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Contra todas as expectativas, afinal António Costa é um reformista. Antes o plano era mascarar a total incompetência do Governo e do Estado, a esperança que os Portugueses não reparassem. Percebeu que começava a ser difícil mas que havia uma solução fácil, uma profunda reforma: prevenir os problemas, basicamente impedindo que as pessoas possam viver. O Covid foi a inspiração. Se as pessoas ficam em casa para salvar o SNS, porque não proibir tudo o que possa desmascarar a impotência e incompetência? Basta proibir que as pessoas fiquem doentes, comam bacalhau à Brás, andem de comboio, proibir concertos em tempos de incêndio e o que mais iremos ver nos próximos tempos. Basta um risco, tira-se a liberdade. Para o bem de todos, para quem é privado da sua liberdade, para o Estado que não corre o risco de ter que explicar porque nada funciona.
Ouvi hoje o Sr. Costa, candidamente, lembrar que a proibição é boa para os proibidos, que assim não correm riscos (nem têm que tomar decisões: o bom Estado trata do assunto). É bom para todos, para o Estado e para os patetas dos cidadãos que não têm capacidade de tomar decisões em função de recomendações, essas sim, que o Estado deveria fazer em situações anormais.
A liberdade vai sendo removida em fatias cada vez menos finas até, quem sabe, uma revolta ou, mais possivelmente, que tenhamos que fazer a dieta do regime, a vida social do regime e termos as ideias do regime. Já faltou mais.
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