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A mulher de Cesar

por Jose Miguel Roque Martins, em 23.05.22

A invasão da Ucrânia pela Rússia, só tem um lado menos negativo: lembra o valor da paz e do direito internacional.No dia a dia, só assistimos à brutalidade característica da guerra, apimentada por atrocidades sem justificação. Uma vez aberta a caixa de pandora, os horrores não têm fim. 

Hoje, em todos os jornais,  lemos a condenação à pena perpetua de um soldado Russo que assassinou um Ucraniano. Acompanhei o processo e aparentemente a culpabilidade do réu, que confessou o crime sem sinais de ter sido coagido, não é questionável.

Apesar de tudo, acredito ser muito imprudente que países em guerra julguem directamente soldados ( ou civis ) do outro país. No mínimo, poderemos ficar com duvidas do equilíbrio e justiça das condenações e penas aplicadas ou da real verificação das garantias dos direitos dos acusados. Nem a Rússia nem a Ucrânia são membros do  tribunal penal internacional que serve exactamente o propósito de garantir isenção ao julgamento destes casos.

Não espero qualquer equilíbrio nos julgamentos que a Rússia venha a fazer no futuro próximo, nomeadamente quanto aos soldados do regimento Azov e, se a prisão perpetua, poderá já ser questionável, não é impossível que a pena de morte seja permitida na Rússia.

Provavelmente não alteraria nada no plano pratico,  mas acredito que a Ucrânia deveria ter pedido a intervenção do tribunal penal internacional neste caso, mesmo que a mesma fosse negada. 

 

 

 


6 comentários

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De anónimo a 23.05.2022 às 19:20


Em teatro de guerra por acto de desobediência a ordem de um superior, condenar soldados, cabos, sargentos, oficiais subalternos ou mesmo oficias superiores devidamente enquadrados -em teatro de guerra- é caricato.

Em teatro de guerra um militar simplesmente obedece a uma ordem do superior sob pena de até, sumáriamente, poder ser alvo de fuzilamento no local da desobediência. O que se passa por ali?. Que teatro absurdo é aquele?.


Aonde está quem deu a ordem.. de "reocupar" com uma operação milirtar especial a Ucrânia?. Foi este sargento?.

Em Nurenberga foram julgados -alguns foram condenados- quadros superiores, políticos e militares.
 
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De Anónimo a 24.05.2022 às 05:54

Subscrevo.
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De entulho a 23.05.2022 às 21:35

a lei do mais forte
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De s o s a 23.05.2022 às 23:00

bem, cada vez mais se fala num novo mundo,  que esta ordem está a mudar, nao será tanto a ordem em si, mas os protagonistas, tipo o "centro" do poder ser deslocado na geografia, e bem se percebe o pavor dos atuais senhores da coisa mundial.


Diria, direi, e digo aqui justamente essa novAidade de um pais em guerra fazer julgamentos e tais tais. 
Mas o  Autor do post nao explora nem indicia o proposito. Há seguramente um proposito, e esse é que seria interessante conhecer. 
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De Anónimo a 24.05.2022 às 06:06

Vinte anos! Que sabe da vida este soldado de vinte anos? Obedecer às ordens superiores que lhe deram (e que ordens, Santo Deus!) e pouco mais!...


"Lá longe, em casa, há a prece:

«Que volte cedo, e bem!»

(Malhas que o Império tece!)"

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De balio a 24.05.2022 às 12:29


Entretanto, a Ucrânia e os seus muitos aliados enfrentam um problema bicudo: como fazer sair da Ucrânia aquilo que eram as suas principais exportações - produtos agrícolas, ferro, e aço? Antes da guerra essas exportações saíam por mar mas agora não podem, já porque os navios russos controlam o mar, já porque os ucranianos minaram o porto de Odessa para evitar uma tentativa de desembarque russo.
É um problema insolúvel, porque
(1) Havendo sanções comerciais dos EUA e da Europa contra a Rússia, tem toda a lógica que a Rússia também imponha sanções comerciais contra a Ucrânia.
(2) Havendo fornecimentos de material de guerra à Ucrânia por parte dos EUA e da Europa, qualquer navio cargueiro que aportasse em Odessa, nominalmente para fazer sair da Ucrânia as suas exportações, seria suspeito, aos olhos dos russos, de estar a trazer armas para a Ucrânia.
Portanto, os russos têm todas as boas razões para manter os seus navios a bloquear Odessa - e a Ucrânia tem todas as boas razões para manter as águas em torno de Odessa minadas.

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