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"A mí me infunden tristeza"

por henrique pereira dos santos, em 03.04.20

Como se pode verificar (escolham a base de dados que quiserem e olhem para os gráficos de casos confirmados, cuidados intensivos, mortalidade, o que quiserem), a generalidade dos países europeus estão já para lá do seu pico, em pleno planalto ou a começar a descida, independentemente da forma como lidam com a epidemia.

E no fim de Abril/ princípios de Maio, estará tudo tranquilo, quer na Europa, quer nos Estados Unidos.

A cegueira da imprensa em relação a estes sinais será ensinada nas escolas durante muitos anos, olhar hoje para os gráficos de evolução em toda a Europa e para a capa dos jornais portugueses "A mí me infunden tristeza".

Portugal passou o pico da epidemia há dias, ainda terá, talvez, algum crescimento da mortalidade e das pessoas em cuidados intensivos (há um desfasamento de pelo menos uma semana em relação à mortalidade e provavelmente um pouco mais em relação aos cuidados intensivos), e para a semana, o mais tardar, os números da mortalidade diária começam a descer.

Nessa altura não faltarão pessoas que hoje acham a quarentena portuguesa uma bandalheira que devia ser controlada com mão de ferro a atribuir esses resultados à quarentena que hoje acham que é uma bandalheira, muito longe da necessária brutalidade usada eficazmente pela China, acham eles.

O mesmo para Itália, para Espanha e assim sucessivamente.

A responsabilidade da imprensa no empolar do medo que nos levará à profunda recessão que aí vem - incluindo a exótica escolha de olhar para uma epidemia a partir das salas de cuidados intensivos - é uma responsabilidade que espero que liquide de vez a ideia de que a imprensa serve para educar as massas e não para dar notícias.


25 comentários

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De Antonio Maria Lamas a 03.04.2020 às 08:45

Agradeço ao HPS os seus racionais e bem documentados artigos.
Ainda não consegui descortinar qual o objectivo do governo e dos media para alimentar este "suicídio colectivo".
Ninguém ainda nos veio preparar para a grande tragédia que vem a seguir.
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De Anónimo a 03.04.2020 às 10:13

'os ricos que paguem a crise'
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De Luís Lavoura a 03.04.2020 às 10:42

Ninguém ainda nos veio preparar para a grande tragédia que vem a seguir.

A tragédia é, em parte, inevitável. Os setores do transporte aéreo e do turismo, que são os maiores exportadores de Portugal, vão inevitavelmente colapsar. E esse colapso seria inevitável - só governos muito estouvados permitiriam que as pessoas continuassem a circular de um lado para o outro como circulavam há uns meses.
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De Anónimo a 03.04.2020 às 17:35

vão voltar às senhas de racionamento
e talvez à antropofagia
fui-me habituando a comer umas gajas
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De Anónimo a 03.04.2020 às 20:50

Estou chocado com a sua linguagem. Chocado e enojado. Profundamente enojado com esta demonstração de machismo primário. O senhor está a emporcalhar esta conversa, lamento dizê-lo. A emporcalhar e a conspurcar. 
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De Anónimo a 03.04.2020 às 18:20

De acordo.
Técnica governamental de informação ao estimado público, incipiente e pobre, pouco profissional.
Depois paga-se.
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De Anónimo a 03.04.2020 às 09:20

Bom dia.
Creio que está profundamente enganado quanto à imprensa em Portugal, OCS aliás em geral. Vão continuar a educar as massas, não a dar notícias, basta olhar para o trajecto e posturas de muitos dos e das jornalistas, e a começar por directores de jornais e TVs.
Tenha um bom fim de semana.
António Cabral
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De Antonio Maria Lamas a 03.04.2020 às 14:44

Destacando na imprensa o grupo Impresa que desde o primeiro dia tem tido uma postura do "quanto pior, melhor", desde o 1.000.000 de infectados do Expresso aos "apanhados" do Polígrafo.
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De Anónimo a 03.04.2020 às 17:36

poligarfo
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De Anónimo a 03.04.2020 às 09:25

'abril, sempre!'
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De JPT a 03.04.2020 às 09:51

Acresce a isto, a visão "Malagrida Vermelho" deste fenómeno, com que diariamente somos bombardeados nos media (no meu caso, é pelo Sena Santos, na Antena 1): ou seja, que isto é fruto da sociedade capitalista (das alterações climáticas, da austeridade que mata, dos maus tratos aos refugiados) e que é o pretexto para um virar de pagina civilizacional. É evidente a volúpia que o colectivismo inerente a estas medidas provoca em certas almas (e, neste caso, nem só de esquerda). Quem diria que os "amanhãs que cantam" viriam de máscara, luvas e desinfectante na mão?
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De Anónimo a 03.04.2020 às 10:11

leia no lazareto de Bordalo
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De Luís Lavoura a 03.04.2020 às 10:40

no fim de Abril/ princípios de Maio, estará tudo tranquilo

Oxalá o HPS tenha razão, mas temo que não tenha, quero dizer, o governo e a diretora-geral da Saúde parecem desejar muito prolongar a epidemia por decreto. Na ótica deles, quanto mais os números da epidemia caem, mais é preciso reforçar as medidadas de confinamento e repressão, mais é preciso dizer que estamos apenas num "planalto" e que a epidemia continua sem parar.
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De zazie a 03.04.2020 às 11:20

Quais gráficos?


https://www.worldometers.info/coronavirus/#countries



Como se pode verificar (escolham a base de dados que quiserem e olhem para os gráficos de casos confirmados, cuidados intensivos, mortalidade, o que quiserem), a generalidade dos países europeus estão já para lá do seu pico, em pleno planalto ou a começar a descida, independentemente da forma como lidam com a epidemia.



Onde sustenta esta afirmação que ninguém (cientificamente e responsavelmente) é capaz de afirmar?
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De Anónimo a 03.04.2020 às 12:10

As afirmações de estamos já para lá do pico, quando todos os números indicam o contrário poderiam ser entendidas com graça, dado a cegueira ideológica de quem as profere, não fossem quase criminosas nestes tempos que correm. Haja vergonha!
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De zazie a 03.04.2020 às 16:36

Completamente. Más há quem adore mentiras embrulhadas em "autoridade".
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De henrique pereira dos santos a 03.04.2020 às 16:55

É preciso ser-se muito estúpido para perder tempo a ler mentirosos e, depois, ainda fazer comentários.
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De Anónimo a 03.04.2020 às 18:19

Não, sabe que gosto de ler quem tem uma visão oposta à minha (e que neste caso é oposta à esmagadora maioria das pessoas produtoras de conhecimento no Mundo). Poderia fazer como você. Rodeava-me de informação selectiva que unicamente validasse o meu pensamento. Fica a questão, qual de nós é mais estúpido?
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De zazie a 03.04.2020 às 20:13

Citou-se?
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De zazie a 03.04.2020 às 11:27

“Ninguém sabe no mundo o que está a acontecer; nós somos completamente cegos em relação a como esta pandemia está a evoluir”

31:04

https://www.rtp.pt/play/p6646/e465100/grande-entrevista

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De Anónimo a 03.04.2020 às 12:27

Caro Henrique 


estou plenamente de acordo que o numero de novos infectados, a partir do fim de abril estarão próximo de zero. 
A minha preocupação é relativamente ao que vai acontecer depois. Se nada de novo na medicação ocorrer, ou o vírus desaparecer misteriosamente, ou se descobri que o numero de infectados é enorme ( vacina de grupo viável) o que devemos fazer? 
Na minha óptica, proteger os grupos de risco e usar uma aproximação á coreia do sul para os outros, em liberdade plena. 
Qual a tua abordagem? 
forte abraço
zé miguel 
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De henrique pereira dos santos a 03.04.2020 às 21:22


Zé Miguel, eu também estou de acordo que o problema é o que virá depois, porque esta epidemia não parece estar a deixar mais rasto epidemiológico que o de um surto forte de gripe.
E estou de acordo que o fundamental é identificar e proteger os grupos de risco (dadas as características da doença, eu acho que inclui os profissionais de saúde) e ir controlando o resto, no próximo Outono.
Pode ser que até lá vá havendo novidades quanto a tratamentos (que vacinas deve demorar mais).
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De Anónimo a 03.04.2020 às 14:04

Caro Henrique, a mim o que mais me encanta é que as mesmas televisões que ralham e chamam nomes aos portugueses que insistem em trabalhar e circular promovam campanhas com o título «vai ficar tudo bem». A estupidez não tem realmente limites.

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