. São tratados como uns apátridas sem qualquer possibilidade, e muito menos incentivo, à integração. 

Israel tem 22.000 Km2, aproximadamente o tamanho do Alentejo. Os países árabes têm cerca de 6550000 Km2, cerca de 300 vezes mais área do que Israel. Será que a solução não deveria passar mais pela integração dos palestinianos nos países árabes do que na criação de uma "bomba demográfica" de refugiados apátridas? Sim, falo de "bomba demográfica" pois, apesar das alegações de genocídio, o número de "palestinianos" não cessa de crescer. 

Não nego que se trata de um tema sensível e que, politicamente, será sempre muito difícil de gerir. Agora ter, como temos, desde 1949, uma Agência das Nações Unidas específica para tratar desses refugiados e não se ver nenhuma solução à vista, muito antes pelo contrário, não me parece que seja a boa escolha. 

 


19 comentários

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De Anónimo a 30.10.2024 às 15:55


Dois argumentos:


(1) O problema dos refugiados palestinos foi provocado pela criação de Israel, a qual por sua vez foi uma decisão das Nações Unidas. Todos os estados árabes votaram contra essa decisão das Nações Unidas, mas a maioria dos outros países (que nessa altura não eram assim tantos) impuseram-na. Se foram as Nações Unidas a fazer a burrice - contra a opinião dos estados árabes - é justo que sejam elas agora a arcar com as consequências. Ou então - se forem capazes - a voltar atrás com a burrice que fizeram.



(2) Os países árabes têm todos ou quase todos sociedades essencialmente tribais. Não se trata de países no sentido europeu do termo, mas sim de conjuntos de tribos que vivem em conjunto. Nessas sociedades, para se ser cidadão do país tem que se ser membro de uma das tribos que o constituem. (Mais ou menos como na Suíça, cujos cidadãos são os cidadãos de um dos cantões, ou na União Europeia, cujos cidadãos são os cidadãos de um dos Estados-membro.) Os refugiados palestinos não são membros de nenhuma das tribos dos Estados onde estão e, como tal, não podem tornar-se cidadãos desses Estados. É pela mesma razão que um imigrante na Arábia Saudita ou nos Emirados Árabes Unidos nunca se torna cidadão desses países - permanece sempre um mero imigrante. Ora, numa sociedade tribal ninguém se torna membro de uma tribo a não ser, eventualmente, pelo casamento. Aliás, Israel é (creio eu) mais ou menos a mesma coisa - só se torna cidadão israelita quem fôr judeu ou se tornar judeu.
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De lucklucky a 30.10.2024 às 20:58

As consequências foi o ataque a Israel.  Não foi  a criação de Israel.
O Paquistão e o Bangladesh também foram criados da mesma maneira por exemplo. 




"Os países árabes têm todos ou quase todos sociedades essencialmente tribais." 
Sofisma, por essa ordem de ideias não existem Palestinianos, já agora quais as tribos do Reino da Jordânia?
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De Anónimo a 31.10.2024 às 10:21


<i>por essa ordem de ideias não existem Palestinianos</i>


De facto, o conceito de "palestinianos" foi inventado somente após a criação de Israel.
Até então, os palestinos consideravam-se sírios, na medida em que, na geografia árabe, a Palestina não existe como entidade separada, ela faz parte da Síria (tal como o Líbano e as partes não desérticas da Jordânia).
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De Anónimo a 31.10.2024 às 10:23


<i>O Paquistão e o Bangladesh também foram criados da mesma maneira por exemplo.</i>


Outro exemplo de criação de Estados que, como era previsível, deu para o torto. A criação do Paquistão e do Bangladesh deu origem a milhões de mortes e muitos mais milhões de refugiados, com traumas que duram até hoje.
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De Anónimo a 30.10.2024 às 16:04


Os alemães integraram-se noutras geografias da Alemanha à América do Sul.


Esta é uma comparação enganadora.



Os países da América (do Sul e do Norte) sempre foram, por definição, países de imigrantes. Basicamente, integram como cidadão qualquer pessoa que lá chegue, ou pelo menos os seus filhos.



A Alemanha Federal sempre foi, por definição, o país de todas as pessoas de etnia alemã. (Mesmo um polaco ou um russo ou um romeno ou um israelita que possa demonstrar que teve um avô alemão ou avó alemã, tem o direito de obter cidadania alemã.) Portanto, todos os refugiados da Prússia Oriental tinham à partida o direito à cidadania alemã, uma vez que eram de etnia alemã.



Os países árabes não são países de imigrantes nem têm cidadania ligada a uma qualquer etnia. Eles são somente conjuntos de tribos. (Tal como Israel, aliás, é o país da tribo dos judeus.) Uma pessoa ou pertence a uma das tribos, ou passa a pertencer a ela por casamento ou de outra forma (cada tribo tem a sua forma de receber novos membros), ou então não pode ser cidadão.
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De lucklucky a 30.10.2024 às 21:10


São "Países Árabes" mas não teem cidadania ligada a etnia...hmm interessante.


Para começar há milhões de não Árabes no Médio Oriente.
Quando as tropas americanas chegaram a Bagdad uma das coisas com que foram surpreendidos foram grafitis a dizer que os árabes deviam voltar para a terra deles..


Tudo o que diz e o que não diz justifica que existam muito mais países no Médio Oriente. Por exemplo o Curdistão.
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De Anonimo a 02.11.2024 às 10:30

Os mapas de África e sudoeste asiático foram desenhados por europeus 
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De Anónimo a 30.10.2024 às 16:29


Eu posso estar errado, mas creio que até há bem poucas décadas nenhum refugiado ou imigrante se integrava em Portugal, nenhum refugiado ou imigrante se tornava cidadão português, a não ser que se casasse com um português. A nacionalidade portuguesa era somente para portugueses de sangue; filhos de estrangeiros que nascessem em Portugal continuavam a ser considerados estrangeiros.

Só muito recentemente, sob a pressão de uma taxa de natalidade cada vez menor e, portanto, de cada vez menos portugueses "de gema", é que Portugal abriu, cada vez mais, os seus critérios de nacionalidade, atualmente permitindo que qualquer filho de estrangeiros se torne português desde que faça o ensino primário em Portugal.
É natural que os países árabes, que não têm qualquer problema de baixa natalidade - bem pelo contrário - e que já hoje têm excesso de população (aliás, o mesmo é verdade de Israel), não estejam com vontade nenhuma de aceitar que uma data de pessoas de origem estrangeira se tornem seus cidadãos. Portugal estava na mesmíssima situação há uns 80 anos...
(Se o autor deste post está tão interessado na integração dos refugiados palestinos numa sociedade de acolhimento, poderia instar Portugal a que aceitasse receber umas dezenas de milhares deles, dando-lhes cidadania e todos os direitos.)
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De M.Sousa a 30.10.2024 às 20:19

Dado o magnifico curriculum que apresentam: 
1971 - expulsos da Jordânia (para o Líbano) após um ano de confrontos com o exército local, que obrigou à intervenção do Paquistão em auxílio dos jordanos; 
1975 - estão no início da guerra civil libanesa, que dura até 1990;
1991 - expulsos do Koweit, na sequência do seu apoio à invasão iraquiana...
... não admira que ninguém os queira em lada nenhum.


No entanto, existe outro povo sem pátria no Médio Oriente, os curdos, cerca de 30 milhões de pessoas, que habitam um território com cerca de 500 mil Km2 (a área da França) repartido por quatro países Turquia, Síria, Iraque e Irão - todos campeões da causa palestiniana - que têm dispensado um tratamento deveras humanista, a este povo (Indo-europeu) e não vejo nenhum campeão humanisto preocupado com a sua sorte ... 
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De lucklucky a 30.10.2024 às 21:15

Ninguém quer refugiados Palestinianos pela lógica de poder que têm e os apoios da esquerda ocidental que têm. 
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De Anonimus a 30.10.2024 às 18:00

Alguns alemães foram para a América do Sul em 45 por razões. Forçados. Outros migraram para a América do Norte, que senpre acolheu mão dd obra qualificada, qualquer que fosse a orientação política. 
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De César a 30.10.2024 às 20:28

Talvez começar por perguntar porque é que, na sequência da guerra de 1948, os árabes a viver em Israel tiveram cidadania concedida, direito a voto, direitos civis etc e porque é que árabes que fugiram e foram para a Síria, Líbano etc foram colocados em campos de refugiados, sem lhes ser concedida cidadania dos países de acolhimento e demais direitos de cidadania como o direito de voto. 
Poderíamos também fazer outra pergunta sobre, no final da guerra de independência de 1948 e os respectivos acordos de armístício, quando o Egipto domina a Faixa de Gaza e a Jordânia domina a Cisjordânia, eu pergunto o porquê desses países árabes não fundaram um Estado da Palestina nessas duas regiões? Pois é, os interesses da época falavam mais alto...
É para um amigo....
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De Anonimo a 31.10.2024 às 17:40

Que amigo?
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De Albino Manuel a 30.10.2024 às 20:50

Ena ena, a defesa da limpeza étnica por aqui. Sim, foram expulsos quase todos da Prússia Oriental. O mesmo fizeram os checos com os alemães dos sudetas. Pontapé no traseiro e espingarda nas costas e aí marcharam eles a caminho da Baviera e arredores. Na Polónia ocidental também há boas histórias para contar. Por acaso, os alemães que deram à sola da Polónia e da Checoslováquia montaram associações que ainda hoje uivam alto. Noutros séculos nem falar. Há até um José que escreveu uma coisa chamada Antiguidades Judaicas que contou como tinha sido no século I lá para uma província levantina da Roma Imperial. Razão tinha São Paulo quando dizia que o homem volta ao vício como o cão ao seu vómito.
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De lucklucky a 30.10.2024 às 21:23

Já não são refugiados, é tudo exploração politica.
É como se os nossos 500000 retornados* com os seus descendentes ainda vivessem em "campos de refugiados".


*Note-se como foi decidido designar essas pessoas como retornados em vez de refugiados para não terem direitos.
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De Elvimonte a 31.10.2024 às 02:32

A solução para a crise palestiniana deveria passar, pelo menos em parte, pelo direito de retorno dos refugiados palestinianos, de acordo com várias resoluções da ONU desde 1948-49, algo que os sionistas sempre recusaram - esta é a minha correcção ao seu título.


"Count Bernadotte’s mediation mission was ended by his assassination by Israeli terrorists.  The UN  General Assembly, however, accepted his recommendations to establish formally the right of return of the Palestinians.


 UN establishes right of return of Palestinians – Resolution 194 (III)"
(https://www.un.org/unispal/document/auto-insert-210170/)


"As early as December 1948, the UN General Assembly called for refugee return, property restitution and compensation (resolution 194 (II)).  However, 75 years later, despite countless UN resolutions, the rights of the Palestinians 
continue to be denied. According to the UN Relief and Works Agency for Palestine Refugees (UNRWA) more than 5 million Palestine refugees are scattered throughout the Middle East. Today, Palestinians continue to be 
dispossessed and displaced by Israeli settlements, evictions, land confiscation and home demolitions." 
(https://www.un.org/unispal/about-the-nakba/) 


"On #WorldRefugeeDay, we reflect on the Nakba, which took place 75 years ago. During this event, pre-state Israeli militias forcibly displaced over 750,000 Palestinians from their ancestral homes on 15 May 1948. This marked the beginning of an ongoing process of apartheid and settler colonialism that persists to this day."
(https://simplicius76.substack.com/p/israeli-conflict-takes-eschatological)


(continua)
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De Elvimonte a 31.10.2024 às 02:33

(continuação)
Mas o que seria a Nakba sem o massacre perpetrado em 1948 em Deir Yassin pelo grupo terrorista (sionista) Irgun?


«Former member of the Irgun terrorist group and later Prime Minister of Israel, Menachem Begin summarized the orgy of executions at Deir Yassin: “Without what was done at Deir Yassin there would not have been a State of Israel,” he wrote in his book, The Revolt. “While the Haganah was carrying out successful attacks on the other fronts…The Arabs began fleeing in panic, shouting ‘Deir Yassin.’”»
(https://mondoweiss.net/2024/04/the-deir-yassin-massacre-reminds-us-every-zionist-accusation-is-a-confession/)


Podia continuar com esta linha de pensamento. Contudo, fruto das doses massivas de propaganda que lhe formataram a percepção da realidade que demonstra no post, duvido da utilidade de tal tarefa.


Passe-se a matéria de facto com algumas citações de distintos israelitas ilustrativas do seu pensamento e linha de acção.


“Let us not ignore the truth among ourselves…politically we are the aggressors and they defend themselves… The country is theirs, because they inhabit it, whereas we want to come here and settle down, and in their view we want to take away from them their country.” Speech by David Ben-Gurion, 1938, quoted in Zionism and the Palestinians by Simha Flapan, 1979.


"Jewish villages were built in the place of Arab villages. You do not even know the names of these Arab villages, and I do not blame you because geography books no longer exist. Not only do the books not exist, the Arab villages are not there either. Nahlal arose in the place of Mahlul; Kibbutz Gvat in the place of Jibta; Kibbutz Sarid in the place of Huneifis; and Kefar Yehushua in the place of Tal al-Shuman. There is not a single place built in this country that did not have a former Arab population." Moshe Dayan, address to the Technion, Haifa, reported in Haaretz, April 4, 1969.


(continua)
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De Elvimonte a 31.10.2024 às 02:36

(continuação)
"It is the duty of Israeli leaders to explain to public opinion, clearly and courageously, a certain number of facts that are forgotten with time. The first of these is that there is no Zionism, colonization or Jewish State without the eviction of the Arabs and the expropriation of their lands." Yoram Bar Porath, Yediot Aahronot, of 14 July 1972.


I don't mind if after the job is done you put me in front of a Nuremberg Trial and then jail me for life. Hang me if you want, as a war criminal. What you don't understand is that the dirty work of Zionism is not finished yet, far from it. Ariel Sharon to Amos Oz, editor of Davar, Dec. 17, 1982.


"We must use terror, assassination, intimidation, land confiscation, and the cutting of all social services to rid the Galilee of its Arab population." Israel Koenig, "The Koenig Memorandum". 


"We have to kill all the Palestinians unless they are resigned to live here as slaves." Chairman Heilbrun of the Committee for the Re-election of General Shlomo Lahat, the mayor of Tel Aviv, October 1983.


Uma lista de assassínios políticos cometidos por forças israelitas é também útil - https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Israeli_assassinations


Uma peça de 1923, da autoria de Ze'ev Jabotinsky - "padrinho" do Likud - e cuja leitura recomendo, intitula-se "Iron Wall" e pode encontrar-se aqui https://en.jabotinsky.org/media/9747/the-iron-wall.pdf. Logo no início pode ler-se: "Colonisation of Palestine". Algumas das obras de Israel Shahak e Ilan Papé constituem também referências importantes.


A terminar, uns videos recentes:
https://api.bitchute.com/embed/FQ9EBqlJ8KCf/ - Zionist insanity revealed
https://api.bitchute.com/embed/rPlzQwzS1scr/ - Israel Finance Minister reveals zionist plan
https://www.arte.tv/fr/videos/115065-000-A/israel-les-ministres-du-chaos/ - Israel, les ministres du chaos
https://www.youtube.com/watch?v=FkxJd88xkBU - Israeli Soldier's Explosive Tell-All: "Palestinians are Right to Resist"
                                                  ***
“The conscious and intelligent manipulation of the organized habits and opinions of the masses is an important element in democratic society. Those who manipulate this unseen mechanism of society constitute an invisible government which is the true ruling power of our country." (E. Bernays, Propaganda, 1928)


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