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A redacção do Observador - a parte da opinião é bastante mais diversa e equilibrada - calculo que seja uma redacção clássica, com forte preponderância do viés comum no jornalismo português.
No que diz respeito à epidemia, no entanto, ultrapassa largamente o admissível e parece um grupo de sectários a defender a sua dama, sem qualquer respeito por princípios e regras mínimas da profissão.
Tomemos um exemplo que é isso mesmo, um mero exemplo.
"Em Espanha, ... Era como se a Covid-19 tivesse dado tréguas a um país que chegou a lamentar a morte de quase mil pessoas num só dia. Mas não deu. A partir de meados do mês passado vieram os ‘brotes’, com vários surtos em diversas regiões no país, e o número de novos casos de infeção pelo novo coronavírus voltou a subir para os quatro dígitos. As mortes continuaram por muito tempo a roçar o zero ... mas só na terça-feira foram registadas 26 vítimas num só dia. O fantasma da segunda vaga parecia ter chegado. E a Covid-19 ameaçava novamente com força os nossos vizinhos do lado."
Realmente, olhando para a média de sete dias, embora estejamos a falar de valores que são um terço dos de Março, ainda assim estamos a falar de dois mil e quinhentos casos, ou seja, no artigo em questão, a covid 19 ameaça em força Espanha.
Mas olhando para a média dos sete dias de mortes, que mede melhor o real impacto da epidemia, verificamos que a jornalista resolveu escolher um dia não representativo, dramatiza a informação com "só na terça-feira foram registadas 26 vítimas num só dia", omite que se trata de um valor excepcional que fez elevar a média de sete dias dos dois ou três mortos anteriores para seis a oito, média essa que deve ser comparada com as cerca de 850 mortes diárias do princípio de Abril e esquece-se de dizer os cerca de 30% de casos actuais em relação ao pico correspondem a menos de 1% das mortes actuais face ao pico, ou seja, afinal a covid 19 até pode ameaçar de novo Espanha, mas seguramente não em força, como pretende a jornalista.
Toda a peça vai no mesmo sentido: "Não são caso único. Do outro lado do mundo, na Austrália, após um outono controlado, os números dispararam em flecha".
Tem razão, o número de casos na Austrália sobe em flecha (como é normal ao comparar o Inverno actual com o Verão de Março/ Abril de uma doença respiratória).
Já têm 500 casos diários e morrem menos de 15 pessoas por dia, um verdadeiro drama. Acho eu, claro, que como não tenho termo de comparação com o que são os números de mortes diárias na Austrália, e qual a dimensão da mortalidade excessiva atribuída à gripe todos os anos, não tenho qualquer base para saber se realmente é um drama ou não, mas não é o Observador que me vai dar indicações nesse sentido, informação para quê quando se pode ter drama e emoção, embrulhados na boa intenção de sermos todos partes essenciais do controlo de uma epidemia?
"França e Países Baixos veem-se com um gráfico em subida contínua e admitem também a existência da segunda vaga".
Pois é, falar do aumento de casos sem explicar que a esse aumento de casos não corresponde um aumento de mortalidade (nem de cuidados de saúde relevantes), e que os números da mortalidade em França estão abaixo de dez e nos Países Baixos quase em zero, serve exactamente para quê?
Manuel Carmo Gomes explica, na mesma peça, para que serve:
"Mas algo de fundamentalmente diferente vai ocorrer já no próximo mês: o regresso às aulas presenciais, recorda Manuel Carmo Gomes. As crianças vão voltar às escolas, os pais regressam ao trabalho no lugar habitual, o frio do outono levará mais gente para dentro de espaços mal ventilados e, de um momento para o outro, o país entra no verdadeiro desconfinamento ... Mas ninguém pode prever a dimensão dessa onda: depende do número de testes, da capacidade de resposta do sistema de saúde, das medidas de contenção exigidas pelas autoridades e do grau de respeito da população por elas. No Japão, por exemplo, um país que controlou bem a primeira fase a epidemia, as medidas de contenção foram levantadas tão repentinamente que o número de casos disparou".
Tem razão Senhor Professor, o número de caso actual no Japão é o triplo dos que existiam lá para Março/ Abril.
Mas talvez fosse razoável olhar para a mortalidade para ser perceber quais são as consequências deste aumento que tanto o assusta, Professor.
Olha, olha, três vezes mais casos, uma coisa que parece assustadora, mas afinal das mais ou menos vinte mortes diárias de Março/ Abril, passámos para umas quatro agora. Sendo assim, qual é mesmo o seu problema, Professor?
Eu sei, Senhor Professor, eu sei qual é o seu problema, é o mesmo dos editores da revista que recusaram um artigo de Gabriela Gomes: "Given the implications for public health, it is appropriate to hold claims around the herd immunity threshold to a very high evidence bar, as these would be interpreted to justify relaxation of interventions, potentially placing people at risk."
Legitimamente, o Professor está convencido de que a epidemia responde essencialmente aos contactos humanos e não à sua dinâmica interna. É uma posição legítima e, na verdade, uma das hipóteses mais frequentes nos meios científicos, apesar da evidência empírica associada a esta ideia não ser sólida.
E a redacção do Observador também está absolutamente convencida disso.
Só que recusar as hipóteses alternativas de explicação para a dinâmica da epidemia já não é ciência, é apenas opinião política e é absolutamente ilegítimo sugerir que a abertura das escolas vai causar grandes problemas omitindo a parte da informação existente que levanta dúvidas sobre as suas ideias.
Isso não é nem ciência, nem legítimo.
E a redacção do Observador continuar nesta campanha absurda para a imposição de um pensamento único não é só ilegítimo.
Muito mais para perigoso para um jornal, é mesmo mau jornalismo, transformado em campanha política com base em processos de produção de material jornalístico assentes no desprezo por regras básicas do jornalismo.
Quando precisaram dos leitores, os leitores corresponderam, mas de cada vez que decidem publicar peças destas (e fazem-no todos os dias, várias vezes ao dia), é a base de confiança da vossa relação com os leitores que estão a minar.
E é pena.
Infelizmente não é só o observador a fazer eco desta alienação de massas mas toda a comunicação social. Felizmente existe a Internet e com ela a possibilidade de tentar desmistificar qualquer paranóia, mesmo que mundial, como se pode constatar através deste artigo da estudosnacionais.com.
“Cento e quarenta médicos espanhóis denunciam um possível desastre mundial provocado por autoridades
No passado domingo (dia 02), a Associação dos Médicos pela Verdade (AMV) questionou, publicamente, a versão oficial do Coronavírus veiculada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a publicação na Estudos Nacionais.Com (https://www.estudosnacionais.com/27490/medicos-da-espanha-denunciam-possivel-fraude-mundial-e-questionam-pandemia/), os médicos reuniram-se no Palacio de La Prensa, em Madrid, com mais de quatrocentos profissionais da área médica.
Heiko Schöning, representante da Comissão na Alemanha, mencionou a existência de um relatório oficial do Ministério do Interior do governo alemão, indicando que o risco da pandemia foi superestimado e provavelmente o perigo representado pelo vírus chinês foi além do nível normal, encerrando com uma revisão de 04 pontos fundamentais das investigações das autoridades pela Associação de Médicos pela Verdade - lê-se na notícia da Estudos Nacionais.Com (https://www.estudosnacionais.com/27490/medicos-da-espanha-denunciam-possivel-fraude-mundial-e-questionam-pandemia/).
No Brasil, outros pesquisadores de renome já alertavam para algo estranho na pandemia, entre os quais, o professor Marcelo Hermes de Lima.
Na sequência, as conclusões que foram destacadas são estas:
1 – Máscaras não são recomendadas.
2 – O confinamento de pessoas saudáveis não é recomendado.
3 – Os testes não são confiáveis, portanto, nem as estatísticas de infectados.
4 – O número de mortes também não é confiável porque, embora os pacientes tenham coronavírus, eles geralmente morrem por outras patologias.”
São 34 as conclusões e todas apontam no sentido de desmistificar esta pseudo pandemia, vale a pena ler.
Não sei porque não tem mais divulgação. Espero que o tempo se encarregue de repor a verdade
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