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A propósito do palco-altar muitas vozes se levantaram. O facto das pessoas se colocarem questões, procurarem entender e exigirem transparência é, em si, positivo. Claro que à boleia de uma postura de exigência cívica, que é de louvar, veio o jacobinismo mais bacoco, presente em tantas mentes.
Um dos argumentos jacobinos, que aparece de forma recorrente, é que deveriam ser os católicos, exclusivamente, a financiar a organização. Pois bem, este evento não se limita a uma simples celebração católica. Este mega evento surge de um concurso que tem um caderno de encargos e ao qual, como por exemplo para a organização dos Jogos Olímpicos, concorrem diversas cidades. Nenhuma cidade é "obrigada" a concorrer, se não quer colaborar na organização do evento, há várias outras que se predispõem a fazê-lo.
A candidatura portuguesa foi apoiado por um PM socialista, um autarca socialista e um autarca comunista, afirmando-se os três como ateus. Bernardino Soares dizia que " “Esta localização foi uma alavanca para um legado que o Papa vai deixar. Um espaço que vai ficar para benefício das populações” enquanto Medina afirmava " “A mensagem do Papa é muito mais vasta do que uma mensagem de fé dirigida aos católicos. Tem um carácter social e económico universal”.
Acho muito bem que haja consciência cívica e vigilância democrática, aliás devo ter sido dos primeiros, que quando soube dos balores envolvidos na construção do palco-altar, ainda antes da "indignação" tomar conta das redes sociais, a dizer que mais informação era necessária para aferirmos acerca da "bondade" da obra. As JMJ deverão ser o evento mais vigiado e escrutinado que jamais aconteceu em Portugal, está criado o ambiente para isso.
Eu gosto de vigilância e escrutínio, no entanto temo que a motivação para estes neste caso concreto, não será tanto os portugueses terem descoberto, em si, uma exigência democrática escandinava, devendo antes ser a militância antireligiosa e a mesquinhez.
Pode ser que esteja enganado, mas temo que muitas motivações em torno de um evento que tem muito para ser acarinhado não sejam as mais nobres. Aliás, o espectáculo de "passa-culpas" a que assistimos esta semana tem sido profundamente deprimente.
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