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A Palestina e o direito

por henrique pereira dos santos, em 27.12.23

De vez em quando escrevo (relativamente pouco e, tanto quanto possível, com base no que consigo identificar como factos verificáveis) sobre o conflito na Palestina.

Frequentemente há pessoas que fazem comentários a dizer que o direito internacional isto e aquilo, razão pela qual tiram esta ou aquela conclusão.

Para mim, a não ser em questões marginais, o conflito na Palestina dificilmente pode ser discutido com base no direito, porque o direito, para ter relevância numa comunidade, precisa de duas coisas: 1) um razoável acordo sobre as questões morais em que se baseiam as normas; 2) um aparelho jurídico e repressivo eficiente para lidar com os que infringem as regras.

Nenhuma destas duas condições se verificam na Palestina (estou a usar o termo Palestina em sentido geral, inclui a área geográfica governada pelo Estado de Israel), parece-me.

Por outro lado, o que está em causa não é um conflito entre israelitas e palestinianos (na verdade são todos palestinianos, com diferentes origens, quer de um lado, quer do outro), mas um conflito entre o Estado de Israel, alguns Estados árabes e organizações políticas armadas.

Se os Estados, de um lado e do outro, têm algum respeito pelas regras do direito, algumas das organizações políticas armadas, nomeadamente o Hamas, não aceita qualquer validade a regras que não sejam as da Sharia e, por maioria de razão, na guerra, desde que declarada como santa, não existe outra regra que não o respeito pela vontade de Alá.

O Hamas não usa uniformes, embebe a sua estrutura militar em zonas civis, usa os civis para proteger essa infraestrutura e os seus combatentes, que podem ser crianças ou adolescentes indistinguíveis da população civil, liquida sem qualquer processo judicial os que define como seus inimigos, não respeita o direito de expressão, o direito de propriedade, o de reunião, o de manifestação, recorre permanentemente à mentira e manipulação da informação, etc., etc., etc., e tudo isso lhe parece normal porque é a vontade de Alá (pelos menos na interpretação que os membros do Hamas lhe dão).

O Estado de Israel é uma Democracia rodeada de regimes autocráticos, reconhece os direitos de oposição, expressão e manifestação, mesmo em tempo de guerra, etc., etc., etc..

A estrutura de comando e administrativa da ONU passa o tempo todo a apelar ao respeito de Israel pelas regras da guerra, ao mesmo tempo que permite o financiamento e o apoio a grupos políticos armados que não demonstraram, nunca, o menor respeito por essas regras e, ainda, ao mesmo tempo que ignora as questões prévias ao direito que estão na base da conflitualidade na região.

Com certeza os dois lados do conflito (o Estado de Israel e o Hamas, e não israelitas e palestinianos), como acontece em todas as guerras, violarão as regras gerais que os países civilizados aceitam como devendo regular a guerra e, como em todas as guerras, serão os civis os mais afectados pela guerra.

Faz sentido discutir o esforço que cada um dos lados faz para limitar os efeitos das suas acções bélicas sobre os civis.

O que não faz sentido nenhum é discutir o que se passa num conflito entre um Estado e um grupo político armado com base na obrigação do Estado respeitar regras que o outro lado não reconhece e, pelo contrário, pretende explorar estrategicamente o repeito de terceirs pelas regras para criar condições de que resulte o maior número de baixas civis possível.

Mesmo no combate ao terrorismo os Estados devem manter o cumprimento das regras (por exemplo, não podem cometer assassinatos sem processo jurídico), isso é certo, só que isso é válido para todos os Estados, incluindo aqueles que apoiam, financiam, treinam ou, no mínimo, consentem a existência de grupos políticos armados que atacam estados terceiros.

Ao longo de todo o século XX e XXI, a comunidade internacional não tem conseguido garantir soluções que evitem as guerras entre diferentes grupos sociais em toda a região do médio-oriente, razão pela qual cada grupo se pretende armar e resolver pelas armas o que não consegue resolver de outra maneira.

A mim parece-me que o recurso à retórica legal e as referências ao direito internacional são apenas o biombo atrás do qual a comunidade internacional pretende esconder-se para não ter de reconhecer o seu fracasso.

Só isso explica que, até hoje, Guterres (aqui citado como símbolo, poderia ter escrito, a comunidade internacional e o aparato burocrático da ONU) venha apelando a um cessar fogo sem nunca, em nenhum momento, apresentar a mais ténue ideia alternativa de como pode o Estado de Israel defender-se de um grupo político armado que não respeita nenhuma regra, nenhum cessar fogo, se entender que não respeitar qualquer regra ou acordo se traduz num ganho para a sua causa (que é a causa de Alá, convém ir repetindo, não é a causa das pessoas comuns que vivem naquelas terras).

O que o Estado de Israel está a fazer é, com certeza, terrível.

Mas que adianta constatar isso se eu não consigo descrever o que poderia fazer em alternativa?


17 comentários

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De balio a 27.12.2023 às 16:45


O que poderia fazer em alternativa seria gerir o problema, em vez de tentar a todo o custo eliminá-lo.
Ou seja, em vez de tentar eliminar completamente o Hamas, coisa que provavelmente é possível a curto prazo mas impossível a médio prazo (isto é, é possível matar todos os atuais guerrilheiros, mas é impossível impedir que novos guerrilheiros venham a ser formados), Israel poderia tentar diversas medidas de contenção (defesa) que limitassem os danos que o Hamas é capaz de causar.
A começar, claro, pelo sistema Iron Shield que protege Israel de foguetes e mísseis, e continuando com as diversas medidas de controle fronteiriço que impedem os guerrilheiros do Hamas de penetrar em Israel.
Todas essas medidas têm possíveis falhas, claro, como ficou claro a 7 de outubro. Mas também aquilo que Israel está presentemente a tentar fazer provavelmente falhará, a médio prazo.
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De lucklucky a 27.12.2023 às 17:00


Bom texto, mas há mais.


Guterres e a ONU o seu complexo burocrático apoiam o Hamas e o terrorismo. Empregam membros do Hamas nas sua organização e financiam o Hamas, são parte do problema e um inimigo do Ocidente.

"por exemplo, não podem cometer assassinatos sem processo jurídico"



O que é que é um assassinato em guerra?
Quando se mata um soldado não é assassinio mas um chefe militar politico já é?
A morte de Yamamoto foi um assassínio?
A morte de Reinhard Heydrich foi um assassínio?



 "violarão as regras gerais que os países civilizados aceitam como devendo regular a guerra"

Como assim? segundo as regras do exército dos EUA que protege a "moralista hipócrita" Europa, sob ordens de um oficial os soldados estão autorizados a violar a Convenção de Geneva como retaliação a ataques que violam as mesmas regras para forçar o inimigo a respeitá-las.
A resposta civilizada à violação das convenções de guerra  pelo inimigo que ganhar vantagem em fazê-lo é fazer o mesmo se não existir alternativa melhor.
É essa a regra dos países civilizados que faz com que USA, França, UK  tenham armas nucleares para destruirem cidades, e dezenas de outros países civilizados escolheram estar protegidos pelas mesmas regras incluindo os tugas do nojo Guterres.


A Suécia, Finlandia foram logo esconder-se atrás dos  Americanos para se protegerem quando as coisas deram para o torto.
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De JPT a 27.12.2023 às 19:04

Como diria o meu Pai, "vamos lá por partes". É inegável que, nas circunstâncias concretas deste conflito, criadas pelo Hamas, é impossível a Israel cumprir o “Jus in bello”, ou seja, as regras da guerra. E não vale a pena repetir porquê, o HPS já o explicou. É também evidente que, face ao ataque selvagem de que foi vítima, assistia e assiste a Israel o “Jus ad bellum”, ou seja, o direito a reagir, reacção que é legítima até à derrota do Hamas: ou seja, até à sua eliminação total de Gaza, "whatever the cost may be" (cito Churchill, porque, tal como os nazis, o Hamas não é um "inimigo racional", com o qual se possa negociar um armistício). Logo, não faz sentido qualquer “cessar-fogo”, salvo mediante a rendição do Hamas ou a sua expulsão de Gaza (como sucedeu aos combatentes da OLP no Líbano, há 40 anos). Mas Guterres tem toda a razão quando afirma que o ataque selvagem do Hamas não aconteceu no vácuo: Israel viola, “de facto” e “de jure”, o Direito Internacional, desde logo, a mesma Resolução da ONU que fundamenta a sua existência enquanto Estado Judaico na Palestina, pois ocupa, coloniza e até anexou territórios situados na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental e, objectivamente, inviabiliza a constituição de um Estado Árabe soberano nesses territórios (tendo, aliás, usado o mesmo Hamas que agora se vê obrigado a erradicar, para enfraquecer o governo do “bantustão” da Fatah que vegeta em Jericó). E, uma coisa era violar temporariamente essas leis, enquanto assegurava a paz com o Egipto e a Jordânia (estados contíguos dos territórios palestinianos), mantinha negociações com a OLP (após esta ter reconhecido o direito de Israel à existência), e demolia colonatos ilegais, outra é ter no seu governo e no seu corpo diplomático quem, não só cessou essas negociações e intensificou a expansão dos colonatos e da rede militar que os protege, como verbaliza que jamais haverá uma solução de dois Estados. A nossa Guerra Colonial também começou com um ataque selvagem contras as nossas populações, que matou milhares de inocentes (dos quais, por sinal, ninguém se lembrou na efeméride de 2021), e também aí era quase impossível distinguir os combatentes da população, mas isso não justificou, nem uma guerra de treze anos, nem (todas) as brutalidades nela praticadas. Assim, se este horrendo episódio não tiver sido suficiente para os eleitores israelitas perceberem que não lhes aproveita votar em quem lhes promete a "segurança" à custa da violação ostensiva do Direito Internacional e dos direitos humanos dos árabes da Palestina (pessoas a quem também se aplica o monólogo do Shylock), então eles deverão ser persuadidos do seu erro, tal como sucedeu aos eleitores da África do Sul (talvez porque os africâneres pesassem menos na política dos EUA do que os judeus e os negros).
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De lucklucky a 27.12.2023 às 23:10

Continua a farsa.
Não há "direito internacional" quando as leis não são iguais para todos. 
Não há nada que desocupar o que quer que seja enquanto o outro lado não se render, nem vou falar dos casos onde o direito internacional reconheceu crimes.
Pergunta: Alguma vez a França desocuparia a Alemanha Nazi e deixaria os Nazis no poder?
A OLP não reconhece o direito a Israel existir, está na bandeira, está no que dizem e escrevem em Árabe, está no fundo dos mártires de apoio a todos os terroristas inclusive do Hamas.




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De balio a 28.12.2023 às 10:10


se este horrendo episódio não tiver sido suficiente para os eleitores israelitas perceberem que não lhes aproveita votar em quem lhes promete a "segurança" à custa da violação ostensiva do Direito Internacional e dos direitos humanos [...], então eles deverão ser persuadidos do seu erro



Curioso entendimento da democracia este, em que se advoga que os eleitores de um país sejam persuadidos (presumo que por outros países) a votar em quem devem.
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De JPT a 28.12.2023 às 10:47

É "curioso" o meu entendimento? Não deve ter reparado, certamente, nas pressões a que têm sido sujeitos os eleitores polacos (com sucesso, aliás), húngaros ou turcos. E não deve, portanto, ter percebido para o que serviu o famoso "quantitative easing" do BCE (infelizmente, no nosso caso, serviu para gramarmos oito anos de Costa). Enquanto os eleitores israelitas estiverem convencidos de que a resolução da questão palestiniana não pesa no seu bolso, já se percebeu que nada farão para mudar o "status quo", que entendem (mesmo perante a presente evidência do contrário) que melhor garante a sua segurança. Ora, a resolução da questão palestiniana não devia ser indiferente para a comunidade internacional, não só por razões legais e humanitárias, mas também por razões económicas, pois manter aqueles territórios absorve grande parte dos recursos das Nações Unidas, de outras organizações internacionais de auxílio humanitário e até da ajuda externa dos estados ocidentais. Por tal, obviamente que sim, a comunidade internacional (ou seja, o Ocidente) devia usar os meios de que dispõe para pressionar os eleitores israelitas a votar em políticos que se proponham resolver a questão palestiniana em conformidade com o Direito Internacional, tal como fez, com sucesso, no caso sul-africano.
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De henrique pereira dos santos a 28.12.2023 às 10:56

Os eleitores israelitas já votaram e tiveram partidos de todo o espectro político, de maneira que não percebo a sua tese de que mudando o governo israelita, se muda alguma coisa na política de agressão árabe.
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De JPT a 28.12.2023 às 11:34

Nos 27 anos decorridos desde 1996, o Likud esteve no poder 22 anos, sendo que, em 3 dos restantes 5, o governo foi liderado pelo Kadima, uma dissidência dos "moderados" do Likud, liderada por Ariel Sharon e, depois deste ficar incapacitado, por Ehud Olmert - "moderados", portanto, apenas se comparados com Netanyahu. "Política de "agressão árabe" é o Hamas? Sim, esse não muda nem mudará. Mas quem é que, em 2006, decidir evacuar Gaza, à revelia da Autoridade Palestiniana, entregando-a ao Hamas, e permitindo associar esse movimento à retirada israelita, nas vésperas das eleições para a Autoridade Palestina? E quem tirou proveito que, nessa eleições, o Hamas tirasse o poder à OLP e à Fatah e deixasse de haver um interlocutor "racional" representativo do lado palestiniano, tal como, em 95 e 96, já tinha explorado os atentados do Hamas para pôr em causa a execução dos Acordos de Oslo? (a resposta está lá em cima)
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De lucklucky a 28.12.2023 às 13:34

" Mas quem é que, em 2006, decidir evacuar Gaza, à revelia da Autoridade Palestiniana, entregando-a ao Hamas"



Isto é pura e simples mentira. Quando se desce a este nível de "esquecimento"..   Em 2005 Gaza foi entregue à Autoridade Palestiniana e fez-se eleições que o Hamas ganhou.  Em 2007 o Hamas fez um golpe em que tentou massacrar em Gaza os membros da Fatah.


Em nada do seu texto, os Palestinianos são obrigados a coisa alguma.


Veja-se esta pérola:
"já tinha explorado os atentados do Hamas para pôr em causa a execução dos Acordos de Oslo"
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De JPT a 28.12.2023 às 16:17

Tem razão num ponto, não foi em 2006, foi em Setembro de 2005 que os Israelitas evacuaram Gaza. Quanto ao mais, é factual. Foi uma decisão unilateral do governo de Ariel Sharon; foi o Hamas a ficar com o controlo "de facto" de Gaza (já o tinha antes); e em Janeiro de 2006, naturalmente, o Hamas ganhou as eleições para o parlamento da Autoridade Palestiniana, com uma esmagadora votação em Gaza, e Sharon tinha o que queria: viu-se livre de Gaza, com (na altura) 1,5M de árabes e nenhum interesse económico que justificasse o custo financeiro, político e humanos da ocupação, tudo à custa de meia dúzia de colonatos indefensáveis, cujos membros transitaram para a Margem Ocidental. Do processo de paz, face à conhecida posição fanática do Hamas sobre Israel e à divisão definitiva dos Palestinianos em dois campos em guerra aberta, nunca mais se ouviu falar. Tem o direito a fazer-se de sonso, e fingir que Sharon não planeou rigorosamente tudo aquilo que aconteceu, e que tudo o que ele sempre quis foi "libertar os árabes de Gaza" - mas estamos a falar de quem "escreveu o livro" que Netanyahu se limita a copiar, de quem concebeu a invasão do Líbano e deixou que os falangistas se divertissem em Sabra e Chatila, de quem lançou a segunda Intifada, de que teria tomado o Cairo se não o tivessem mandado parar, do ideólogo da política de colonatos na Margem Ocidental e... em Gaza - pelo que agradeço que não me peça que o imite. PS: "pérola?": a campanha para as eleições para Primeiro-Ministro de Israel de 1996 (que Bibi ganhou a Perez por 15 mil votos), foi só e apenas sobre esse tema, se não sabe, por informar-se: https://www.nytimes.com/1996/05/27/world/peres-and-his-foe-do-verbal-battle-in-sole-tv-debate.html.
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De lucklucky a 28.12.2023 às 13:21


Pelos vistos não faz parte do direito internacional para alguns Israel defender-se do culto de morte palestiniano que o que o quer  destruir. 


Diga-me o apartheid das mulheres  e das religiões que não a muçulmana nos países muçulmanos  faz parte do Direito internacional? Ou aí já não conta?
E o "auxilio humanitário".
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De Anonimo a 27.12.2023 às 19:52

Direito nao há, para haver Direito teria de haver Tribunais isentos e reconhecidos e as Nações Unidas não poderiam ter vetos.
Existe real politik.


Israel não consegue destruir (a não ser que acreditem que sim, mas não quer) o Hamas, caso contrário já o teria feito, pois tem meios para teoricamente o fazer. 


Eu costumo terminar no penúltimo parágrafo. Moralmente, não há mas.
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De Filipe Costa a 27.12.2023 às 23:56

Eu não acredito que todos os palestinos sejam do Hamas, mas se houvessem eleições... eu entendo Israel, não quer uns malucos ali ao lado, mas têm malucos por todo o lado.
Isto é dificil de resolver, por mim começava por dar trabalho aos palestinos, viver à conta, dá nisto.
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De lucklucky a 28.12.2023 às 13:27

Já deu centenas de milhares de postos de trabalho quer em Israel, quer na própria Palestina, os Palestinianos até iam ás universidades nos colonatos.
Claro que como temos o jornalismo Marxista nada disto é dito ou escrito.


Tal como imagino que não saiba que em Gaza antes do massacre de 7 de Outubro  existia um envidraçado stand da Mercedes no bairro do Hamas, mas o discurso nos jornais: Expresso, Publico, AP e outras agências.  era  que faltava tudo em Gaza.


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De marina a 28.12.2023 às 10:14

felizmente para israel que os palestinos não tivessem tido  nunca um exército organizado e "legal" , posto que não poderia entrar pelo território dos outros , roubando-o. o inexistente exercito palestino teria de defender o seu solo dos colonos  judeus ladrões , não era?    haveria sempre guerra , afinal  , direita ou torta.
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De Jorge a 28.12.2023 às 11:30

Fatah, Hamas, Olp, Heszballah, Alqaeda, Isis, irmandade muculmana, Boko Harem etc tudo a mesma malta, o mesmo ódio e a mesma religião .  Devem fartar-se de rir qdo ouvem os doutores ocidentais a discutir o direito internacional....
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De Marques Aarão a 28.12.2023 às 12:12

Será que Guterres vai saber fazer as contas ao ler este contundente postal?

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